sábado, 29 de dezembro de 2012

602. Senhor Secretário de Estado da Saúde: vá embora

"Portugueses devem prevenir doenças", diz Ministério – O secretário de Estado da Saúde, Fernando Leal da Costa, considera que os portugueses têm a obrigação de contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), prevenindo doenças e recorrendo menos aos serviços. "Se nós, cada um dos cidadãos, não fizermos qualquer coisa para reduzir o potencial de um dia sermos doentes, por mais impostos que possamos cobrar aos cidadãos, o SNS será, mais tarde ou mais cedo, insustentável", afirmou Fernando Leal da Costa, em entrevista à agência Lusa.
Frisando que a manutenção do SNS é indiscutível para o Governo, o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde diz que "não basta" cobrar impostos e que é necessário que os cidadãos comecem a ter uma atitude de prevenção de doenças para que não precisem tanto dos serviços de saúde.
O bastonário da Ordem dos Médicos salienta que a prevenção de doenças é um papel do próprio Governo, que aconselhou os portugueses a evitarem as idas aos hospitais públicos. «É evidente que se pode fazer mais pela prevenção a nível das responsabilidades governativas, nomeadamente insistindo mais na educação para a saúde e na prevenção da doença nas escolas, corrigindo e estimulando os estilos de vida», afirmou à TSF.
José Manuel Silva entende que não são apenas os utentes a conseguir prevenir as suas doenças. «Também usando a fiscalidade para orientar os cidadãos no sentido de optarem por alimentação e estilos de vida mais saudáveis», concluiu, em reação às declarações do secretário de Estado da Saúde.
* * *
Hoje ficou claramente patente a existência de lobbies (grupo de pessoas envolvidas na tentativa de influenciar legisladores ou outros agentes públicos em favor de uma causa específica) com o intuito de transformar o Serviço Nacional de Saúde num serviço oneroso para os cidadãos, independentemente dos impostos obrigatórios impostos pelo poder político e da redução dos salários. Assim, perante a forte contração dos rendimentos disponíveis, o poder político segue a política inversa preconizada pelos fundadores do Serviço Nacional de Saúde, tornando os cuidados médicos cada vez menos acessíveis à população em geral, apoiado pelo próprio bastonário dos médicos. Está aberta a privatização da saúde em Portugal; os grandes grupos económicos têm agora a possibilidade de concorrer com o Serviço Nacional de Saúde: o governo apoia e o bastonário dos médicos dá uma ajuda na iniciativa.
No âmbito da saúde oral, o Saúde Oral tem sistematicamente sensibilizado as diversas entidades para a constante degradação da acessibilidade da maior parte da população, nomeadamente das classes sociais mais desfavorecidas e das faixas etárias mais frágeis, designadamente da infância, adolescência e idosos. As postagens 535 (ler aqui) e 536 (ler aqui) foram remetidas ao Ministério da Saúde; a análise detalhada das várias soluções propostas para a deficiente saúde oral dos portugueses poderiam ser o ponto de partida para alterar o atual pântano na prestação de cuidados de medicina dentária em Portugal. Infelizmente, o Ministério da Saúde não respondeu ao ofício até hoje; simples medidas poderiam reduzir para metade os custos indispensáveis à prestação de cuidados de saúde oral.
Infelizmente, o atual governo segue a mesma linha de atuação do anterior governo, preferindo que os portugueses continuem a gastar valores exorbitantes para terem acesso a cuidados de saúde oral; quando o Secretário de Estado da Saúde fala na importância da prevenção de doenças (afinal, aonde está o Boletim Individual de Saúde Oral para todas as crianças e adolescentes portugueses?), é bom lembrar que o seu governo dá o pior exemplo dessa pratica quando recorre a cortes de cuidados de saúde oral infantil para transferir dinheiro para os grandes grupos financeiros da banca mundial. O Ministério da Saúde segue uma política moribunda, consoante os interesses dos grupos económicos privados e da banca, espezinhando os direitos fundamentais da Declaração dos Direitos das Crianças, retificada por Portugal, atos meramente cobardes quando os especialistas sabem que investindo 100 euros em saúde oral traduz-se numa poupança de até 3 000 euros no futuro.
Já tivemos um antigo Ministro da Saúde Correia de Campos adepto do uso de escovas de dentes para combater as doenças infecto-contagiosas (cárie dentária); já tivemos uma alta responsável da Direção Regional de Educação de Lisboa e do Vale do Tejo a recomendar o consumo de frutas para combater as doenças infecto-contagiosas (cárie dentária); agora temos um Secretário de Estado da Saúde que pede aos portugueses para não utilizarem tanto os serviços de saúde (como se cada um de nós pudesse escolher quando ficamos doentes).
Senhor Secretário de Estado da Saúde: coloque o cargo que ocupa à disposição de quem consiga fazer muito mais pelos portugueses com menos dinheiro.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

