terça-feira, 26 de setembro de 2006

47) Uma em cada quatro crianças vai ao Dentista aos seis anos

Uma em cada quatro crianças vai ao Dentista pela primeira vez aos seis anos e apenas 19% das escolas promovem actividades de higiene oral junto dos alunos, segundo um estudo divulgado pela Sociedade Portuguesa de Estomatologia Dentária (SPEMD).
O trabalho abrangeu 5.500 crianças, dos cinco aos 12 anos, de cerca de uma centena de jardins-de-infância e escolas do ensino básico de todo o país. De acordo com o estudo, 25% das crianças visita o dentista pela primeira vez aos seis anos de idade, "quando já têm toda a dentição de leite e está iminente a primeira erupção da dentição definitiva".
A SPEMD concluiu ainda que apenas 19% das escolas do ensino básico e jardins-de-infância realizam com regularidade iniciativas relacionadas com a higiene oral e só 15% do total estudado tem por hábito promover a escovagem diária dos dentes das crianças. "Em 49% dos casos, a participação das escolas faz-se de forma esporádica, através de programas promovidos por outras entidades", acrescenta a SPEMD.
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A Ministra da Educação e o Ministro da Saúde serão insensíveis a estes números ?
Gerofil

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

46) Informação e mais informação: a base do sucesso na educação para a saúde

Criciúma, Brasil - Para manter a saúde bucal em dia não basta a escovação. Por isso, a Secretaria de Saúde de Criciúma realiza a Semana do Sorriso Saudável. Cerca de 28 mil alunos receberão a aplicação de flúor gel, que protege os dentes por seis meses.
De 25 a 29 de setembro, 55 profissionais, entre dentistas e atendentes de odontologia, percorrerão todas as escolas municipais e estaduais. A abertura da atividade ocorrerá amanhã (25), às 9 horas, no Bairro da Juventude, com apresentações culturais das oficinas da instituição. A coordenadora do Serviço de Odontologia, Eva Regina Grings, destaca que a semana contempla os alunos do Pré até a 8ª série do Ensino Fundamental. “No momento da aplicação será desenvolvida uma palestra sobre cuidados com a higiene bucal, dieta adequada e técnicas de escovação”, adianta a dentista. As crianças ainda serão orientadas a qual unidade de saúde deve procurar caso precisem de atendimento odontológico. “O objetivo da Semana do Sorriso Saudável é fazer a prevenção à cárie dentária. O flúor protege o esmalte e deixa o dente mais resistente às bactérias que causam a doença”, explica Eva. A reaplicação do material deve ser realizada a cada seis meses, além da visita ao dentista. Os alunos receberão também um kit com escova e creme dental para levarem para casa.
Rádio Criciuma
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Se melhor não sabemos fazer, pelo menos que se faça como no Brasil; ignorar a situação, por parte das entidades responsáveis, é o pior crime que pode suceder a qualquer criança. Fica aqui o reparo às entidades oficiais portuguesas.
Gerofil

45) Sabia que a cárie é transmissível ?

As bactérias podem passar das bocas dos pais para a da criança. A principal causa de perda dos dentes é a falta de higienização adequada; a prevenção é o tratamento mais barato, mais eficiente e mais abrangente - o uso do fio dental, a limpeza da língua e a escovação dos dentes são medidas que cooperam para a manutenção da saúde.
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Falta agora saber se estas medidas de prevenção já são devidamente ensinadas e postas em prática em todos os jardins de infância do país; isto porque nenhuma criança nasce já ensinada.
Gerofil

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

44) REVELA ESTUDO: 42 % das crianças até aos 7 anos apresentavam cáries

«Três em cada cinco portugueses com dores de dentes não vão ao dentista e mais de metade das crianças entre os oito e os 16 anos já têm cáries na dentição permanente, revela um estudo onten apresentado.
Este estudo da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) foi hoje divulgado em conjunto com a apresentação do 7º Mês da Saúde Oral, iniciativa que a SPEMD desenvolve em Outubro, promovendo rastreios dentário s gratuitos em todo o país.
Segundo a SPEMD, com base no rastreio de 11 mil pessoas durante a iniciativa Mês de Saúde Oral de 2005, 36 por cento dos adultos portugueses têm sintomas de dor ou abcesso, mas apenas 40 por cento deles procuraram tratamento para os problemas dentários. A SPEMD revela ainda que apenas 46 por cento dos participantes adultos não apresentavam problemas nas gengivas.
O estudo realça ainda que 42 por cento das crianças até aos sete anos apresentavam cáries e 55 por cento das crianças entre os oito e os 16 anos apresentavam cáries dentárias na dentição permanent~e. "É um número altíssimo e mostra que o padrão continua e vale a pena preocuparmo-nos com os dentes de leite", salientou José Pedro Figueiredo, presidente da SPEMD, lembrando que a ideia enraizada de que não há que ter preocupação com os dentes de leite "é errada".
O rastreio da SPEMD realça ainda que apenas 37 por cento das crianças até aos sete anos tem uma dentição saudável."Isto é, apenas uma em cada três crianças desta faixa etária tem uma saúde oral razoável", realçou o presidente da SPEMD. Durante o rastreio, 15 por cento das crianças indicaram que nos três meses anteriores tinham tido sintomas de infecções, dor ou sensibilidade e só 40 por cento das crianças com dores ou infecções dentárias procuraram ajuda profissional.
"Isto quer dizer que 60 por cento destas crianças em sofrimento não procuraram tratamento", concluiu José Pedro Figueiredo, acentuando que "o sofrimento com a saúde oral está implicitamente aceite pela sociedade, embora a esmagador a maioria das doenças da cavidade oral sejam de prevenção fácil". "Eu penso que o ideal era recorrer a parcerias com entidades privadas para proporcionar tratamentos dentários", defendeu o presidente da SPEMD, admitindo que "a realidade mostra que grande parte da população portuguesa não tem capacidade económica para recorrer ao dentista".
Em 2005 foram observadas por dentistas voluntários durante o Mês de Saúde Oral, uma iniciativa que a SPEMD promove em conjunto com a Colgate, cerca de 11.000 pessoas de todo o país, quase 50 por cento das quais com idades entre os oito e os 30 anos. Paralelamente, a Colgate realizou em Maio deste ano um estudo sobre a saúde oral das crianças portuguesas, concluindo que uma em cada quatro crianças vai ao dentista pela primeira vez aos seis anos e apenas 19 por cento das escolas promovem actividades de higiene oral junto dos alunos. O estudo abrangeu 5.500 crianças dos cinco aos 12 anos de cerca de uma centena de jardins-de-infância e escolas do ensino básico de todo o país.
Segundo o estudo, 24 por cento das crianças nunca visitou um dentista e destas 81 por cento não o fez porque considera que não houve necessidade. Quarenta e cinco por cento das crianças só faz a primeira visita a um profissional dentário entre os cinco e os seis anos, altura em que já está com a dentição de transição, e 36 por cento das crianças procurou um profissional dentário por problemas de cárie e dor ou abcesso. Trinta e nove por cento das crianças vão ao dentista menos de uma vez por ano, 56 por cento não o fazem porque não é considerado necessário e 28 por cento porque é caro.
O estudo concluiu ainda que 27 por cento das crianças começa a escovar os dentes aos dois anos, 47 por cento dos dois aos três e 13 por cento só depois dos três, quando a idade recomendada é por volta dos seis meses, quando começa a aparecer a dentição de leite. Quase metade das crianças (48 por cento) utilizam a escova mais tempo do que os três meses recomendados, 79 por cento não utiliza nem elixir nem fio dentário, e 57 por cento escova os dentes duas vezes ao dia, mas uma em cada três lava os dentes sem a supervisão de um adulto.
O Mês da Saúde Oral, que a SPEMD realiza desde há sete anos em Outubro, conta este ano com a participação de cerca de dois mil consultórios dentários de todo o país, que farão de forma voluntária rastreios dentários gratuitos à população, sem incluir tratamentos ou radiografias. Segundo os organizadores, além de tornar os rastreios dentários acessíveis a pessoas de recursos económicos mais limitados, a iniciativa pretende "sensibilizar as pessoas para os hábitos correctos de Higiene Oral e traçar um quadro geral da Saúde Oral em Portugal, a partir dos resultados dos rastreios efectuados".
Para inscrição e informações sobre o check-up gratuito, está a funcionar a 'linha azul' 808 205 206, entre as 09:00 e as 23:00.
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Espero que este artigo seja lido pelos responsáveis de saúde escolar do país ou, em último caso, pela própria Senhora Ministra da Educação. Com tantas reformas no ensino, não há maneira de sair, de uma vez por todas, de uma medida para acabar de vez com o problema do acesso de todas as crianças e jovens a tratamentos de saúde oral. SERÁ PRECISO EFECTUAR MAIS ESTUDOS PARA FAZER-SE O LEVANTAMENTO DESTA SITUAÇÃO ?
Gerofil

