terça-feira, 16 de julho de 2019

724. 10 dicas médicas para prevenir cáries dentárias

Se a cárie não for tratada atempadamente poderá evoluir até ao ponto de ser necessário o tratamento endodôntico (desvitalização), ou mesmo a extração do dente em questão. Ao contrário do que se possa pensar, para cuidar dos dentes e prevenir cáries não basta escovar os dentes, são também necessários alguns cuidados alimentares, e com os instrumentos para a higiene oral.
No entanto nenhuma das seguintes dicas é válida sem visitas periódicas ao médico dentista. As seguintes dicas poderão ajuda-lo a prevenir cáries:
1. Reduza o consumo de açúcares
Os açúcares são a principal fonte para produção de ácidos pelas bactérias responsáveis pela cárie dentária. A sua redução ajuda à prevenção da cárie dentária. Evite guloseimas sempre que possível, e sempre que ingerir açúcares escove os dentes ou enxague a boca.
2. Use fio dentário
O uso de fio reduz a formação de placa bacteriana interdentária, promovendo a saúde dentária e gengival.
3. Escove os dentes após todas as refeições
A escovagem reduz o biofilme oral que contém as bactérias responsáveis pela cárie dentária. A escovagem com pastas fluoretadas ajuda ainda à remineralização dos dentes.
4. Troque de escovas no máximo a cada 3 meses
As escovas têm, normalmente, uma longevidade de 3 meses ou menos. Se verificar que as cerdas da sua escova estão a abrir antes desse tempo significa que está na altura de trocar de escova.
5. Escove sempre os dentes antes de dormir
A salivação diminui drasticamente quando estamos a dormir, o que reduz a ação remineralizante da própria saliva sobre os dentes, o que, cárie é o a doença oral mais comum e é desencadeada essencialmente por falta de higiene oral ou higiene oral inadequada. É ainda potenciada por fatores como hábitos alimentares, falta de flúor e tabagismo, juntamente com a presença de restos alimentares aumenta a acção das bactérias responsáveis pela cárie.
6. Evite fumar
O tabaco reduz a imunidade da flora oral, o que por sua vez aumenta a incidência de doenças, nomeadamente a cárie dentária
7. Beba muita água
A fluoretação da água comunitária é um meio eficaz e de baixo custo para se alcançar a exposição ao flúor necessária para ajudar na prevenção da cárie dentária. Estudos mostram que a fluoretação da água ainda é eficaz para uma redução da cárie dentária em torno de 20 a 40%. O flúor é um mineral que pode ocorrer naturalmente nas fontes de água potável – oceanos, lagos, rios e água do subsolo. Pesquisas abrangentes mostraram que níveis ótimos de flúor não apenas reduzem as cáries dentárias em crianças e adultos, mas também ajudam a reparar cáries em estágios iniciais.
Por outro lado, a ingestão da água contribui para aumentar a salivação, equilibrando o PH da boca o que evita a proliferação de bactérias.
8. Atenção ao bruxismo
O bruxismo (apertar ou ranger dos dentes) pode provocar pequenas fendas os desgaste nos dentes, propícios à acumulação de bactérias responsáveis pelo desenvolvimento de cárie. Procure diagnosticar e resolver problemas de bruxismo.
9. Higienize a língua
A língua é uma zona de acumulação de bactérias muitas vezes esquecida na higiene. Use limpadores específicos para a língua
10. Visite o seu médico dentista regularmente
Apenas um médico dentista saberá diagnosticar atempada e precocemente lesões de cárie e agir em conformidade. Apenas este profissional de saúde poderá fazer limpezas profissionais que garantam a remoção de toda a placa dentária acumulada.
Os conselhos são do médico dentista José Afonso Teixeira.

sexta-feira, 31 de maio de 2019

723. APOMED: Existem profissionais nos centros de saúde cuja carreira e prática clínica diária “são incompatíveis nos termos da lei”

