segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

511. Dentistas ingleses avaliados pela Internet

No Reino Unido, os pacientes já podem avaliar os consultórios de dentistas através de um serviço on-line lançado pelo Ministério da Saúde britânico.
O Governo inglês lançou um serviço on-line que permite aos cidadãos avaliar e classificar os serviços de dentista, tal como já acontece noutras áreas de saúde. Com a criação deste serviço, o doente pode aceder a informações num só lugar, como por exemplo horários, localizações e serviços adicionais oferecidos pelos 22 mil dentistas do Serviço Nacional de Saúde.
Com um total de 1,2 milhões de visitas ao dentista por mês, o Governo pretende facilitar a vida dos pacientes dando-lhes indicações sobre os serviços odontológicos, mas também comunicar directamente com os profissionais do Serviço Nacional de Saúde. Esta experiência tem como objectivo melhorar os resultados das clínicas dentários, através da troca de informação.
* * *
É essencial dar aos pacientes a possibilidade de também poderem avaliar os cuidados de saúde oral que recebem. Ao mesmo tempo também seria uma óptima estratégia para combater praticas abusivas que constantemente ainda se podem observar em variadíssimas clínicas ou consultórios (cobrar serviços sem informar o preço antes dos tratamentos, passagem de vários recibos pela mesma consulta de forma a optimizar o máximo lucro possível e a lesar gravemente a Segurança Social e/ou ADSE com comparticipações fictícias, etc.)
Esta é uma das medidas emblemáticas que a Ordem dos Médicos Dentistas já deveria ter implementado há muito tempo. A capacidade de avaliar os serviços prestados, a todos os níveis, será fundamental para manter padrões de elevada qualidade, garantido a saúde dos pacientes e permitindo que cada pessoa possa escolher livremente o seu medico dentista.Será assim tão difícil colocar esta estratégia em prática no nosso país?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

510. Associação Portuguesa de Medicina Dentária Hospitalar


* * *
O contributo da Medicina Dentária para a saúde da população não se esgota no seu exercício como profissão liberal.
O Médico Dentista terá que actuar no futuro como um importante agente de promoção integral da saúde, envolvendo-se activamente nas actividades de prevenção, rastreio e tratamento de todas as doenças que tenham a ver com o bem-estar dos pacientes; deverá interessar-se pela integração da sua actividade nas unidades de saúde locais (Centros de Saúde, Hospitais, públicos ou privados), participando e promovendo encontros com outros profissionais de saúde, nomeadamente com as especialidades médicas que lhe são mais próximas (Estomatologia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Maxilo-Facial), mas também Medicina Geral e Familiar ou Saúde Pública.
Só deste modo poderá estabelecer uma colaboração mais estreita com toda a comunidade médica, tendo como objectivo último o tratamento e o bem estar dos doentes.
* * *
Numa altura que tanto se fala da crise económica e nas dificuldades cada vez maiores dos portugueses em ter acesso a cuidados de saúde, é bom lembrar também que o estado português gastou, nos últimos vinte anos, largas centenas de milhões de euros a formar médicos dentistas. A pergunta é a seguinte: quanto pagou cada português para a formação desses largos milhares de médicos dentistas e quantos deles estão hoje a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde?Talvez não se conheça outro país do mundo onde recursos humanos altamente especializados, em que o estado investe dezenas de milhares de euros para a sua formação, não tenham depois qualquer utilidade no Serviço Nacional de Saúde.É bom que se saiba quem são os verdadeiros responsáveis pelo desastre da saúde oral em Portugal, depois de largas centenas de milhões de euros gastos dos nossos impostos. É altura de determinados políticos começarem a ser responsabilizados criminalmente por estas políticas.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