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

43) Tornar os sorrisos bonitos

No consultório que ocupa há apenas 15 dias, Sónia São José luta todos os dias para mostrar que ir ao dentista não tem que ser encarado como um castigo. Desde muito cedo que Sónia São José se sentia atraída pela área da saúde. Escuteira desde os seis anos, sempre se imaginou num trabalho que lhe permitisse ajudar o próximo. Algo que diz conseguir com a medicina dentária.
Sónia São José, 24 anos, diz que é o facto de “cessar o sofrimento, de contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas” o que mais lhe dá prazer na profissão que começou a exercer há 15 dias numa clínica em Vila Franca de Xira.
Tendo-se candidatado primeiro a medicina, rapidamente se apaixonou pela especialidade dentária, sobretudo pelo “desafio acrescido” de conquistar a confiança das pessoas. É que, como diz a jovem dentista, “as pessoas ainda possuem uma ideia antiga e ultrapassada de que a medicina dentária está associada à dor”.
Todos os dias no consultório Sónia São José tenta desmistificar o trabalho do dentista, combatendo fobias resultantes de más experiências quando a tecnologia não era ainda uma aliada dos profissionais. “A área desenvolveu muitíssimo. Com a anestesia hoje os pacientes já não sentem qualquer dor”, garante. No dia a dia a médica dentista divide-se na realização de coisas tão simples e corriqueiras como a realização de exodontias, endodontias, restaurações em compósito e destartarizações. Para quem não percebeu, fica a tradução: extracção de dentes, desvitalização, remoção de cáries e colocação de massa branca e limpeza, respectivamente.
As extracções são o que mais prazer dá a Sónia. “Pela adrenalina, porque exige mais já que é irreversível, temos mesmo que conseguir”, explica. Pelo contrário, as endodontias, ou desvitalizações, são consideradas “o trabalho mais chato” pela generalidade dos médicos dentistas, segundo refere.
Apesar de só ter entrado no mercado de trabalho há 15 dias, Sónia São José conta já com três anos de especialização, a maior parte passada na clínica da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto. No seu currículo conta ainda com um estágio de seis meses numa unidade hospitalar da Hungria.
Uma “experiência extremamente enriquecedora”, tanto em termos profissionais como pessoais. Na Hungria contactou com uma outra realidade do mundo da medicina dentária, não tanto em termos de tecnologia, mas no que toca à assistência prestada aos cidadãos.
O Estado comparticipa tudo o que esteja ligado à medicina dentária, ao contrário do que se passa em Portugal, onde ir ao dentista é quase um luxo, já que o serviço público de saúde fica aquém das necessidades da população.
Para facilitar o contacto com os pacientes, Sónia São José teve que aprender um pouco de húngaro, o que “não foi nada fácil”. A jovem dentista conta ainda o episódio em que um paciente que atendia há um mês começou também a aprender algumas palavras em inglês. “Fiquei muito comovida”, refere.
Apesar das aulas de húngaro, houve alguns momentos em que diz ter-se sentido “frustrada” por não poder falar. Como em situações mais complicadas do foro oncológico ao nível da boca em que só tinha o olhar e os gestos para transmitir algum conforto e segurança aos pacientes.
Também em Portugal, em comparação com a Hungria, diz que há um “longo caminho ainda a percorrer no que toca à sensibilização da população para a importância da saúde oral”. Sónia frisa que muitas vezes as pessoas não sabem que a saúde oral influencia outras patologias, tornando ainda mais importante o cuidado com a boca.
Por isso aproveita para deixar alguns conselhos: escovar sempre os dentes depois das principais refeições, não usar escovas duras e preferir dentífricos adequados; usar fio dentário e bochechar frequentemente. Recomenda ainda uma a duas idas ao dentista por ano para melhorar a saúde oral dos portugueses.
O Mirante online (Sara Cardoso)
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A prática da medicina de saúde oral vista por uma profissional. Destaquei alguns excertos:
-o que se passa na Hungria demonstra plenamente que países com graus de desenvolvimento similares ou inferiores ao de Portugal podem e sabem investir os seus recursos no domínio da saúde pública, possibilitando aos seus cidadãos cuidados de saúde primários; por cá, é o que se diz no artigo - em Portugal, onde ir ao dentista é quase um luxo, já que o serviço público de saúde fica aquém das necessidades da população;
-“em Portugal, em comparação com a Hungria, diz que há um longo caminho ainda a percorrer no que toca à sensibilização da população para a importância da saúde oral. Sónia frisa que muitas vezes as pessoas não sabem que a saúde oral influencia outras patologias, tornando ainda mais importante o cuidado com a boca” – disto têm muito bem conhecimento os ministérios da Saúde e da Educação em Portugal; simplesmente a sua profunda burocracia e a falta de estratégias de combate aos verdadeiros problemas que deveriam debelar, em termos de saúde, empurram-nos para um país típico do desenrasca, em que o que mais conta geralmente é cada um conseguir forma de ter acesso aos privados ($$$$$$$$$$ …., isso mesmo, dinheiro para pagar) para realmente ser devidamente atendido. Pobre de quem nasça já pobre porque, na área da saúde, a descriminação por cá, em certas e muitas situações, surge logo à nascença.
Daí a necessidade de dar uma volta muito profunda na situação actual em Portugal, nomeadamente ao nível da saúde oral (há que nos aproximar também da qualidade que é prestada aos cidadãos dos outros países).
PORQUE, AFINAL, ATÉ SOMOS UM PAÍS DA UNIÃO EUROPEIA, TAL E QUAL COMO A HUNGRIA.
Gerofil

terça-feira, 19 de setembro de 2006

42) Livro que discute a microbiologia na odontologia é lançado por professores da Unicamp

Ajudar o diagnóstico microbiológico por meio da observação e interpretação de imagens é o objetivo de novo livro lançado pelos professores José Francisco Höfling e Reginaldo Gonçalves, da área de microbiologia e imunologia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
"Acredito que esse manual poderá contribuir bastante para o conhecimento dos estudantes", disse Höfling. A obra Manual de microscopia de luz óptica em microbiologia, morfologia bacteriana e fúngica é voltada para alunos de graduação, pós-graduação e especialização. Segundo os autores, o guia microbiológico pode ajudar principalmente pesquisadores do setor de saúde em geral, envolvendo os cursos de ciências biológicas e de medicina.
O livro está disponível aos interessados em dois volumes. O manual, com mais de 200 páginas, é voltado a atividades práticas da disciplina de microbiologia, em particular para a odontologia. A obra ainda traz um anexo com propostas de atividades alternativas a serem associadas com a microscopia óptica.
Mais informações: (19) 3412-5322. [Fapesp]
Universia Brasil

41) Alemanha, um exemplo real

Relatório sobre a saúde dos alemães feito pelo Instituto Robert Koch mostra que diminui o consumo de álcool e tabaco. Expectativa média de vida dos alemães aumentou três anos desde 1990.
O relatório apontou uma série de curiosidades, como o fato de a dentição infantil ser uma das mais sadias em nível internacional. Também a concentração de médicos, dentistas e leitos hospitalares é muito mais alta dos que nos países vizinhos.
DW
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Está visto que existe uma corrrelação directa entre o número de profissionais da área da saúde oral e a saúde oral das pessoas.
Gerofil

40) Um louvor

Dentistas dão apoio gratuito
Cerca de três dezenas de jovens do concelho de Santa Maria da Feira já beneficiaram do apoio gratuito de medicina dentária, no âmbito do “Serviço Âncora”, do projecto Direitos & Desafios, sendo que parte já terminou o tratamento e, neste momento, 17 utentes estão ainda em fase de atendimento.
A lista de espera conta com cerca de 30 jovens e adultos inscritos.Para a implementação deste apoio gratuito ao nível da medicina dentária, o projecto Direitos & Desafios estabeleceu protocolos de cooperação com três médicos dentistas (Andreia Guimarães Lino, de S. João de Ver, Luísa Fernandes, de Lobão, e António Vita/UlfiClínica, de Fiães), que estão a proceder ao tratamento dentário em jovens indicados pelas instituições/projectos de intervenção social do concelho. Através destes protocolos, o “Serviço Âncora” financia os materiais necessários e os dentistas oferecem os seus serviços.
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Fica aqui também o meu louvor ao trabalho daqueles três médicos dentistas. Pena é que haja actualmente tão poucos gestos de amor e solidariedade para com os próximos na nossa sociedade .
Gerofil

39) Saúde: Dentistas fartos de "trabalhar para aquecer"

Para contratarem estomatologistas, as seguradoras impõem que parte dos tratamentos, como a consulta ou a extracção de dentes, tenham de ter desconto ou ser, simplesmente, gratuitos, argumenta a Ordem.
O bastonário Orlando Gonçalves apresentou cinco casos na Autoridade da Concorrência, mas garante que há mais. Os profissionais acabam por aceitar as condições porque "há um excesso de médicos dentistas em Portugal" e não há alternativas.
A questão pode parece irrelevante para o cliente do seguro, mas basta pensar que, dificilmente, alguém tem o mesmo desempenho seja ou não pago por isso, sobretudo quando não tem opção.
Qualquer consulta implica gastos e num dentista é melhor nem imaginar no que é que o nosso pode poupar. O negócio só é mesmo bom, diz o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, para as seguradoras.
"As seguradoras conseguem um excelente negócio, uma vez que a componente de risco não é assumida pelas seguradoras. As pessoas pagam às seguradoras, convencidas que o profissional é convenientemente remunerado e os actos médicos-dentários que praticam e isso não acontece, e não acontece com desconhecimento do público", afirma Orlando Gonçalves.
Recorde-se que a Ordem dos Médicos Dentistas já foi multada por impor preços mínimos por consulta.
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Alguém que possa esclarecer o público do que realmente se passa ? Parece que existe aqui alguma confusão entre dentistas e estomatologista. Fico a aguardar esclarecimentos de ambas as partes e das seguradoras.
Gerofil

38) 25% das crianças só vão ao dentista aos seis anos

E SÃO POUCAS AS ESCOLAS QUE PROMOVEM ACTIVIDADES DE HIGIENE ORAL
Uma em cada quatro crianças vai ao dentista pela primeira vez aos seis anos, apenas 19 por cento das escolas promovem actividades de higiene oral junto dos alunos e só 15 por cento tem por hábito promover a escovagem diária dos dentes das crianças. Estas são as conclusões de um estudo da Sociedade Portuguesa de estomatologia Dentária (SPEMD) que será divulgado esta terça-feira.
O estudo abrangeu 5.500 crianças dos cinco aos 12 anos de cerca de uma centena de jardins-de-infância e escolas do ensino básico de todo o país. Durante a divulgação do estudo será apresentado o 7º Mês da Saúde Oral, uma iniciativa que a SPEMD desenvolve em Outubro, promovendo rastreios dentários gratuitos em todo o país.
O Mês da Saúde Oral, que a SPEMD realiza desde há sete anos em Outubro, conta este ano com a participação de cerca de dois mil consultórios dentários de todo o país, que farão de forma voluntária rastreios dentários gratuitos à população, sem incluir tratamentos ou radiografias. Para poder aceder a uma consulta basta ligar para a Linha de Saúde Oral - 808 205 206.
Segundo os organizadores, além de tornar os rastreios dentários acessíveis a pessoas de recursos económicos mais limitados, a iniciativa pretende «sensibilizar as pessoas para os hábitos correctos de Higiene Oral e traçar um quadro geral da Saúde Oral em Portugal, a partir dos resultados dos rastreios efectuados».
Segundo a SPEMD, na 6/a edição do Mês da Saúde Oral, no ano passado, colaboraram cerca de 1.900 consultórios, que permitiram fazer cerca de 11 mil rastreios dentários.
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A radiografia da situação está feita; falta agora as entidades oficiais assumirem a sua responsabilidade por esta situação e tomar desde já medidas drásticas para terminar com o descalabro completo da saúde oral que existe hoje em dia no nosso país.
Gerofil

