quarta-feira, 23 de agosto de 2006

12) A atenção de todas as escolas básicas e secundárias de Portugal

O Programa Nacional de Saúde Oral estabelece como meta para 2010 todas as crianças entre os três e os 16 anos terem acesso a um dentista. Um despacho assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, em Dezembro passado, aprova a contratualização de clínicas por parte de cada Administrações Regionais de Saúde. O Estado pagará 75 euros por cada paciente.
Segundo a Direcção-Geral da Saúde, 140 mil crianças já foram tratadas no âmbito de programas deste género. O objectivo é alargar o serviço a toda esta faixa etária e às grávidas. O modelo funciona como as análises clínicas: o doente vai a um consultório privado, mas a despesa é arcada pelo Estado.
Diário de Notícias (22 de Fevereiro de 2006)
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Alguém divulga ou publica a lista completa das clínicas que já prestam serviço no âmbito deste despacho ? Agradeço que me informem dessa lista a fim de a publicar aqui e enviar por email para todas as escolas do país - as crianças e jovens agradecem.
Gerofil

11) Maçã ajuda a combater doenças bucais em aldeia indígena

A maçã está sendo usada em uma aldeia indígena do Mato Grosso do Sul para prevenir cáries e doenças nas gengivas de 150 crianças que vivem no local. A cada 15 dias, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) envia a fruta para a aldeia Cerrito, em Eldorado. A ação conseguiu reduzir para 12% o número de cáries entre os índios da aldeia.O uso da fruta faz parte do Programa de Saúde Bucal, desenvolvido pela Funasa nas aldeias do país.
O programa também inclui atendimento especializado e a escovação supervisionada por dentistas a cada semana. A fruta também faz parte da merenda escolar e está sendo distribuída para as famílias indígenas consumirem em casa. A dentista Roselena Caseiro Lopes, que atua no projeto, explica que, pelo fato de a maçã ser um fruto consistente, ela ajuda na higienização e, por ser rica em vitaminas, fortalece os dentes. “O alimento poderia ser a cenoura, mas escolhi a maçã pelo sabor e porque as crianças gostam muito”, disse.

terça-feira, 22 de agosto de 2006

10) Guimarães: Metade das crianças tem os dentes com cárie

Mais de cinquenta por cento das crianças de Guimarães tem cárie aos 6 anos, segundo um estudo o Instituto Superior de Saúde do Alto Ave (ISAVE). Docentes e alunos daquele Instituto estudaram 1.200 crianças no Concelho, concluindo que, aos 3 anos, o número de cáries não ultrapassa os 17 por cento. Mas, a partir daquela idade e até aos 6 anos, aquele mal sofre um grande aumento.
Contudo, no concelho, há já iniciativas para contrariar a cárie, como o GUISO - Guimarães a Sorrir, um programa de saúde oral. Alexandra Santos, médica de Saúde Pública, adianta que o GUISO visa «fazer o diagnóstico da situação» e apurar como está o Concelho em relação às metas do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral.
A médica revelou também que foram estudados os lanches das crianças para se fazerem comparações e definirem estratégias para as escolas. “O objectivo é corrigir a alimentação nas escolas, mudar hábitos de higiene oral. Pretendemos uma mudança de hábitos na escola e esperamos que continuem na família», concretizou a mesma médica.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) pretende que, em 2020, oitenta por cento das crianças com 6 anos esteja livre da cárie. Mário Rui Araújo, coordenador do Curso de Higiene Oral do ISAVE, alerta para o facto de se poderem «fazer imensos programas para mudar de hábitos mas nem todos serem eficazes”. Para que tal aconteça, esses programas têm de ter em conta a realidade da situação, definirem os alvos a intervir, serem pedagogicamente apelativos e contarem com a participação de toda a comunidade, da famílias aos professores, passando pelas autarquias e técnicos de saúde.
O ISAVE localiza-se na Póvoa do Lanhoso e conta actualmente com 1.600 alunos.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