601. SAÚDE ORAL 2013

O Saúde Oral deseja um bom ano de 2013 para todos os seus leitores. O Saúde Oral pode ser acompanhado no Blogger, no feedburner e pelo FaceBook. Faça a divulgação do Saúde Oral pelos seus contactos; só com a colaboração da sociedade civil poderemos melhorar a saúde oral de todos os portugueses, nomeadamente da população de menores recursos económicos. Exija que a saúde oral seja obrigatória para todas as crianças e jovens portugueses.
A saúde oral determina a saúde geral de qualquer pessoa; a saúde oral constitui um elemento básico de vida, a que todos os cidadãos portugueses têm direito, sem quaisquer descriminações de origem social ou económica. Todas as crianças e jovens do país devem ter acesso privilegiado a tratamentos dentários pelo Serviço Nacional de Saúde; a educação para a saúde oral deve ser obrigatória em toda a escolaridade obrigatória.
Só com uma forte colaboração da sociedade civil poderemos garantir o acesso generalizado de cuidados de saúde oral a todos os portugueses no Serviço Nacional de Saúde. Serão sempre bem vindas as iniciativas que contribuam para o reforço do combate por uma saúde oral pública acessível a toda a população portuguesa.
Está comprovado pelos especialistas que se começar hoje a investir na saúde oral pode-se poupar largos milhares de milhões de euros dos nossos impostos em gastos desnecessários com a saúde oral nas próximas décadas. Exijamos e consigamos enfrentar com coragem e determinação todo o tipo de cooperações e de interesses instalados no sector e consigamos copiar os melhores exemplos que se fazem no mundo em termos de saúde oral.
Exija-se escrupulosamente aos governantes do país o fim imediato de privilégios de acesso à saúde oral para todos os detentores do poder político. Exijamos a reposição imediata nos cofres do estado de todo o dinheiro roubado em esquemas fraudulentos pelos políticos que governaram Portugal desde 1974 até hoje: largas dezenas de milhares de milhões de euros deverão ser recuperados, um a um, exigidos a cada um dos políticos (antigos e actuais) que serviram-se da sua condição privilegiada no poder para fazer riqueza, à custa do trabalho e dos sacrifícios da sociedade civil.
Lamentavelmente a existência actual de crianças e jovens em Portugal com cáries dentárias, enquanto políticos antigos e actualmente no poder, de todos os partidos políticos, fazem fortuna com esquemas fraudulentos; exija-se justiça e prisão efectiva para este tipo de crimes, actualmente impunes em Portugal.
Que o Senhor Presidente da República, professor Aníbal Cavaco Silva, seja o primeiro político português a colocar em acção o fim imediato deste jogo de interesses e de roubo do erário público; as crianças portuguesas agradecem se sua excelência fazer alguma coisa pela sua saúde oral.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

599. Campanha DENTISTA SOLIDÁRIO - 19 dezembro 2012



















































Campanha DENTISTA SOLIDÁRIO - 19 dezembro 2012 - Dentista24

 “Dentista Solidário” Proporciona Tratamentos Grátis aos mais Carenciados

 Pelo 3º ano consecutivo, a Clínica Dentária deLisboa - Dentista24 promove o dia do “Dentista Solidário” junto da população mais carenciada de Lisboa, por ocasião do período natalício.
A próxima ação solidária será já no próximo dia 19 de dezembro 2012, dia em que a Clínica Dentária de Lisboa –Dentista 24 e todo o seu corpo clínico vão oferecer dezenas de novos sorrisos à comunidade. Esta iniciativa surge porque os responsáveis da clínica têm consciência que os cuidados dentários não estão acessíveis a todos, principalmente num período em que a austeridade alterou por completo as prioridades das famílias portuguesas.
Segundo a Dra. Ana Rita Costa, diretora clínica da Clínica Dentária de Lisboa – Dentista 24, “esta ação enquadra-se no nosso projeto de responsabilidade social e, por isso, inserimos no nosso programa de atividades da época natalícia, um conjunto de ações que visam ajudar a comunidade. Num período tão crítico da vida dos portugueses em que as pessoas, por vezes, não têm capacidade financeira para satisfazer as necessidades básicas do seu dia a dia, devemos ajudar os mais carenciados. Lançámos o repto ao nosso corpo clínico e técnico que se disponibilizou prontamente e com entusiasmo para este desafio do qual o único pagamento que vai aceitar será o sorriso no final de cada consulta. Com este pequeno gesto, acreditamos estar a contribuir para um mundo melhor e para uma sociedade mais justa.”
Neste dia os “Dentistas Solidários” irão assegurar uma vasta gama de tratamentos completamente gratuitos:

- Destartarizações
- Restaurações Simples
- Extracções Simples
- Rx
- Controlo da dor
- Diagnóstico
- Selantes

No âmbito desta ação não será possível fazer marcação prévia de consultas pelo que os pacientes serão vistos por ordem de chegada até ao limite da capacidade do horário da clínica que funcionará das 9H00 às 20H00. Esta ação solidária é válida para todos os adultos e crianças, com idade superior a 15 anos, sendo que, no caso das crianças, estas devem ser acompanhadas por um dos pais.