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

37) Vacina anticárie: Pesquisa inédita estuda a diminuição de bactéria causadora de cárie em bebês

Será que o sistema imunológico do bebê brasileiro é mais prematuro em comparação ao dos de outros países? Essa indagação foi um dos motivadores para que pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolvessem pesquisa inédita sobre a Streptococcus mutans, principal bactéria causadora de cárie em bebês até um ano de idade.
Os estudos relacionam-se a causa da proliferação da bactéria que provoca a cárie e incluem pesquisa sobre vacina anticárie. Nos Estados Unidos, destaca Ruchele Dias Nogueira, doutoranda em Microbiologia e Imunologia da FOP/Unicamp, que defende tese sobre o assunto em outubro, a maior propensão dessa bactéria na cavidade bucal somente aparece a partir dos 19 meses de idade. Para saber o fator da propensão aparecer antes dessa idade no Brasil, os pesquisadores acompanharam durante 18 meses, 160 bebês na faixa etária de cinco a 13 meses, de 28 creches públicas de Piracicaba. "O motivo é que os nossos bebês consomem mais açúcar nessa faixa etária e muitas mães desconsideram a importância da higienização bucal nos bebês, o que é um problema cultural", explica a doutoranda.
A pesquisa da FOP/Unicamp mostrou que crianças com apenas um ano de idade, que entram em contato com Streptococcus mutans, possuem anticorpos capazes de interferirem na colonização por esta bactéria. A presença de anticorpos específicos, nas salivas, contra a GbpB - proteína importante para a colonização por Streptococcus - pode reduzir as chances de infecção da cavidade bucal pela bactéria.
O acompanhamento dos bebês acorreu a cada seis meses ao longo de um ano e meio. "Na primeira visita, dos 160, 20% apresentaram a bactéria na boca", ressalta Ruchele. Os 160 bebês acompanhados foram divididos em dois grupos de comparação, o de crianças com a bactéria e sem a Streptococcus. A maioria que não apresentou níveis detectáveis de bactéria era portadora de grandes quantidades de anticorpos específicos para a GpbB na saliva, enquanto que crianças precocemente infectadas por esta bactéria não apresentavam esses anticorpos específicos.
"Embora o percentual de bebês com a bactéria tenha sido baixo é preocupante saber que eles podem ter cárie prematuramente, o que acelera a perda dos dentes", analisa a doutoranda. O estudo indica boas perspectivas para o desenvolvimento da vacina anticárie. Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Prefeitura de Piracicaba e participação da doutoranda Alessandra Castro Alves, que estuda as características genéticas dos microrganismos isolados dessas crianças e seus mecanismos de transmissão, a pesquisa comprovou a ação da vacina em animais.
Com a indução em animais da produção de anticorpos contra a proteína GbpB, houve a redução da colonização pela bactéria e o controle do desenvolvimento da cárie. A tese é orientada pela professora Renata de Oliveira Mattos Graner e teve parte dos resultados publicados na Infection and Immunity, revista internacional de microbiologia e imunologia. Para ser aplicada em humanos, a vacina depende de maior período de estudos.
CULTURAL - Segundo a doutoranda Ruchele Dias Nogueira, o problema cultural de considerar desnecessária a higienização bucal do bebê é perceptível no comportamento de mães que não limpam a saliva das crianças após, por exemplo, a mamadeira noturna. Pelo simples fato de assoprar a papinha dos filhos, continua Ruchele, as mães podem transmitir a bactéria por meio de gotículas de saliva. "Crianças institucionalizadas (freqüentadoras de creches, escolas infantis) apresentam menor índice de presença da bactéria porque são estimuladas a fazer a higiene bucal", enfatiza.
A limpeza da gengiva do bebê, detalha a doutoranda, deve ser feita com gaze embebida em água, em movimento delicado, sempre após as mamadas, mamadeiras e papinhas. Em crianças com dentição, os pais devem fazer escovação e utilizar o fio dental. "A primeira ida ao dentista pode ser a partir dos seis meses de vida, para orientação. Depois, as crianças devem ir a cada seis meses", recomenda a dentista.
ELIANA TEIXEIRA
Gazete de Piracicaba

36) Nós por cá ... Quase nada !!!

Curitiba, BRASIL - Saúde recebe doação de ministério: Equipamentos odontológicos não foram um presente, mas um reconhecimento ao trabalho de Curitiba. A rede formada pelas 94 clínicas de odontologia da Prefeitura de Curitiba recebeu do Ministério da Saúde, na quinta-feira, 36 conjuntos odontológicos.
A doação, destinada às unidades do Programa Saúde da Família (PSF), foi formalizada através de convênio assinado entre o coordenador nacional do Programa Brasil Sorridente, Gilberto Pucca, e o vice-prefeito e secretário municipal da Saúde, Luciano Ducci. “Esses equipamentos não são um presente para Curitiba, mas traduzem o reconhecimento do trabalho pioneiro que toda a equipe da Secretaria Municipal da Saúde desenvolve na atenção à saúde bucal e que continua sendo vanguarda”, disse Pucca.
Essa é a segunda vez que Curitiba se beneficia da parceria Brasil Sorridente-PSF. A primeira aconteceu em 2004, quando chegaram 44 conjuntos odontológicos. A doação permitirá ampliar a estrutura de trabalho e atendimento das 125 equipes de saúde bucal das unidades que funcionam nos moldes do PSF. Ducci agradeceu a consideração e lembrou que o destaque dado à saúde bucal pelo serviço municipal de saúde vem da década de 60. “Temos um compromisso histórico com essa área. Parcerias como essa são importantes porque representam a possibilidade de potencializar um serviço que já tem qualidade muitas vezes superior à observada na maioria das cidades”, disse.
Entre os destaques da saúde bucal de Curitiba está o índice CPO-d, que representa a média de dentes definitivos cariados, perdidos ou restaurados. Aos 12 anos de idade, as crianças curitibanas têm, em média, 1,27 dente comprometido pela cárie — um dos menores índices do Brasil. Contribuem para isso o acesso às clínicas odontológicas públicas e, principalmente, a política de saúde preventiva levada às escolas e aos centros de educação infantil através do repasse de informações e de orientações práticas sobre escovação dos dentes.
No primeiro semestre deste ano, a rede municipal de saúde realizou 98 mil primeiras consultas odontológicas, 900 mil procedimentos básicos e atingiu cerca de 22 mil pessoas — em especial crianças — com ações de saúde coletiva acompanhadas por técnicos de higiene dental. Apóiam esse trabalho o programa Cárie Zero, que mantém um ônibus caracterizado rodando a cidade para levar a mensagem e as técnicas da odontologia preventiva e o programa e a Unidade de Saúde Amigo Especial, que atende portadores de necessidades especiais.
Bem Paraná
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Fico impressionado quando comparo as políticas de saúde oral seguidas no Brasil com as aplicadas em Portugal. Gostaria que alguém aqui desse conhecimento de iguais projectos em Portugal; presumo que haja necessidade de sensibilizar os poderes central e autárquico para estas questões de saúde oral.
Gerofil

sábado, 16 de setembro de 2006

35) Dentistas contra seguradoras

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) apresentou queixa à Autoridade da Concorrência contra algumas seguradoras de saúde por prestações de cuidados médicos "quer abaixo dos custos, quer gratuitos". Para os dentistas, está em causa a saúde pública.
Em comunicado, a OMD refere que entre as situações que detectou encontram-se "consultas, urgências, raios-x, limpezas e extracções de dentes a título gratuito". Segundo a Ordem, as situações detectadas põem em causa a saúde pública. "A existência de tratamentos em que os médicos dentistas são pagos muito abaixo dos custos mínimos necessários à sua execução condiciona, desde logo, a prestação adequada de cuidados de saúde oral", explica a Ordem dos Médicos Dentistas. A instituição garante defender "um funcionamento livre e competitivo do mercado na área da saúde", mas sublinha "preservar de forma intransigente os interesses dos consumidores e dos prestadores de saúde na qualidade dos serviços e bens que são disponibilizados".
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Fica-se sem saber se efectivamente a prestação de "consultas, urgências, raios-x, limpezas e extracções de dentes” é feito a título gratuito para os pacientes ou para as seguradoras. Julgo que existe aqui falta de esclarecimentos.
Aproveitando este pedido, gostaria também que alguém explique de que forma é feita a fiscalização dos cuidados de saúde oral oferecidos pelas seguradoras em Portugal.
Gerofil

34) Clinicas contratualizadas pelas ARS

Relativamente ao e-mail que enviou em 5/9/2006, cumpre-me informar que esta Direcção Geral não dispõe da informação solicitada. De qualquer forma será importante reforçar que uma das finalidades do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral em vigor é a seguinte:
Prestar especial atenção, numa perspectiva de equidade, à saúde oral das crianças e dos jovens com necessidades de Saúde Especiais, assim como dos grupos economicamente débeis e socialmente excluidos, que frequentam a escola do ensino regular ou instituições.
Caso pretenda mais informações poderá consultar o site: www.dgs.pt
Sem outro assunto,
Divisão de Saúde Escolar

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

33) Grupo de investigadores cede direito de patente de vacina para a cárie dentária