9) BRASIL: Crianças aprendem a importância de escovar dentes

Quando é que exemplos destes vão passar a fazer parte do quotidiano em Portugal, nos jardins-de-infância e escolas do primeiro ciclo? Fica aqui uma chamada de atenção à Senhora Ministra da Educação.
Gerofil
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A cirurgiã-dentista Maria Áurea Bragança dos Santos, esteve no Centro de Educação Infantil Abelhinha Feliz, onde realizou uma pequena palestra para os 196 alunos, de idade entre 1,5 a 5 anos, com informações de como escovar, porque é importante escovar, o que acontece quando não escova e outras informações importantes e que ajudam na criação do hábito de escovar os dentes.
Maria Áurea ainda realiza a distribuição de escovas dentais e flúor para bochecho, realizando orientações às crianças sobre os cuidados com a higiene bucal para prevenção de cáries. “A escovação é feita diariamente após as refeições e uma vez ao dia, bochecho com flúor nas crianças, a partir de cinco anos de idade.”
O trabalho é realizado pela profissional há aproximadamente 15 anos, e o diagnóstico da situação é a diminuição considerável, “no início as crianças tinham todos os dentes alguma cárie, algum problema nos dentes de leite, atualmente são registrados um a dois dentes de leite que apresentam cárie”, explicou Maria Áurea.
Para a diretora do CEI, Maria Aparecida Cristóvão da Silva, as crianças aprendem as informações sobre higiene bucal e reproduzem aos pais, que ligam e conferem se as informações são verdadeiras.
No trabalho sobre higiene bucal, será abordado sobre o uso do bico, que pode prejudicar o crescimento dos dentes e a estrutura da árcada dentária, criação de cáries e adenóide. “Tirando o bico, as crianças aprimoram melhor a linguagem”, completou Cida.
A palestra dada pela dentista é repetida geralmente entre dois e três meses, “é através da insistência que as crianças criam o hábito, para as idades menores estamos ensinando a necessidade de sempre escovar os dentes e manter a higiene bucal, nas idades mais avançadas estamos trabalhando as formas de escovação e limpeza bucal. Educar as crianças sobre a saúde bucal é essencial para prevenir as cáries na fase adulta”, concluiu Maria Áurea.
A coordenação do CEI em parceria com a dentista, está planejando a realização destas palestras aos pais das crianças, inicialmente marcado para outubro deste ano, onde serão apresentadas todas as informações sobre a importância de higiene bucal, escovação, flúor e uso do fio dental, a realidade sobre o uso do bico e outras informações que serão benéficas para toda a família.

domingo, 20 de agosto de 2006

8) Sindicato contesta encerramento da urgência de estomatologia

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul contesta o fim da urgência de estomatologia no Centro Hospitalar de Lisboa Central a partir das 20:00 e aos fins-de-semana, que afirma ser «a única existente em toda a zona sul do país».
Diário Digital

sábado, 19 de agosto de 2006

7) Protocolo para a saúde escolar

O protocolo para a Saúde Escolar em vigor foi assinado pela Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e pelo Ministro da Saúde, Correia de Campos, a 7 de Fevereiro de 2006. Fazendo uma leitura atenta do mesmo, destaca-se que faz referência sete vezes (XXXXXXX) à saúde sexual mas apenas uma vez (X) se refere à saúde oral.
Gerofil

6) Um exemplo necessário em todos os Centro de Saúde do País

A cidade da Póvoa de Santa Iria tem um novo Centro de Saúde inaugurado dia 20 de Agosto de 2005 pelo primeiro-ministro, José Sócrates, e pelo ministro da Saúde, António Correia de Campos.
De entre outros serviços destaca-se a disponibilização de serviços de Saúde Escolar (intervenção nas escolas básicas e secundárias) e de Saúde Oral (gabinete para população infantil e juvenil).
Portal do Governo

5) Questão pertinente

Será que as crianças e os adolescentes estão capacitados em termos de maturidade para assumir a responsabilidade pela sua saúde oral ? Se não são capazes de assumir essa responsabilidade, quem deve assumi-las ?
Gerofil

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

4) Um exemplo de nuestros hermanos (Extremadura)

Más de 28.000 niños reciben la atención bucodental prestada por el Servicio Extremeño de Salud.
Los niños de 6, 7 y 8 años son los beneficiarios del Plan de Atención Infantil de Extremadura (PADIEx) puesto en marcha a mediados del pasado año por el SES. Según ha informado la Junta de Extremadura en una nota, además en el mes de enero, se incorporan los niños que a lo largo de ese año vayan a cumplir los 6.
La Junta ha destacado que entre enero y junio de este año se han incorporado a este Plan casi 10.000 niños y niñas extremeños nacidos en el año 2000 y que han recibido unos talonarios asistenciales en los que se incluye la relación de dentistas, tanto del SES, como del sector privado, a cuyas consultas pueden acudir para recibir la asistencia prevista en el PADIEx.Así, explica la Administración Regional, estos nuevos diez mil niños se suman a los 19.052 nacidos en los años 1998 y 1999 que comenzaron el pasado año a recibir asistencia bucodental que incluye tratamientos básicos (selladores, flúor, limpiezas, empastes y extracciones) y tratamientos especiales (endodoncias, atención a los traumatismos....).
Los tratamientos aplicados con mayor frecuencia son los relacionados con educación dental, selladores y obturaciones. Para la asistencia a los niños incluidos en el PADIEx se dispone de 173 puntos asistenciales repartidos por la Comunidad Autónoma, atendidos por dentistas tanto del sector público como del privado; 98 localizados en la provincia de Badajoz y 75 en la de Cáceres.
La Junta ha resaltado que este programa de atención dental está dirigido a todos los niños residentes en la Comunidad Autónoma que tengan derecho a asistencia sanitaria con cargo al SES. Los niños comienzan a recibir atención cuando cumplen los seis años y permanecen incluidos en el programa hasta los 15.
El objetivo de esta iniciativa es mejorar la situación bucodental de la población infantil extremeña, incidiendo en la prevención desde edades tempranas y permitiendo crear hábitos saludables que redundarán en la reducción de determinadas patologías en etapas posteriores de su vida. De esta forma, cada niño que recibe asistencia bucodental a través del PADIEx tiene un dentista de cabecera que es el responsable de su salud oral y que realiza a los niños una revisión anual, hace las recomendaciones higiénicos-sanitarias que considere oportunas, aplica procedimientos preventivos y determinados tratamientos y, además, atiende las urgencias bucodentales que se presentan. No están incluidos los tratamientos reparadores en la dentición temporal, ni la ortodoncia.
Otros planes de atención - Por último, la Junta ha destacado en su nota que, además del PDIEX y en lo que a asistencia bucodental se refiere, la Consejería de Sanidad y Consumo, a través del Servicio Extremeño de Salud, ha puesto en marcha otros planes específicos como es el Programa de Atención Dental a Embarazadas y el Plan de Atención Dental a Personas con Discapacidad Psíquica (PADDI). Este último fue calificado pro la Asociación de Defensa del Paciente (ADEPA); en su informe del año 2005 como un gran logro del sistema sanitario extremeño y una iniciativa "loable y meritoria" de la que "muchos deberían tomar nota".