 Clínica Dentária de Lisboa – Dentista 24

Rua Marques da Silva, 89-1º-Dt
1170 - 223 Lisboa
Telefone: 213 540 059 / 918 825 088

Para mais informações:
Cristiana G. Lucas da Silva
21 354 00 59 / 96 932 9491
gestoradesorrisos@gmail.com

domingo, 16 de dezembro de 2012

598. Portugal tem a pior higiene oral da Europa


Portugal é o país com pior higiene oral da Europa, com quase todas as crianças a apresentar pelo menos uma cárie e a maioria dos idosos sem um único dente, afirmou o Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas. Segundo Orlando Monteiro da Silva, alguns estudos têm revelado dados preocupantes sobre Portugal que o colocam na cauda dos 25 países da União Europeia. Esses estudos revelam que "65 por cento das pessoas com mais de 60 anos não tem um único dente na boca", indicou o especialista.
"Perto de cem por cento das crianças em idade chave de avaliação – 5/6 anos e 9/10 anos – têm pelo menos um dente com cárie e algumas dessas crianças já têm 70 por cento dos dentes cariados, arrancados ou obturados", adiantou. Se as crianças forem instruídas desde cedo, ganham o hábito de cuidar da dentição e nunca vão deixar de cumprir regras de saúde oral e higiene dentária, explicou Orlando Monteiro da Silva, para quem o grande problema reside na falta de educação dos mais novos, tanto por parte dos pais como do Estado.
Na opinião do médico, os pais não incutem esses hábitos nas crianças porque também não os têm. "Os adultos mesmo quando vão aos dentistas e são devidamente instruídos só seguem os conselhos nos primeiros dias, mas como não há background deixam de cumprir as regras estabelecidas", frisou. Orlando Monteiro da Silva responsabiliza ainda o Estado pela falta de educação da população, e principalmente das crianças, ao não promover políticas de saúde oral em escolas, lares ou centros de dia.
Afirmando que conhece no terreno estas carências, o bastonário disse que nos lares de terceira idade "não há quem saiba como se higieniza uma prótese" e em centros com crianças deficientes profundas acamadas "há um desconhecimento total de que nesses casos deve ser colocado um antibiótico específico na boca para a higienizar". O apoio do Estado deveria passar também pelo investimento no Serviço Nacional de Saúde, defendeu, considerando "inadmissível" que hospitais e centros de saúde não tenham dentistas.
"O Ministério da Saúde trata as pessoas como se não tivessem boca", lamentou, acrescentando que "grande parte dos portugueses não tem acesso aos dentistas – que só exercem em clínicas privadas – por falta de meios económicos e de informação". Para Orlando Monteiro da Silva, este não investimento do Estado é um "erro tremendo" em termos de saúde pública.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

597. Manual da Medicina Dentária na Europa

O Manual of Dental Practice 2008, editado pelo Council of European Dentists (CED), é o documento de referência para compreender o exercício profissional da medicina dentária na Europa. Contém informação sistematizada e de fácil compreensão.
Aceda ao documento seguindo a seguinte hiperligação no site da Ordem dos Médicos Dentistas.


Direitos de Autor – AVISO
Faz-se notar, que o EU Manual of Dental Practice é uma criação da autoria do Conselho Europeu dos Médicos Dentistas, o qual detém todos os direitos de autor e conexos sobre a obra. Qualquer acto ou tentativa de aquisição, reprodução, cópia, conservação ou distribuição do EU Manual of Dental Practice, que não exclusivamente para fins de uso pessoal pelo utilizador, e na falta de autorização escrita especialmente concedida pelo proprietário dos direitos sobre a obra, constitui violação grave da propriedade intelectual da mesma.

sábado, 1 de dezembro de 2012

596. AÇORES: Região abandonou "cauda do país" e tem níveis elevados de saúde oral

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, elogiou hoje a situação da medicina oral nos Açores. “O balanço da saúde oral nos Açores é muito positivo, na perspetiva da Ordem dos Médicos Dentistas”, afirmou o bastonário, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada.
Para o bastonário, que falava no final de uma audiência com o presidente do Governo dos Açores, a existência de médicos dentistas na generalidade dos centros de saúde do arquipélago e a convenção com o Serviço Regional de Saúde, que permite um maior acesso da população aos cuidados de saúde oral, são alguns dos motivos que justificam a melhoria da situação na região. Para essa melhoria também contribuiu o Boletim de Saúde Oral, que Orlando Monteiro da Silva considerou “fundamental” para o acesso das crianças à saúde oral, além do investimento que as autoridades regionais têm feito ao nível da educação e prevenção.
Atualmente, exercem nos Açores 118 médicos dentistas, garantindo o bastonário que asseguram uma “cobertura eficaz” da população. Por seu lado, o presidente do executivo regional, Carlos César, manifestou satisfação pela avaliação positiva feita pela Ordem dos Médicos Dentistas, frisando que o desafio que se coloca aos Açores é “conseguir ainda melhores desempenhos”.
“O trabalho a fazer é de melhoria, a promoção da saúde oral é um trabalho que ainda está incompleto”, afirmou. A existência de médicos dentistas na generalidade dos centros de saúde do arquipélago e a convenção com o Serviço Regional de Saúde, que permite um maior acesso da população aos cuidados de saúde oral, são alguns dos motivos que justificam a melhoria da situação na região.