No primeiro dia do ano lectivo, os alunos de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) foram exortados a apostar mais na investigação. Sousa Pereira, presidente do Conselho Directivo, começou por enaltecer a importância do trabalho realizado por um grupo de investigadores do instituto na descoberta de uma vacina para a cárie dentária e apontou o dedo aos alunos que não aproveitaram a verba destacada no último ano para o programa de investigação.
Este ano, e apesar de no ano passado não terem sido gastos os 20 mil euros previstos, o montante investido será maior na expectativa de haver um aumento de candidaturas com qualidade para avançar. “Um país não se desenvolve pelo número de artigos científicos publicados, mas pelas patentes que regista”, comentou, referindo-se às negociações com uma empresa farmacêutica para a cedência do direito de patentes das descobertas feitas no âmbito da vacina para a cárie dentária. Sousa Pereira insistiu no impacto económico que este trabalho permitirá e reiterou que “é preciso dar um salto” na investigação científica.
O responsável reconheceu que os alunos precisam de ser motivados e listou os investimentos previstos para o ICBAS durante este ano. Além do simulador de resuscitação que já existe, este ano os alunos poderão contar com um simulador de trabalho de parto e de exame ginecológico e com um centro de simulação cardio-respiratória. Na calha está dar aulas práticas recorrendo a doentes simulados a partir de uma parceria com escolas de teatro do Porto. Os universitários terão assim a hipótese de contactar mais cedo com doentes “encenados” que deverão ser sujeitos a uma formação longa para que haja uma grande aproximação a situações reais.
Na cerimónia Sollari Allegro, presidente do Conselho de Administração do Hospital Geral de Santo António, recebeu os alunos com a confirmação que esta unidade receberá o estatuto de hospital universitário. O médico explicou que falta nomear o director pedagógico do HGSA, tendo sido proposto o nome de Amaral Bernardo. Os alunos do ICBAS passam ainda a contar com parcerias com o Centro Hospitalar de Gaia e o IPO.
O Primeiro de Janeiro
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Fica aqui a notícia e um sincero desejo da sua divulgação aos eventuais interessados.
Gerofil

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

32) Sem medo de sorrir

Congresso internacional discute em Belo Horizonte técnicas e avanços da ortodontia
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Entrevista com José Maurício de Barros Vieira
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-Qual é o principal problema na boca de crianças, adultos e idosos? Há diferenças?
-A grande ingestão de açúcares e a falta de higiene bucal são as principais causas de cáries em crianças e adolescentes. Nos adultos se destacam os problemas no osso alveolar ao redor dos dentes e nas gengivas, a exemplo da doença periodontal. Menor ingestão de açúcares e uma melhor condição de higiene bucal também favorecem a diminuição das cáries.
As perdas dos dentes na infância, na adolescência e na fase adulta jovem reflectirão nos idosos a dificuldade de mastigação e, consequentemente, a digestão adequada dos alimentos. A mal oclusão, reconhecida pela má posição dos dentes e ossos da face, também tem uma enorme incidência dentro das populações, tanto nas crianças como nos jovens e adultos.
A procura por tratamentos ortodônticos por pacientes adultos tem crescido bastante, não só pelo conhecimento sobre a movimentação dentária em qualquer idade, mas também pelo desenvolvimento de técnicas ortodônticas que favorecem o tratamento desses casos.
-Por que os serviços odontológicos, mesmo os mais simples, como limpeza e troca de obturação, ainda são tão caros e inacessíveis à população carente?
-O tratamento dentário da população mais carente deveria ser de responsabilidade do sector público. Os valores cobrados pelos cirurgiões-dentistas para os tratamentos dentários seguem uma planilha de custo que leva em consideração o nível de formação do profissional, a localização e gastos gerais do consultório, os auxiliares empregados, os materiais usados, os impostos etc. Sabemos que esses valores podem tornar o tratamento menos acessível, mas também temos nossos gastos que são levados em consideração. E toda pessoa pode e deve fazer sua parte, pois a prevenção e a higiene bucal são fundamentais para uma dentição saudável.
-Os odontológicos têm falado muito do excesso de preocupação dos pacientes com relação à estética dos dentes. Você acredita que há uma exacerbação do culto à beleza?
-A boca e os dentes são realmente um cartão de visita. A pessoa com dentes saudáveis e um sorriso bonito e harmónico tem sua auto-estima mais elevada. Existem estudos que comparam a influência de um belo sorriso na vida das pessoas e que comprovaram essa colocação, quando comparadas com pessoas com alterações dentárias graves. A estética realmente influencia na decisão de tratar os dentes, principalmente em países em que o culto à beleza está mais presente. Em alguns países, especialmente na Europa e na Ásia, não há tanta preocupação com a estética dos dentes. Mas isso se deve também ao desconhecimento das possibilidades de tratamento e até mesmo à falta de acesso a eles. Valorizamos a estética dos nossos dentes; porém, o objectivo principal da preocupação com os nossos sorrisos está na recuperação da oclusão funcional, ou seja, na obtenção dos contactos dentários ideais necessários para uma adequada mastigação, deglutição, fonação e respiração.

31) Canárias (Espanha)

7.311 ESCOLARES CANARIOS HAN PARTICIPADO EN EL PROGRAMA 'CEPILLÍN CEPILLÁN' - Está organizado por la Dirección General de Salud Pública del Servicio Canario de la Salud en colaboración con la Dirección General de Programas de la Consejería de Educación, Cultura y Deportes.
Un total de 7.311 escolares canarios han participado en un programa de Educación Sanitaria Escolar para mejorar la salud bucodental denominado 'Cepillín Cepillán', puesto en marcha por la Dirección General de Salud Pública del Servicio Canario de la Salud en colaboración con la Dirección General de Programas de la Consejería de Educación, Cultura y Deportes durante el curso 2005-2006.
En el curso 2005-2006 han participado 7.311 alumnos de 99 centros escolares: 32 en la isla de Tenerife, 25 en la de Gran Canaria y 42 en la de Fuerteventura. Se impartieron en total 62 charlas a los padres y 9 cursos a los profesores, ya que uno de los objetivos prioritarios es promover la participación activa de las partes implicadas en el proceso salud-enfermedad: la familia, los alumnos y los profesores. La meta del Programa es mejorar la salud oral de los alumnos que cursan educación infantil (3-6 años) previniendo la aparición de las patologías orales más frecuentes como caries, gingivitis y fluorosis, así como accidentes bucales y hábitos nocivos.
Para ello, es fundamental promover la adquisición de hábitos de alimentación e higiene saludables desde el punto de vista bucodental, aprendiendo a cepillarse los dientes de manera correcta, y restringir la ingesta de azúcares en especial entre las comidas.A través del programa se busca asimismo corregir hábitos nocivos para la salud bucodental de los niños, como el consumo de tabaco en su presencia, el uso de chupetes, la toma de biberones de leche antes de acostarse, el consumo diario de golosinas, la baja ingesta de frutas y verduras, el consumo frecuente de refrescos, chuparse el dedo, o no acudir a la consulta dental.
ACTIVIDADES - El Programa 'Cepillín Cepillán' consta de actividades como una encuesta a los padres sobre hábitos de salud y alimentación, material educativo para colorear, recortar y pegar, juegos, la obra de teatro 'La Muela Manuela' protagonizada por títeres, así como canciones y registros semanales de desayuno y de hábitos higiénicos en casa, entre otros. Se trata de evaluar la evolución de las actitudes y procedimientos desde el punto de vista bucodental a través de autoevaluación del escolar mediante fichas, encuestas, puestas en común, etcétera; valoración de la asistencia de los padres a las charlas; valoración de la asistencia de los profesores a los cursos de formación del profesorado; registro de cumplimiento de objetivos y actividades por clase y centro escolar Valoración de los hábitos de salud oral de los escolares en una muestra de padres y madres de los centros participantes en el Programa al inicio y al final del Programa cuando los alumnos estén en primero de educación primaria (y lleven tres años de programa); valoración de la salud oral de una muestra de escolares de centros participantes en el programa cuando los alumnos estén en primero de educación primaria (y lleven tres años de programa) y comparación con la salud oral de escolares del mismo curso que no hayan participado en el programa; y las incidencias del desarrollo del programa también servirán para la evaluación del mismo.
Tras la realización del programa en el cuso 2005-2006, se observa que los objetivos más conseguidos, han sido distinguir los alimentos dañinos para los dientes de los que son sanos; saber cuando se pueden tomar algunas cosas dulces; y saber como se realiza la correcta limpieza de la boca. En cuanto a las actividades propuestas, las más realizadas fueron dibujar o recortar y pegar alimentos sanos para una fiesta infantil. Colorear alimentos sanos para los dientes. Colorear los cepillos que sirven para la higiene dental y tachar los que no sirven.
Las actividades para realizar en casa por los padres y los objetivos relacionados con ellas son los menos realizadas, por lo que habría que insistir más para que las familias participen. Además, tanto la actividad del registro de ingesta diaria como del registro semanal del desayuno requieren más tiempo del profesor para evaluar los resultados y de las familias para completarlos, por lo que en la edición del 2006 se ha decidido eliminarlas. Otras actividades que se han realizado poco, como algunas de recortar y pegar, se han incluido en la nueva edición pero recomendándolas solo para 3º de Educación Infantil (5 años de edad).
Para valorar los hábitos de salud bucodental de los escolares de 3 a 6 años se tomó una muestra de 5 colegios del municipio de Santa Cruz de Tenerife. Se utilizó el cuestionario incluido en el cuadernillo de actividades didácticas que presenta 14 preguntas y se pidió a los padres y madres asistentes a las charlas sobre consejo de salud bucodental que lo rellenaran antes de iniciar la charla. Las conclusiones desprenden que rellenaron la encuesta 50 padres/madres. El promedio de asistentes por colegio fue de 12 personas. Del total de padres/madres asistentes el mayor número correspondió a aquellos cuyos hijos/as estaban en el primer curso (3 años de edad). La proporción de asistencia en base al número real de padres/madres con hijos/as en Educación Infantil fue del 13 por ciento.
La mayoría de los encuestados respondió que se sus hijos/as se cepillaban los dientes, siendo el de después de la cena, el más frecuente, con un 46 por ciento.Hay un gran porcentaje de niños que se cepillan solos sin la ayuda de un adulto (45 por ciento), por lo que aún la familia no está concienciada de que es fundamental que un adulto debe ayudar físicamente al niño entre 3 y 6 años a realizar el cepillado y no sólo supervisarlo. La mayoría de los padres afirma que sus hijos sólo toman golosinas y refrescos en ocasiones concretas, pero hay un 10 por ciento que consumen golosinas todos los días, porcentaje que debería intentar disminuirse para reducir uno de los factores de riesgo más importantes de la caries dental.
Solamente el 34 por ciento de los padres afirman que sus hijos toman a diario 2 ó 3 piezas de frutas y 2 ó 3 piezas de verduras, lo cual es fundamental para la salud general del niño/a. El 19 por ciento toma leche u otras bebidas en un biberón para dormir. Estas cifras habría que intentar reducirlas dada la implicación de este hábito en la producción de caries y maloclusiones dentales.
En cambio, el porcentaje de escolares que a esta edad usan chupa o se chupan el dedo para dormir, hábitos que cuando se prolongan demasiado en el tiempo también puede ocasionar maloclusiones, es muy bajo (5 por ciento y 2 por ciento respectivamente).El 20 por ciento admite que sus hijos tienes dificultades para respirar bien por la nariz, otro factor que si se prolonga en el tiempo también puede ocasionar maloclusiones dentales. Un 69 por ciento nunca han ido a la consulta dental. Esto refleja cómo en general la familia no da importancia a la dentición de leche y espera a llevar al niño a la consulta dental cuando tiene algún problema o cuando empiezan a salir los dientes definitivos.
La mayoría de los padres (95 por ciento) usan pasta de dientes en el cepillado de sus hijos y gran parte 60 por ciento coloca en el cepillo la cantidad correcta (0,5 cm de pasta), aunque aun queda un 18 por ciento que ponen 2 cm, lo que debe evitarse para prevenir la aparición de manchas de fluorosis por exceso de pasta en estas edades.
Los contenidos de las charlas para padres y madres pueden ayudar a modificar estos hábitos perjudiciales.
* * *
Já há muito trabalho realizado no estrangeiro. Chegou a data de também se fazer por cá alguma coisa. As entidades competentes têm de dar respostas às necessidades da população.
Gerofil