509. ANGOLA: Crianças serão agentes contra a cárie dentária

Huambo – O projecto sorriso pretende criar, este ano, agentes infantis de saúde bocal nas escolas, para que através de palestras e demonstrações guiadas seja reforçada a mensagem contra a cárie dentária. É também perspectiva para este ano criar grupos teatrais infantis para que as crianças possam ser activistas contra a cárie dentária e outras doenças da boca, que afectam maioritariamente os pequenos.
A responsável do projecto, Sara Soeli Leandro, revelou hoje, em declarações à Angop, que a criação de agentes infantis de sensibilização deverá se repercutir na expansão das actividades de saúde bocal, envolvendo maior número de escolas municipais. Sara Soeli Leandro adiantou que, para consolidar os conhecimentos teóricos que as crianças vão aprender nas palestras, serão distribuídos 100 mil kits de saúde bocal, compostos por escovas, pepsodente e cartilha explicativa sobre os cuidados a ter durante a escovação.
Explicou que em cada palestra os alunos têm a oportunidade de fazer uma escovação acompanhada, dos seus dentes, para que eles aprendam a técnica de escovar os dentes de forma saudável. Referiu que esta escovação supervisionada é feita através de um kit portátil (escovódromo) adquirido em 2010, composto por pia, água e espelho.
Segundo a fonte, este trabalho de saúde pública é uma iniciativa do governo provincial através da direcção local de saúde em parceria com o sector da educação e apesar dos constrangimentos económicos, o projecto sorriso abrangeu, em 2010, mais de 50 mil crianças, em toda província. Foram ainda montadas, em 2010, secções de estomatologia nos municípios do Londuimbali (Alto-Hama), Ukuma, Bailundo, Huambo e Katchiungo.
A aposta é continuar, no decorrer deste ano, para que nos 11 municípios que compõem a província as populações tenham este serviço a funcionar. Lamentou, no entanto, a insuficiência de técnicos da área de estomatologia para que os serviços funcionem com regularidade. “Temos projecto de um curso de estomatologia na província, estamos a espera que o governo aprove o documento para reduzir o défice de quadros”, continuou.
Outra aposta do projecto é continuar a prestar atenção as mulheres grávidas através do pré natal deontológico, que visa orientar e seguir de forma diferenciada as gestantes para evitar complicações inúmeras que possam vir a ter e também acabar com o mito de que grávida não pode extrair o dente. Executado pela Empresa Privada de Gestão em Saúde AMOSMID, o projecto existe a mais de cinco anos e tem sido aplaudido por muitas famílias, principalmente as das comunidades rurais, pois muitas crianças aprenderam a escovar os dentes numa das palestras escolares, depois do cinco anos de idade.
* * *
Quantos projectos serão necessários importar de países do Terceiro Mundo para que em Portugal também haja prevenção de saúde oral dirigida a todas as crianças e jovens de todas as escolas do ensino básico e secundário? Será apenas importante encher as cabecinhas dos meninos com Educação Sexual?
Já estamos fartos de ver milhões e milhões de panfletos produzidos pela Direcção-Geral da Saúde e de campanhas exorbitantes de dinheiros mal gastos em spots publicitários nas televisões, em que nada contribuem para a melhoria da saúde oral dos portugueses. Todo esse dinheiro teria sido muito melhor empregue se tivesse sido dispendido em actos médicos; largas centenas de milhares de crianças podiam ter agora um sorriso que talvez nunca mais o terão no resto das suas vidas.Não acredito que o Director – Geral da Saúde e a Senhora Ministra da Saúde sejam assim pessoas tão frias e insensíveis ao sofrimento de crianças e jovens carentes de saúde oral, crianças essas que ficarão marcadas física e psicologicamente para o resto das suas vidas. Não há ninguém que não perceba que uma prevenção bem feita ficava extremamente mais barata ao próprio Ministério da Saúde do que fazer tratamentos apenas quando surjam as doenças orais.
Sinceramente, as políticas actuais de saúde oral em Portugal precisam de uma revolução a todos os níveis.

domingo, 16 de janeiro de 2011

508. Implante dentário

O implante dentario é um serviço da odontologia executado para compensar a ausência de um ou mais dentes danificados que não apresentam a possibilidade de recuperação. A colocação de pontes ou próteses simples tem a desvantagem destas ficarem apoiadas nos dentes vizinhos e fornecerem margem para movimentação dos dentes postiços, o que não acontece na fixação usando o implante. O preço para a realização do procedimento não é muito alto se levado em consideração a qualidade superior e longevidade de duração do implante dentario.
O procedimento do implante dental é realizado por meio da colocação no osso da mandíbula ou do maxilar, abaixo da gengiva, de um parafuso de titânio que funciona como suporte para a fixação de uma prótese dentária. A micro cirurgia para fixação do parafuso de titânio é feita no próprio consultório do dentista, com anestesia local e requer cerca de uma hora para a realização. Antes da finalização do implante quando é colocada a prótese com dente(s), é necessário se aguardar um período de recuperação de três a seis meses para a correta integração do parafuso na estrutura óssea mandibular ou maxilar.
A realização de implante dentario é restrita a pessoas com a formação óssea já completa, que geralmente ocorre perto da maioridade, e que não possuam problemas graves de saúde, sendo assim necessária uma avaliação prévia minuciosa do candidato à prótese.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