A Associação Portuguesa dos Médicos Dentistas dos Serviços Públicos (APOMED-SP), recentemente constituída, diz que no seu entender “não se deve considerar que existam médicos dentistas nos Centros de Saúde”.
A associação acusa, assim, o Governo de ter colocado nos Centros de Saúde, no âmbito do projeto piloto que foi criado em 2015 para oferecer consultas de medicina no SNS, “técnicos superiores da carreira geral, licenciados ou mestrados em Medicina Dentária e, portanto, devidamente habilitados a esta prática clínica”, mas que cuja “carreira em que se inserem e a prática clínica diária são incompatíveis nos termos da lei.”
Numa nota enviada às redações, que resume a reunião de direção da associação que se realizou no passado dia 16 de janeiro para fazer o ponto de situação da saúde oral em Portugal, a APOMED-SP sublinha que “no entender da APOMED-SP (…) não se deve considerar que existam médicos dentistas nos Centros de Saúde (…) Existem ainda prestadores de serviço, a recibos verdes, colocados nos Centros de Saúde por empresas privadas que os contratam. De acordo com a lei n.º 63/2013 de 27 de agosto e com o art.º 12 da lei 7/2009, de 14 de setembro, estes contratos baseiam-se em falsos recibos verdes: não trabalham em local próprio, mas em local que é pertença de outrem, onde a empresa os manda apresentar; utilizam equipamentos e outros materiais que não lhes pertencem; são obrigados ao controlo de assiduidade; têm objetivos a cumprir, estipulados pela empresa ou pelos Serviços de Saúde; auferem um ordenado fixo mensal, que pode diferir de empresa para empresa ou até conforme o local de trabalho”.
A associação que representa os médicos dentistas dos serviços públicos diz ainda que “de forma a uniformizar procedimentos, direitos e deveres requer-se urgência na aprovação da carreira especial de medicina dentária ao Ministério das Finanças, tendo em conta que aquela carreira foi aprovada em sede de Ministério da Saúde em novembro de 2017 e desde então não se conhecem mais avanços neste processo.”
Médicos dentistas sem assistentes
A APOMED-SP denuncia ainda várias questões relacionadas com a segurança e a qualidade na prestação dos cuidados de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde, referindo que atualmente, “há médicos que trabalham sem assistente (trabalham, portanto, sozinhos). Assim não podem, ao executar os tratamentos que são da sua competência, assegurar a qualidade exigida. Mais: há situações em que a segurança do utente e do profissional pode ficar seriamente comprometida, na ausência de assistente. O problema foi já por diversas ocasiões reportado a instâncias superiores, sem que se tenha dado qualquer passo no sentido da sua resolução.”
“Alguns médicos dentistas não têm acesso ao processo clínico do doente de forma adequada. Assim têm mais dificuldade em identificar toda a patologia associada, nem qual a terapêutica em curso. Muitos utentes não sabem explicar ao médico dentista nenhuma daquelas duas situações. É fácil, portanto, nestes casos, cometer erros grosseiros em termos clínicos por limitação no acesso a sistemas informáticos, nas mesmas condições que os outros médicos”, acusa ainda a associação.
Mais, a associação revela que “a referenciação de doentes para o médico dentista é feita, obrigatoriamente, pelo médico de família, por vezes acontece em consulta aberta e sem ser pelo médico de família. Se o médico dentista necessitar de referenciar um doente para os Serviços Hospitalares, nomeadamente para o Serviço de Estomatologia ou Cirurgia Maxilo-Facial, tem de voltar a pedir ao médico de família (quando existe) que o faça. Esta situação é desprovida de nexo e do mais elementar bom senso”.
“Não se compreende que o médico dentista não possa referenciar para o hospital. Da mesma forma não se percebe que o médico dentista não possa referenciar doentes para o chamado programa cheque dentista, estando esta referenciação está a cargo de outros profissionais de saúde, alguns sem preparação específica em saúde oral e se impede que outros profissionais com formação em saúde oral (por exemplo, Higienistas Orais) o possam realizar diretamente para SO-CSP (por vezes até na sequência das suas atividades em Saúde Escolar)”, conclui.

terça-feira, 9 de abril de 2019

722. Os privados e a medicina privada em Portugal: um negócio da “China”


Em 2017, o Novo Banco assumiu perdas de cerca de 500 milhões de euros com os créditos de oito devedores. Entre eles encontra-se o Grupo Maló.
De acordo com o jornal económico online Eco, citando o Correio da Manhã, entre os grupos empresariais que mais provisões obrigaram a instituição financeira a constituir para fazer face a potenciais prejuízos inclui-se a Promovalor, o Grupo Lena e SCG, a Prebuild, o Grupo MSF, o Grupo Tiner e o Grupo Moniz da Maia. Na área da saúde oral, o destaque vai para o Grupo Maló.
As dívidas atingem valores elevados. Com a constituição de provisões de cerca de 500 milhões, os oito clientes representam 24% dos potenciais prejuízos de 2.057 milhões de euros assumidos pelo Novo Banco em 2017.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

721. Unidade de Saúde do Castêlo da Maia terá consultório de cuidados dentários

Foi assinado um protocolo, a 17 de dezembro, entre a Câmara Municipal da Maia e a ARS Norte, que vai possibilitar a abertura de dois consultórios de cuidados dentários, na Maia, um deles na Unidade de Saúde do Castêlo da Maia.
A integração de médicos dentistas nos cuidados de saúde primários a nível nacional e o consequente alargamento do âmbito da prestação de consultas de saúde oral no SNS, mereceu a inteira disponibilidade da Câmara Municipal da Maia, que considera tratar-se de “uma área em que é notória a fragilidade da resposta do serviço público de saúde”.
O município da Maia assumiu a responsabilidade de fornecer o equipamento e material de estomatologia, suportando os custos estimados em 90 mil euros, viabilizando assim a instalação de uma valência de Saúde Oral no Centro de Saúde do Castêlo da Maia.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

720. Médicos dentistas do SNS constituíram associação



A Associação Portuguesa dos Médicos Dentistas dos Serviços Públicos – APOMED-SP é a nova organização autónoma, constituída no passado dia 14 de dezembro. 
Os médicos dentistas José Frias Bulhosa, Manuel Nunes e Ricardo Viveiros Cabral assinaram o ato da constituição da nova associação. Provisoriamente, a sede fora instalada na cidade de Castelo Branco.
A APOMED-SP visa representar todos os médicos dentistas que prestem funções nos serviços públicos portugueses e tem como objetivos contribuir para o apoio às entidades competentes, no sentido de planear e implementar estratégias para diversos projetos no âmbito da medicina dentária pública, no Continente e nas Regiões Autónomas. 
O primeiro encontro anual da nova associação está previsto para os finais de maio de 2019, em Matosinhos.