30) Dentistas tratam crianças da Serra dentro das escolas

MUNICÍPIO DA SERRA, Espírito Santo, BRASIL - A cárie ainda é um problema que atinge muitas crianças com menos de seis anos de idade. Elas nem trocaram a dentição e já sofrem com dor, mau hálito e, algumas vezes, precisam passar por uma extração, para não comprometer os dentes que ainda vão nascer.
A falta de informação sobre os cuidados adequados com a higiene bucal das crianças e até a falta de acesso a produtos de higiene pessoal são os principais motivadores dessa realidade. Por isso, no município da Serra, os dentistas vão nas escolas públicas de ensino infantil para fazer o tratamento e orientar os alunos.
Os números assustam. Em 2000, mais de 80% das crianças da cidade, nesta faixa etária, já tinham cáries. Depois que os dentistas passaram a visitar as escolas, esse percentual caiu para 47%, segundo levantamento epidemiológico realizado no ano passado. Antes de iniciar o tratamento de limpeza e restauração, os alunos atendidos assistem palestras sobre saúde e higiene bucal, aprendem a escovar os dentes de forma adequada e ainda recebem kits com pasta e escova de dentes e fio dental. Depois, todas as crianças são analisadas e, aquelas com cáries, passam por um tratamento especial, sem o uso de brocas e sem necessidade de anestesia. Elas não sentem dor e ficam felizes com o resultado.
A pequena Leandra Aguiar Pereira, de cinco anos, fez o tratamento nesta quarta-feira. Estava com uma cárie, mas disse que já aprendeu como deve fazer daqui pra frente. “Eu só posso tomar sorvete depois do almoço e depois tenho que escovar os dentes. Foi bom o tratamento porque eu só tenho cinco anos e todos os meus primos têm cárie, mas eu não posso ficar como eles”, falou Leandra. A dentista Flávia Teubner, que participa do programa, destacou que as crianças aprendem fácil e que também passam as informações para os pais e irmãos.
A dentista explicou que a contribuição da família na prevenção à cárie é fundamental. A higiene bucal deve começar logo que a criança nasce, com a limpeza da gengiva. Depois que crescem os dentes, eles devem ser escovados após todas as refeições. Flávia explicou que a saúde do dente de leite vai definir a qualidade dos dentes permanentes.
* * *
Fica o registo como fazer baixar DRASTICAMENTE as cáries dentárias. A prevenção e a educação são as armas fundamentais para a prevenção das doenças. Haja bom senso dos políticos e saibam aplicar políticas de prevenção logo nos primeiros anos de escolaridade das crianças. As crianças portuguesas assim esperam; falta saber até quando?
Gerofil

terça-feira, 12 de setembro de 2006

29) Testemunho jovem na primeira pessoa

(...)
sei que fui indicado pelo médico de família de então (finais dos anos setenta) para a consulta de “dentista” – ao Centro de Saúde do Alandroal lembro-me que se deslocava um “dentista” de Elvas. Geralmente existiam doze a quinze pessoas para serem atendidos numa manhã; logo que o tal dentista chegava, vá de formar uma fila indiana e toca de tomar uma injecção (anestesia) – acho que a mesma seringa servia para injectar toda a gente.Logo depois começam as extracções …
Não me lembro de quaisquer outros tipos de consulta ali praticados; unicamente faziam-se ali extracções (nada de obturações, limpezas ou outro tipo de tratamentos). Ao fim de duas horas já estavam todos “tratados” e lá se ia embora o “dentista”.
Teria eu os meus doze ou treze anos; os tratamentos que o tal dentista me fez foram unicamente de extrair dentes – nunca fiz um raio X ou qualquer outro tipo de tratamento oral. Se ao fim de dez minutos não conseguisse extrair-me uma raiz ou um dente, o “dentista” marcava-me uma nova consulta para oito ou quinze dias depois; assim, uma raiz mais difícil de extrair demorava, por vezes, três ou quatro “sessões”, ou seja, mais de um mês para ser extraída. Não sei exactamente porque acabei cansado de tanto lá ir e nunca ter terminado o tratamento (que consistia unicamente em fazer extracções); também nunca vi que o tal “dentista” fizesse ou tivesse qualquer registo escrito dos tratamentos que fazia – era todo junto, quer se tratasse de crianças, adultos ou idosos .
(...)
Texto completo aqui

28) Feira: Dentistas dão apoio gratuito a jovens

Cerca de três dezenas de jovens do concelho de Santa Maria da Feira já beneficiaram do apoio gratuito de medicina dentária, no âmbito do “Serviço Âncora”, do projecto Direitos & Desafios, sendo que parte já terminou o tratamento e, neste momento, 17 utentes estão ainda em fase de atendimento, revela a Câmara da Feira.
A lista de espera conta com cerca de 30 jovens e adultos inscritos. Para a implementação deste apoio gratuito ao nível da medicina dentária, o projecto Direitos & Desafios estabeleceu protocolos de cooperação com três médicos dentistas que estão a proceder ao tratamento dentário em jovens indicados pelas instituições/projectos de intervenção social do concelho. Através destes protocolos, o “Serviço Âncora” financia os materiais necessários e os dentistas oferecem os seus serviços.
Considerando a dimensão do problema das cáries dentárias de muitas crianças e jovens em situação de risco social e as dificuldades económicas das suas famílias em minimizá-lo, o Direitos & Desafios apela a outros médicos dentistas do concelho para que se associem a este projecto, contribuindo, assim, para o bem-estar físico e a auto-estima de muitas crianças e jovens do concelho.
O “Serviço Âncora” pretende ser uma resposta de emergência social para as famílias do concelho de Santa Maria da Feira que apresentam pobreza persistente, permitindo responder de imediato a situações de alto risco, no qual se insere o apoio ao nível da medicina dentária. Este serviço contará ainda com um Centro de Recursos para a Saúde, dotado de artigos para a reabilitação e cuidados continuados, sendo estes cedidos, a título de empréstimo, às famílias carenciadas, bem como às instituições que desenvolvem trabalho nesta área.
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Um exemplo do que deve ser feito ao nível autárquico. Aqui fica também o meu contributo para a divulgação desta iniciativa.
Gerofil