507. Hospital de Valongo realiza rastreios de cancro oral em bairros sociais

Uma equipa do Hospital de Valongo iniciou quarta-feira um rastreio de cancro oral no âmbito de uma iniciativa que irá abranger todos os bairros sociais do concelho e que se prolonga até ao final de 2011, avança a agência Lusa.
Renato Matos, vogal executivo do Conselho de Administração daquele hospital, explicou à Lusa que o objectivo é sensibilizar a população e dar a conhecer as principais causas desta doença, cujo número de casos tem aumentado em Portugal.
"O seu aparecimento está muito associado a hábitos tabágicos e alcoólicos (cerca de 75% dos casos), assim como ao consumo de estupefacientes. Ou seja, na esmagadora maioria dos casos depende de hábitos de risco", sustentou Renato Matos.
O administrador do hospital de Valongo explicou que, prosseguindo uma “política de proximidade” com a população, esta unidade de saúde pretende alertar a população para esta doença.
Iniciativas de sensibilização são cruciais - “Havendo uma correcta informação, as pessoas poderão detectar sintomas visíveis, em tempo de recuperação, por isso, iniciativas de sensibilização como esta são cruciais”, frisou. De acordo com o médico, “todas as situações consideradas suspeitas serão submetidas a biopsia e os pacientes receberão o adequado tratamento no Hospital de Valongo”.
Os clínicos que participam nos rastreios são do serviço de medicina dentária e estomatologia do hospital e da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU).
O primeiro rastreio decorre quarta e quinta-feira no Empreendimento Social da Outrela, na cidade de Valongo.
* * *
Sabendo que o numero de internatos em estomatologia em Portugal este ano é zero e que alguém tenta estrangular a carreira destes profissionais, era bom que fossem para o terreno e tomassem conta das asneiras que praticam enquanto altos quadros da administração pública.
Bem-haja ainda médicos estomatologistas que rumam contra quem nunca prestará contas pelas suas decisões, graças aos amigos e interesses instalados nos altos cargos de decisão política do país. Seria excelente que a esses dirigentes nunca fosse permitido ter acesso a assistência médica oncológica no futuro.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

506. MADEIRA: Carrinha de selantes de dentes inactiva preocupa Ordem

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) está preocupada com o abandono, em Abril de 2010, da colocação de selantes de fissuras nos dentes das crianças até os 10 anos. Tal como está preocupada com a inactivação da carrinha cedida pela Fundação Horácio Roque (que custou 75 mil euros) e que ía às escolas para tal efeito.
As preocupações foram hoje expressas na apresentação pública dos dados referentes à implementação do Programa Regional de Promoção de Saúde Oral (PRPSO) no período compreendido entre 1995 e 2010. Em conferência de imprensa, Gil Alves, Doris Sousa e Catarina Cortez revelaram dados que permitiram baixar de 90% (nalguns casos) para 50% a incidência da cárie dentária em crianças entre 3 e 10 anos (população-alvo do programa).
Na faixa etária dos 3 anos todos os concelhos diminuiram a prevalência da cárie à excepção, na última avaliação, de Santana, Santa Cruz, Porto Santo e Câmara de Lobos. Nas faixas etárias dos 6 e dos 9 anos todos os concelhos baixaram a cárie à excepção do Porto Santo.
Recorde-se que a "delapidação dos recursos humanos" adstritos ao PRPSO, implementada a partir de 19 de Maio de 2010, levou ao abandono da equipa coordenada por Gil Alves. Desde essa altura, por estratégia da equipa sucessora, o higienista oral que aplicava os selantes foi colocado no Porto Santo e a carrinha, na Madeira, ficou sem essa valência.
Em jeito de balanço, referem que os programas de promoção de saúde oral não dão votos (têm um horizonte temporal para além dos 4 anos) pelo que só os implementam políticos informados. E que a prevenção é a melhor resposta bastando, tantas vezes, a escovagem dos dentes três vezes ao dia.
Refira-se que o programa começou em Outubro de 1996 depois de, em Abril de 1995, a OMD ter sido convidada pela então directora regional de saúde, Ermelinda Alves, a colaborar na implementação do PRPSO. O objectivo era atingir a população alvo entre os 3 os 10 anos de idade (com rastreios aos 3, 6 e 9 anos). As escolas pré-primárias e do 1.º ciclo do ensino básico de todos os concelhos da Região foram parceiras privilegiadas, via Secretaria e Direcção Regional de Educação.
A 1.ª fase arrancou em Outubro de 1996 nas escolas dos concelhos rurais da Ribeira Brava, Ponta do Sol e Porto Moniz. Por sinal as mais carenciadas na higiene oral e no acesso aos dentistas. Depois estendeu-se a Calheta, Santana e São Vicente (1998); Machico (1999); Santa Cruz e Porto Santo (2000); Câmara de Lobos (2004); e Funchal (2006). Este último ainda não abrnagido totalmente nas suas escolas de ensino básico.
Refira-se que, no plano regional de saúde 2004/2010, a meta era erradicar a cárie dentária, até 2010, de 50% das crianças. No ano lectivo 2009/2010 o programa abrangia um total de 19 mil crianças, distribuídas por 182 escolas e 929 turmas. Crianças que receberam sessões de saúde oral ministradas por dentistas, higienistas, monitores, enfermeiros, nutricionistas, professores e educadores. Mas também para auxiliares de acção educativa, amas que acolhem crianças entre 6 e 36 meses de idade, pais e outros profissionais.
* * *
Extremamente confrangedor e total falta de ética moral persistir em políticas de desprezo pelos mais pobres e indefesos, quando todos sabemos as largas centenas de milhões de euros transferidos anualmente para a Madeira e que está a encher os bolsos de alguém. Haja coragem e denuncie-se esta situação aberrante no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
O regime político em vigor no território português carece de profundas alterações muito rapidamente.