3) Saúde oral em Portugal: Mais do que uma questão de mentalidade

Cerca de 60 por cento da população portuguesa não tem possibilidades económicas de tratar os dentes, apontam os números, espalhados pelas páginas dos jornais nacionais. E porque razão quem não tem dinheiro para tratar os seus dentes não o poderá fazer com comparticipação (ou de modo gratuito) por parte do Estado?
Segundo dados apresentados pela Ordem dos Médicos Dentistas, durante a conferência anual realizada em Dezembro, um em cada sete hospitais públicos não tem dentista e a situação agrava-se nos centros de saúde, onde só dez por cento das unidades dispõem daqueles especialistas. Não será, por isso, difícil de concluir que faltam dentistas no Sistema Nacional de Saúde. E, por tal, também se justifica que 98 por cento dos especialistas exerçam a sua actividade no sector privado.
À parte das lutas que a OMD tem vindo a travar com o Ministério da Saúde no sentido da contratação de dentistas pelo SNS, para que os cuidados com a saúde oral sejam acessíveis a todos, a realidade é outra. Grande parte dos portugueses só recorre a um dentista quando a dor de dentes lhes transtorna o dia-a-dia. Jorge Costa, médico-dentista e professor na Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa, conhece bem esta «infeliz» realidade. São muitas as pessoas que entram no seu gabinete quando pouco se pode fazer. «Está instituído – e de um modo completamente errado - que é um luxo tratar dos dentes. Há quem possa ir ao dentista... e os outros?» A esta pergunta, Jorge Costa, responde de imediato: «os outros vão às urgências dos hospitais arrancar os dentes, ou seja, resolver o problema quando não há solução.» E aponta: «A saúde oral não é considerada um problema de saúde pública. Continua a ser vista como uma questão estética, do tipo: quem quiser trate dos seus...»
Para este especialista, entrevistado pela MNI-Médicos Na Internet- , os números reflectem uma realidade típica de um país do Sul da Europa. Mas também retrata uma desresponsabilização por parte do Governo. «Como de costume estamos na cauda da Europa no que diz respeito aos cuidados de saúde primários. O Governo português ainda não entendeu que é muito mais barato para a Nação prevenir que tratar.» Isto porque, explica o especialista, a medicina dentária é totalmente privada. «Se o Governo tivesse que fazer contas, para saber o dinheiro que teria de pagar no tratamento das doenças que surgem, então aí começaria a preocupar-se com o tratamento antes que os problemas surgissem.»É de salientar que as campanhas de sensibilização para a Saúde Oral em Portugal têm sido feitas pelas faculdades de medicina dentária – que analisam os doentes e promovem a higiene oral junto dos mais pequenos, entre outras funções – e por entidades privadas, associadas a uma rede de especialistas, que em conjunto promovem o «Mês da Saúde Oral», oferecendo a todos os inscritos um exame gratuito.

2) Análise e reflexão sobre as políticas de saúde oral em Portugal

Serve o presente Blog para serem identificadas e analisadas as diversas políticas de saúde oral adoptadas em Portugal desde o 25 de Abril de 1974. Assim, procuro angariar todo o material que verse sobre o tema, de modo a fazer um ponto da situação sobre o que foi atingido com as referidas políticas e, particularmente, o que falhou – sem esquecer a quem atribuir méritos pelo sucesso e apurar as responsabilidades para quem de direito pelos insucessos.
No mesmo sentido, pretendo tentar fazer o actual ponto da situação e apontar sugestões e pistas para corrigir as anormalidades que continuam por subsistir no território nacional, particularmente em determinadas regiões e especialmente determinados grupos sociais.
Conto com a participação de todos; está aberto o e-mail gerofil@gmail.com para a recepção de contributos.
Gerofil

quinta-feira, 17 de agosto de 2006