domingo, 10 de setembro de 2006

27) Gomera / Ilhas Canárias

Sanidad realiza obras de mejoras y adaptación en la Unidad de Odontología por 25.000 euros - La Consejería de Sanidad del Gobierno de Canarias, a través de la Gerencia de Servicios Sanitarios del Área de Salud de La Gomera, ha realizado obras de mejora y adaptación en la actual Unidad de Odontología, posibilitando con ello ampliar la capacidad de intervención de esta especialidad, tanto del odontólogo como de la enfermería con el consiguiente beneficio para los ciudadanos de la Isla.
La Unidad, ubicada en el antiguo Centro de Salud de San Sebastián, ha visto con esta iniciativa, la posibilidad de mejorar el equipamiento clínico como: nuevos equipos dentales de extracción de piezas sumándose al ya existente, nuevos equipos de esterilización, carro de parada cardiaca, entre otros.
También se crea un espacio nuevo para el desarrollo administrativo y de gestión totalmente informatizada que permite el acceso a las analíticas ya informatizada desde el Servicio de Laboratorio del Hospital Nuestra Señora de Guadalupe.
Desde la Gerencia de Servicios Sanitarios, entiende que desde dicha Unidad, que atiende aproximadamente más de 1.741 personas adultas cada año, ve con ello, mejorada y garantizada la atención, posibilitando a los profesionales sanitarios trabajar con mayor seguridad y calidad.
Por otro lado, y desde la Gerencia se justifica que las mejoras y adaptaciones realizadas, vienen también avaladas por la importancia del Programa de Salud Bucodental que se desarrolla en los centros escolares. La intervención a través de dicho programa, afecta alrededor de 677 niños y niñas escolarizados cada año, programa que por su importancia e implantación en la Isla, ha posibilitado importantes cambios gracias a los tratamientos preventivos para atender problemas en caries, así como, tratamientos realizados en encías.
Otro de los aspectos que se ve beneficiada tras las mejoras, es el fomento de la educación de la salud oral a través de distintas charlas y coloquios organizado por los profesionales de dicha Unidad en los colegios de la Isla, cuyo objetivo es conseguir que los propios escolares adquieran hábitos higiénicos y sigan una alimentación sana que colabore en el mantenimiento de la salud de los mismos.
Para ello, la Gerencia, ha valorado la importancia de que la Unidad pueda disponer también de las nuevas dependencias de formación existentes en el mismo Centro, dotada de los elementos técnicos y pedagógicos que permita o facilite la labor de los profesionales.
* * *
Não é exactamente a origem geográfica da notícia o mais importante desta postagem; o que interessa, isso sim, é vermos como lá por fora as entidades oficiais vêem a saúde oral como necessidade de investimento prioritário, tentando garantir esse serviço a toda a população.
Por cá, ainda estamos muito longe de dar satisfação às necessidades da população. Até quando? Será que as entidades oficiais ainda não entenderam que urge necessariamente dar resposta a este problema de saúde pública? Espero que, de algum modo, com este Blog chame a atenção da opinião pública nacional que este problema carece de urgente resolução no nosso país.
Gerofil

sábado, 9 de setembro de 2006

26) “Sorrir dá Saúde”

A Câmara Municipal de Cascais, em reunião ordinária de 4 de Setembro, entre outras matérias, deliberou:
Conceder ao Núcleo do Estoril da Cruz Vermelha Portuguesa uma verba de 5 mil euros, destinada a apoiar a campanha “Sorrir dá Saúde”. Com o objectivo de promover a saúde oral, este programa possibilitou, numa primeira fase, efectuar rastreios e, posteriormente, garantir tratamentos dentários a crianças carenciadas dos bairros Novo do Pinhal, Galiza, Liberdade e Fim do Mundo.
Este programa abrangeu no ano passado 112 crianças e jovens, com idades compreendidas 6 e os 14 anos.

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

25) SAÚDE ORAL: Mais alguns exemplos práticos desenvolvido no Brasil

Projeto vai prevenir a cárie em estudantes (Encruzilhada do Sul, Brasil) - A Secretaria de Educação de Encruzilhada do Sul lançou o projeto Sorrindo para o futuro, com a parceria das escolas municipais de ensino fundamental e de educação infantil, com o dentista Denis Ferraz da Silva e com o professor José Ronaldo Kapczynski. Eles receberam capacitação para a implantação da atividade no município. O secretário de Educação, Cultura e Desporto, Solismar Ribeiro Figueiró, explica que o trabalho tem a parceria do governo municipal, por meio das pastas de Educação, Saúde e Serviço Social do Comércio (Sesc).
O objetivo do projeto é desenvolver, com os estudantes do município, diversas ações de caráter preventivo à saúde bucal. Serão atendidas crianças matriculadas no nível B de educação infantil e de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental.
A intenção do trabalho é prevenir a cárie e as doenças gengivais por meio da educação e conscientização da criança para o autocuidado com a saúde e, por conseqüência, estimular a auto-estima, ensinando uma técnica de escovação e uso do fio dental. A atividade também vai desafiar as habilidades manuais para a higiene por intermédio da prática diária, fornecendo aplicações tópicas de flúor e adotando hábitos alimentares adequados.
Além dessa linha de trabalho, a outra novidade do projeto Sorrindo para o futuro é a utilização da técnica de restauração atraumática, ferramenta que visa atender a número maior de alunos, utilizando recursos mínimos e não precisando do uso de consultório odontológico, mas somente do profissional e alguns equipamentos. O prefeito Artigas Teixeira da Silveira destaca que o trabalho é uma das diversas ferramentas de saúde pública traçadas pela atual administração.
* * *
Projeto piloto do Preven-tão é implantado em unidades de ensino fundamental de Cubatão, Brasil - Reduzir a incidência de cárie dentária e de doenças periodontais e chegar aos índices estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como ideais para 2010. Este são os objetivos do Programa de Educação e Prevenção em Saúde Bucal – Preven-tão, implantado há vários anos pela Secretaria Municipal de Saúde nas creches e nas escolas de educação infantil da Cidade. Agora, o programa passa a atender também outra faixa etária, se estendendo aos alunos do ensino fundamental.
O projeto piloto foi implantado inicialmente na Emef Padre Antonio Olivieri, no Jardim Casqueiro, beneficiando mais de 600 alunos. Na tarde da última segunda-feira (28/08), mais uma escola - a Emef Usina Henry Borden – foi beneficiada. Lá, cerca de 390 alunos ganharam kit de higiene bucal e passaram a ter escovação supervisionada. De acordo com os responsáveis pelo programa, em breve o Preven-tão será implantado também na Emef Luiz Gustavo de Lima, na Vila Natal, abrangendo assim mais de 1.400 estudantes.
A execução do projeto é feita pelo Grupo Técnico de Saúde Bucal em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. O Preven-tão permite a retomada do hábito da escovação que muitos alunos perdem ao ingressar no ensino fundamental. Levantamento feito pelos técnicos comprovou que, por não haver o vínculo intimista entre professores e estudantes como é nas creches e no ensino infantil, a rotina da escovação se perde. Outro fator que contribui para isso é o contínuo despertar do sentimento de vergonha nas crianças, conforme a sua evolução etária.
O programa conta também com a participação de voluntários das Associações de Pais e Mestres (APMs) e de monitores de classe. Os alunos recebem um kit de higiene bucal contendo uma escola dental infantil de cerdas macias, um tubo de creme dental e um rolo de fio dental. O kit fica guardado na própria escola para uso exclusivo do aluno, devendo ser usado diariamente após a merenda. A avaliação do programa é feita a cada três meses, quando a equipe técnica passa nas unidades para averiguar os resultados obtidos, utilizando a técnica de evidenciação de placa bacteriana.
Dependendo dos resultados, o Preven-tão será estendido a todas as escolas de ensino fundamental do município, o que permitirá a redução ainda maior dos índices epidemiológicos referentes às doenças bucais mais comuns – a cárie dentária e as doenças periodontais.
* * *
Quem certamente tem acompanhado este Blog já deve ter-se apercebido como as autoridades locais e centrais de Portugal e do Brasil assumem posturas diferenciadas relativamente à saúde oral da população; neste caso parece que nós, portugueses, ainda temos muito a apreender com o trabalho desenvolvido actualmente no Brasil.
Espero, pois, que estas postagens sirvam de alerta para que se crie também em Portugal políticas que possibilitem que todo e qualquer cidadão português possa usufruir atempadamente de serviços de saúde oral, independentemente da sua condição social.
Gerofil

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

24) Ponto de Vista

Para quase todas as pessoas existem essencialmente três épocas no ano em que se pensa no passado e se perspectiva o futuro, delineando, a partir desse momento, novos objectivos e metas a atingir. Uma das épocas é na mudança de ano, outra é no nosso aniversário (podendo esta ser simultânea com uma das outras) e a última acontece na altura de férias.
Estamos, portanto, na altura de tentar corrigir erros passados e procurar melhorar vários pontos que consideramos fundamentais para o nosso bem-estar e das pessoas que nos rodeiam. Por exemplo, esta pode ser a altura ideal para decidir deixar de fumar. Cada vez mais pessoas têm conseguido abandonar um hábito que, comprovadamente, causa graves problemas de saúde, pelo que todas as alturas são óptimas para tomar essa decisão.
Outra questão que tem grandes repercussões na saúde geral, tanto do ponto de vista psíquico como físico é o aumento de peso. Ora, não há melhor altura para tentar perder uns quilitos do que esta. Até porque é a época da praia e gostamos de estar com bom aspecto. O aumento de peso e a obesidade são questões cada vez mais actuais.
Nos últimos anos temos observado um aumento substancial de pessoas gordas ou obesas, situação resultante do nosso desenvolvimento, com o consequente aumento do poder de compra e acesso a bens e comodidades que predispõem a que tal ocorra. Isto é, por um lado temos acesso a todos os alimentos e iguarias que gostamos, por outro, praticamente não temos que realizar qualquer esforço que “queime” algumas das calorias que ingerimos, pois a grande maioria da população possui viatura própria, comando de televisão, elevador, etc..
Na questão da obesidade, não é só o aspecto da pessoa que está em causa, mas é também, principalmente, a sua saúde. Todos sabemos os riscos e as repercussões várias que o excesso de peso acarreta para a saúde geral das pessoas, questão que nos obriga a pensar seriamente nos cuidados que deveremos ter com a alimentação. É importante saber o que se deve comer, e como se deve comer. Portanto, esta será a época ideal para repensar os seus hábitos alimentares. Para tal terá que tentar adequar a sua a alimentação ao exercício que diariamente realiza. Muitas das vezes isso só será possível com o auxílio de pessoal técnico especializado (médico, nutricionista) e, principalmente, com muita vontade própria e bom senso. Mas é mesmo essencial a força de vontade, pois as solicitações e tentações são permanentes. Desde as festas, às compras e à publicidade todas são suficientes para desmotivar. Aliás continuo a ter a opinião que a sociedade actual terá de defender-se dos desequilíbrios que vai criando.
No caso da alimentação, sabendo a influência negativa que a “fast-food” tem vindo a ter na saúde das populações, já começa a ser tempo de legislar sobre o assunto, dificultando a sua publicitação e obrigando ao pagamento de taxas suplementares para quem vende estes produtos. Um pouco à semelhança do que acontece com o álcool e o tabaco. Os custos para a saúde da ingestão deste tipo de alimentos começa a ser extremamente elevado e alguém vai ter que colocar um travão neste problema.
Há toda uma tarefa educacional a desenvolver no sentido de esclarecer as populações (pais, filhos, tios e avós) acerca da alimentação mais adequada a ter. Por exemplo, cada vez observo mais pais (avós, tios), logo de manhã no café, a comprarem um pacote de batatas fritas e um sumo para crianças de tenra idade. Como sabem, não é só o problema da obesidade, mas também do maior risco para aparecerem outros problemas como a cárie dentária. Maior disparate não se poderia fazer.
Muitas vezes pensa-se que a alimentação correcta não comporta as coisas que nos sabem melhor, o que não é verdade. Desde que se tenha conhecimento suficiente, é possível conjugar as iguarias com uma alimentação equilibrada. É mais ou menos o que eu tenho afirmado acerca da forma como se devem ingerir os doces para diminuir o risco de vir a desenvolver cárie dentária. Neste caso, sabe-se que a ingestão dum doce no fim da refeição é muito menos nocivo que entre as refeições.
Portanto, não é assim tão difícil traçar objectivos e tentar cumprir, é só procurar informar-se da melhor forma de o conseguir.
PAULO MELO, Médico Dentista, Professor da Faculdade de Medicina Dentária da U.P., Membro da Direcção da Ordem dos Médicos Dentistas

23) Bebês podem ser atendidos gratuitamente

Araçatuba, Brasil - As mães de bebês com menos de um ano de idade podem inscrever gratuitamente seus filhos para o atendimento preventivo e educativo realizado pela Bebê Clínica da FOA / Unesp (Faculdade de Odontologia de Araçatuba / Universidade Estadual Paulista).
As crianças precisam ter até um ano para ingressar no atendimento, que se estende até os três anos. Todo o trabalho educativo, de prevenção e curativo é feito por alunos da graduação e pós-graduação e profissionais que fazem estágio no local, sob a orientação de professores da área de Odontopediatria.
A primeira atividade consiste em uma palestra direcionada aos pais. Em cada dia, são atendidos 50 bebês. As consultas ocorrem a cada dois meses e, em média, o bebê passa pelo atendimento seis vezes ao ano. As mães recebem orientações de dieta (como proceder com mamadeiras e chupetas, por exemplo), e higiene bucal. O professor Robson Frederico Cunha explica que aos três anos e meio os bebês recebem alta e são encaminhados para a clínica de prevenção, onde são atendidos gratuitamente até os oito.
Todo esse trabalho pediátrico busca investir na saúde bucal desde a infância, uma vez que as atividades priorizam a prevenção para garantir que a criança seja um adulto saudável.
Folha da Região
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Espero que este exemplo "pegue" também aqui em Portugal.
Gerofil

22) Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo

Esclarecimento dos Médicos Estomatologistas à população
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Devidamente autorizados pelo Conselho de Administração do Hospital de Angra e com conhecimento dos restantes estomatologistas da RAA vêm os abaixo assinados prestar o seguinte esclarecimento à população na sequência duma entrevista concedida pelo Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) a um jornal diário de Angra do Heroísmo e às diversas notícias que a sua visita e audiências oficiais proporcionaram então.
São aí feitas acusações graves e falsas ao Serviço de Estomatologia (SE) do Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo. Só para citar algumas, diz-se ser limitado, leia-se restringido, o atendimento a certos grupos, nomeadamente aos idosos; não ser a urgência da especialidade devidamente cumprida; auferirmos ordenados milionários, etc., etc. Veiculam-se também informações incorrectas.
Tencionamos, o mais sucintamente possível, esclarecer umas e outras e formular algumas esperanças.É falso:
1. Que haja “ limitação do atendimento no Hospital de Angra…” na verdade o SE do hospital de Angra para além de não limitar o acesso à sua consulta está ainda a suprir a falta de dentistas dos Centros de Saúde (CS) da Praia e de Angra, executando na Consulta externa para além do trabalho próprio, algum do que deveria ser feito naqueles CS acrescido de toda a urgência dentária e de patologia médica e cirúrgica da área oro-maxilo-facial.
2. “O montante de 432000 Euros para pagamento anual de serviço de prevenção aos médicos estomatologistas(ME) da RAA “ na verdade está muito além, talvez propositadamente, do valor real. Compreende-se o” desconforto” das autoridades ao serem confrontadas com tal imprecisão.
3. Que se verifique “…a incerteza de atendimento no Serviço de Urgência (SU) do HSEAH…”na verdade qualquer cidadão que se dirija ao SU do hospital é observado pelo médico de serviço que ao entender contactar e solicitar ou não a presença do especialista, que está de chamada e em regime de prevenção, o faz seguindo critérios estritos de urgência.
Duvida-se:
1. Que os dentistas possam:”…fazer quatro vezes mais com os mesmos recursos…” com efeito nem às tarefas que lhes estão actualmente conferidas (com atendimento prioritário às crianças até aos quinze anos dos dois concelhos da ilha) conseguem na íntegra atender…que fará a urgência dentária e a traumatologia maxilo-facial para a qual não têm competência…
2. Que tenham sido: “ pioneiros da medicina dentária nos Açores…”com efeito ainda antes do seu grupo profissional existir já havia estomatologistas no arquipélago a fazer a odontologia, arte dentária ou medicina dentária, como agora se chama, para além da restante patologia médica e cirúrgica do aparelho estomatognático. Foi o Serviço de Estomatologia de Angra o primeiro a abrir-se a internatos complementares parciais na região. Será que querem ser “ pioneiros” a nível nacional da sua entrada triunfal nos hospitais através do epicentro da Terceira fazendo nos Açores os prévios ensaios?
3. “… Que um médico-dentista (MD) seja um médico como outro qualquer…” na verdade fazem uma licenciatura em que os três primeiros anos básicos têm cadeiras comuns com o curso de medicina mas depois derivam para a área dentária não fazendo as cadeiras fundamentais da medicina que vão das propedêuticas, às patologias e respectivas terapêuticas. Não fazem também estágios hospitalares gerais nem tão pouco de especialidade. São licenciados não em Medicina mas na chamada Medicina-Dentária, que, por exemplo em Espanha, tem o seu equivalente na Odontologia e na América dá o título de Dentista. Os Estomatologistas fazem a licenciatura de seis anos em medicina, seguindo-se estágio hospitalar, muitas vezes clínica geral, internato da especialidade, provas públicas de ascensão na carreira, etc., estando naturalmente inscritos na Ordem dos Médicos como os Dermatologistas ou os Cardiologistas. Os Dentistas, à semelhança de outros profissionais de saúde como Farmacêuticos, Enfermeiros, etc. têm a sua Ordem profissional própria.
Estranha-se:
1. A seguinte frase proferida pelo Sr. Bastonário da OMD –“que cada estomatologista que saia e se reforme, seja substituído por um dentista.” O que tencionam propor à tutela é contraditório com todo o discurso que perpassa pela entrevista em questão e por todas as outras que nos tempos recentes têm sido proporcionadas ao representante da OMD nos Açores. A média de idades dos estomatologistas da região andará pelos quarenta e cinco anos. Segundo a lei vigente é de esperar que fiquem ao serviço entre dez e quinze anos. Será realista e consequente uma tal proposta, ou esperam que nos reformemos antecipadamente?
2. Que o Sr. Bastonário ache “ extremamente negativa a coexistência não pacífica entre os dois grupos profissionais” Mas é público e notório que os ataques aos médicos estomatologistas por parte dos dentistas, nomeadamente no Concelho de Angra, têm sido repetidos ciclicamente ao arrepio das boas regras de ética e deontologia, muitas vezes usando a polémica sobre este assunto como arma de arremesso político cujos intuitos são claros. Mais uma vez, agora pela voz do seu máximo representante, ao invés de enveredar pela via do diálogo e da colaboração, a que sempre estivemos abertos e cuja utilidade, principalmente para os doentes, é inquestionável, vêm desferir novo ataque a um sector que é parte integrante do Serviço Regional de Saúde.
Espera-se:
-Da parte da tutela um esclarecimento à população sobre o funcionamento da Medicina Dentária nos Centros de Saúde e dos Serviços de Estomatologia, nomeadamente o de Angra, que é injustamente acusado, bem como os seus profissionais, de incumprimento do seu dever.
-A nomeação pelo Exmo. Senhor Secretário dos Assuntos Sociais de uma Comissão para estudar os assuntos que se prendem com a saúde oral na Região Autónoma dos Açores.
-Que desta vez os médicos estomatologistas e os cirurgiões maxilo-faciais possam ser ouvidos, pois por eles e nas vertentes pública e privada passa também, para além das suas repercussões sistémicas, a saúde da boca, dentes e maxilares dos Açorianos.
Bruno Walter Ferreira, José Manuel Rosa e Valentim Araújo
Diário Insular

21) Técnica de osseointegração: 80% dos atendimentos gratuitos

Bauru, S. Paulo (Brasil) - Inaugurado há quase um ano, mas funcionando desde janeiro, o Instituto Branemark, que tornou Bauru uma referência mundial na técnica de osseointegração, que permite recuperar partes do corpo unindo ossos e próteses com parafusos de titânio, inclusive dentes, tem um desafio pela frente: atender as cerca de 4 mil pessoas que estão na lista de espera.
As pessoas que não possuem nenhum dente e as vítimas de mutilações provocadas por acidentes ou doenças como câncer e má-formação são prioridades. As operações são feitas por médicos e dentistas voluntários, que são deslocados de várias partes do Brasil.
Por lei, 80% dos atendimentos têm de ser gratuitos.
Jornal da Cidade de Bauru

20) Chance para deixar o sorriso mais bonito

Santa Cruz do Sul, Brasil - Um dos pontos mais movimentados da 6ª Imperafest foi o ônibus com gabinete odontológico da Prefeitura, no qual foram prestados atendimentos gratuitos a todos que solicitaram. Foi a oportunidade para a criançada conhecer as técnicas de escovação e os cuidados que deve ter para ficar com um sorriso saudável. Os adultos também não perderam a chance de fazer uma visita ao dentista.
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Aqui está como no Brasil as autarquias investem na saúde dos seus cidadãos. Pena é que tantos autarcas portugueses a escolherem o Brasil como destino turístico não tenham um mínimo de inteligência para copiar para cá os bons exemplos que lá se fazem.
Gerofil

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

19) Até aos 7 anos de idade

Sabia que devem ser os pais a escovar os dentes e a manterem a limpeza da língua, no caso de crianças até aos 7 anos de idade ?
Gerofil

18) Alunos visitam Posto de Saúde Famíliar


Estudantes vereadores
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Alunos da 8ª série da Escola Municipal Willibaldo Michel, de Alto Castelhano, interior de Vale do Sol, realizaram uma visita ao Posto de Saúde Familiar (PSF) Anita Garibaldi, de Alto Trombudo, na semana passada, para verificar o trabalho que é desenvolvido na unidade.
A atividade faz parte das ações do projeto da Câmara de Vereadores, denominado Sessão Plenária do Estudante. Os jovens participantes exercem, de forma simbólica, parte do trabalho dos vereadores e, por isso, estão investigando alguns serviços de gestão municipal.
Inicialmente, a enfermeira Carla Simone Bopp de Oliveira informou que a equipe é formada por um médico, um enfermeiro, técnico de enfermagem, um auxiliar de consultório dentário, um dentista e sete agentes comunitários de saúde, que trabalham de segunda a sexta-feira. A enfermeira destacou que a equipe atende, atualmente, 497 famílias da região serrana e que todo o programa é voltado para a prevenção de doenças, o que vai muito além de práticas curativas. Um dos objetivos é informar e cobrar da comunidade ações que buscam melhorar a qualidade de vida da família.
Gazeta do Sul
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Interessante: em vez de serem os técnicos de saúde a irem às escolas, são os jovens convidados a irem às unidades de saúde.
Gerofil

17) Equipes fazem visitas domiciliares

Lages (Santa Catarina, BRASIL) - Segundo dados repassados pela Secretaria Municipal da Saúde o programa de atendimento Bucal vem ganhando destaque junto à comunidade. São 18 equipes inseridas nas 33 equipes do Programa Saúde da Família (PSF). A carga de trabalho é de 40 horas semanais e as equipes atuam nos bairros Guarujá, Santa Helena, Tributo, São Pedro, Santa Catarina, Santa Mônica, Petrópolis, Gethal, Penha e São Carlos.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Heron Anderson de Souza, as equipes desenvolvem atividades de visitas domiciliares e atendimentos para grupos de gestantes, hipertensos e diabéticos. “No interior do município nós temos o Odontomóvel que atende em diversas localidades. É um verdadeiro laboratório de odontologia ambulante”, explica Heron. A equipe de trabalho do PSF Bucal é composta por um dentista e um auxiliar de consultório dentário.
As equipes atendem em média 2.400 pessoas ao mês. “O serviço do Pronto Atendimento Odontológico Municipal atende casos emergenciais e funciona em área anexa ao Pronto Socorro Tito Bianchini. Trata-se de um serviço que ganha destaque junto à comunidade”, frisa Heron.
WebLages.com
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Iniciativas que fazem também muitíssima falta em Portugal. Esperemos para ver.
Gerofil

terça-feira, 5 de setembro de 2006

16) Próteses e aparelhos serão doados (Atenção: isto não é em Portugal)

A Prefeitura de João Pessoa vai oferecer aparelhos ortodônticos e próteses dentárias, gratuitamente, para a população de baixa renda do município. As pessoas com problemas de oclusão na arcada dentária serão beneficiadas com a colocação do aparelho ortodôntico, além do acompanhamento de todo o tratamento.
A Secretaria de Saúde do Município vai fazer uma consultoria com o apoio de técnicos da saúde bucal do Ministério da Saúde, a fim de definir a faixa etária que terá prioridade no atendimento. Segundo o diretor do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), Danilson da Cruz, a idéia é priorizar o atendimento para os casos mais graves em crianças e pré-adolescentes. A triagem será feita via Unidades de Saúde da Família.
A previsão é implantar o serviço até o final deste ano. Danilson informou que João Pessoa conta com uma rede de atenção básica em saúde bucal composta por 180 equipes – cada uma formada por um dentista e um Auxiliar de Consultório Dentário (ACD). Para cada unidade do Programa de Saúde da Família (PSF), ressaltou, existe uma equipe de odontologia trabalhando oito horas por dia, de segunda a sexta-feira. A média são 16 atendimentos diários por equipe, segundo o diretor do CEO.
Entre os procedimentos estão incluídos aplicação de flúor; tratamento periodontal (gengiva); profilaxia (limpeza); extração dentária e restaurações. Sendo que 95% dos procedimentos utilizam resina (da cor do dente).
O 1º Concurso do Sorriso Escolar, promovido pela SMS, vai eleger os cinco alunos com os melhores sorrisos da 1ª à 4ª série do ensino fundamental da rede pública. Entre os requisitos estão a participação em oficinas da “Ação Odonto-educacional”, ser da rede pública, não possuir cárie e ter bom desempenho escolar. As inscrições estão abertas até o dia 15 de setembro.
Jornal da Paraíba
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Não há um único dia que não cheguem até nós exemplos na aplicação de políticas de saúde oral, quando falamos do Brasil. Por cá, seria deveras interessante saber quais os políticos capazes de ter iguais gestos desinteressados pelos seus conterrâneos.
Infelizmente, olhando para o panorama nacional, o que não falta por aí são políticos escrupulosos que à custa dos impostos que todos pagamos, se dedicam a grandes festanças e passeios de avião gratuitas para pessoas da terceira idade, mas fazem-se esquecidos daquilo que os mais pobres tanto precisam: descriminação positiva na qualidade de acesso aos cuidados de saúde (porque é assim a força da nossa actual democracia, expressa nos votos durante as eleições).
Gerofil

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

15) Medicina dentária com mais consultas (na Madeira, claro !!!)

O número de consultas de medicina dentária no Centro de Saúde do Porto Santo, vai aumentar já no próximo mês de Outubro, apurou o JM. Ao que nos foi referido, em vez dos actuais três dias, os porto-santenses passarão a dispor de dentistas naquela unidade de saúde, durante quatro dias da semana (segundas, terças, quintas e sextas).
Caso para dizer que os residentes no Porto Santo terão mais razões para sorrir. Recorde-se que desde que o Programa Regional de Saúde Oral foi implementado na Região, em 1997, os problemas relacionados com a cárie dentária, e em particular nas crianças, têm vindo a diminuir significativamente em alguns concelhos. Mas, no Porto Santo, a situação tem se mantido mais ou menos igual, sendo que as crianças com idades entre os seis e os 9 anos são aquelas que têm apresentado os dentes mais estragados.
Refira-se que o município do Porto Santo é o único da Região, que proporciona saúde oral e, igualmente, medicina dentária no centro de saúde local.
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Eis aqui mais um exemplo que demora demasiado tempo a tornar-se habitual em qualquer Centro de Saúde no Continente. Por alguma razão faz sentido existirem regiões autonómicas ...
Gerofil

14) Pesquisa da UnB relaciona cáries à produção de saliva

Um dos factores directamente associados ao aumento de cáries é o baixo fluxo de saliva. Essa relação acaba de ser comprovada num estudo realizado na Universidade de Brasília (UnB) por Soraya Leal, professora do Departamento de Odontologia (ODT) da instituição.
"A literatura científica mundial demonstra uma certa inconclusão sobre a relação da saliva com as cáries", disse Soraya à Agencia FAPESP. "Por conta disso, resolvemos mostrar essa relação na prática, por meio de análises laboratoriais em 60 crianças", explica.
Das 35 crianças que não tinham cárie, todas apresentavam fluxo salivar entre normal e alto. Em contrapartida, as outras 25 que tinham dentes cariados apresentaram pouca saliva. Os pesquisadores fizeram ainda uma revisão sistemática, por meio de bancos de dados na internet, de artigos sobre o assunto publicados em revistas científicas internacionais. "Com base em 70 trabalhos científicos concluímos que a probabilidade de o indivíduo apresentar cárie é bem maior quando a produção de saliva é menor do que 1 mililitro por minuto", afirmou Soraya.
O estudo da UnB também verificou a relação da cárie com o pH da saliva. Nas crianças que apresentavam pH salivar neutro, entre 6 e 7, o problema não foi identificado. Entretanto, as cáries foram mais frequentes em crianças que apresentavam uma saliva mais ácida, com pH menor que 5.
Soraya explica que para manter estável o fluxo de saliva na boca e evitar o Streptococcus mutans, bactéria causadora das cáries, o indivíduo precisa ingerir bastante água. Outra opção é a ingestão de alimentos sólidos. Como mastigá-los requer um esforço maior das glândulas salivares, a produção de saliva acaba aumentando.
"Existem alimentos, no entanto, que fazem com que o Streptococcus mutans prolifere bem mais rápido. E como a maior parte das pessoas já sabe, o açúcar é o grande vilão das cáries", alerta a pesquisadora.
Segundo ela, por ser um componente natural da boca, a saliva é o primeiro defensor contra a cárie, devido às suas propriedades antimicrobianas. "Se o fluxo salivar cai, o pH também diminui. E o pH da saliva é responsável pelo controle dos minerais do dente."

13) Clínicas contratualizadas pelas Administrações Regionais de Saúde

Ex. Sr. Secretário de Estado da Saúde
Venho por este meio solicitar a V. Ex.ª que se digne a informar sobre a lista completa de todas as clínicas contratualizadas pelas Administrações Regionais de Saúde, no âmbito do Programa Nacional de Saúde Oral e nos termos do Despacho assinado por V. Ex.ª no passado mês de Dezembro.
Comprometo-me a divulgar a referida lista de clínicas a todas as escolas do ensino básico e secundário, de forma a garantir igualdade de acesso entre todas as crianças e jovens do país aqueles cuidados de saúde.
Fico desde já a aguardar a informação solicitada.
Com os melhores cumprimentos
Gerofil