sábado, 22 de dezembro de 2018

719. Saúde oral para crianças e jovens rídicula: apenas para 3 em cada 10 crianças



No total, 30,6% dos alunos abrangidos pelo PNSE foram alvo de intervenções na área de Higiene Corporal/Saúde Oral, tendo sido a região do Algarve que registou a percentagem mais elevada (36,6%).
No total, 61,6% das crianças que frequentavam Ensino Pré-Escolar e 50,6% das crianças que frequentavam o 1.º Ciclo do Ensino Básico foram alvo de ações nesta área, destacando-se a região Norte onde 74,1% dos alunos do Pré-Escolar e 58,7% dos alunos do 1.º ciclo foram alvo de intervenções sobre Higiene Corporal/Saúde Oral.
Só 5,1% dos alunos dos alunos abrangidos pelo PNSE que frequentavam o Ensino Secundário foram alvo de ações nesta área, tendo esta percentagem sido inferior a 7,0% em qual quer região e particularmente baixa na região do Alentejo (0,4%).
* * *

O Conselho Nacional de Saúde, da qual faz parte a Ordem dos Médicos Dentistas (Orlando Monteiro da Silva), concluiu que, no ano letivo 2016/17, apenas 3 em cada 10 crianças e jovens foram abrangidos por ações de higiene corporal (???) e saúde oral; assim, 7 em cada 10 crianças foram excluídas daquelas ações.
Quando dezenas de milhões de euros de impostos dos portugueses são gastos anualmente para formar médicos dentistas, estomatologistas e higienistas orais, milhões de crianças e jovens portugueses não têm qualquer acesso à saúde oral.
Vergonhoso ? Ridículo? Bando de políticos corruptos?

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

718. Governo garante que criação de carreira para os dentistas no SNS "não está esquecida"

A secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, garantiu esta sexta-feira que a criação da carreira de dentista no Serviço Nacional de Saúde (SNS) não está "de todo esquecida", mas em análise. "Há um grande empenho na manutenção da saúde oral da população no contexto do SNS que não está de todo esquecido, mas sim em análise", afirmou hoje a governante, na abertura oficial do 27.º Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas, em Matosinhos, distrito do Porto.
Dizendo não ser "alheia" à expectativa destes profissionais de saúde, Raquel Duarte vincou que o Ministério da Saúde, que sofreu remodelações, mantém a "firme convicção" de que é fundamental valorizá-los. Além dessa questão, a nova secretária de Estado avançou que o projeto de integração da medicina dentária no SNS, alargando o número de centros de saúde com cuidados de saúde oral é "para continuar e aumentar".
A colocação de dentistas nos cuidados de saúde primários iniciou-se com o atual Governo, primeiro através de projetos-piloto que foram sendo progressivamente alargados. "Queremos alargar o número de centros de saúde com médicos dentistas de forma a podermos ter uma cobertura em todo o país", explicou.
Antes da intervenção da secretária de Estado, o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, insistiu na "necessidade" de se avançar com a criação de uma carreira para os dentistas no SNS, lembrando que o processo já foi aprovado pelo Ministério da Saúde, mas aguarda há quase um ano pelas Finanças. "É fundamental e necessário, a bem da qualidade, criar-se uma carreira de medicina dentária, dado tratar-se de uma profissão específica", reforçou.
Há muito que a Ordem reclama um "estatuto adequado" para estes profissionais, consagrado através de uma carreira. O congresso, que começou na quinta-feira e termina no sábado, tem em cima da mesa, além de questões socioprofissionais, temas como a implantologia, endodontia ou periodontologia. Em simultâneo com o congresso decorre a Expodentária, a maior feira de saúde oral da Península Ibérica que, nesta edição, conta com a presença de 139 expositores, distribuídos por 507 'stands'.
09.11.2018

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

717. objetivos para a promoção da saúde oral nos cuidados de saúde primários, no quadro da revisão do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral

1 - Considerando os resultados alcançados com as experiências-piloto desenvolvidas no âmbito do Despacho n.º 8591-B/2016, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 125, de 1 de julho de 2016, são definidos os seguintes objetivos para a promoção da saúde oral nos cuidados de saúde primários, no quadro da revisão do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral, orientando-se a ação estratégica do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na área da saúde oral a 2020 para:
a) Promover a equidade na prestação de cuidados de saúde oral, aumentando e melhorando a cobertura dos cuidados de saúde oral nos cuidados de saúde primários, através da implementação de consultas de saúde oral em todos os municípios do país;
b) Garantir um acesso adequado a respostas de saúde oral nos cuidados de saúde primários, assente na referenciação pelo médico de família e na realização, por médicos dentistas, dos tratamentos considerados necessários em termos clínicos, excluindo as intervenções de natureza estritamente estética;
c) Desenvolver uma prestação integrada de cuidados de saúde oral nos cuidados de saúde primários, fomentando-se a articulação dos médicos dentistas, com os médicos de medicina geral e familiar, os médicos de saúde pública, os higienistas orais, os nutricionistas, os psicólogos, os enfermeiros e outros profissionais de saúde, de forma a promover uma integração de cuidados na equipa de saúde familiar;
d) Fomentar a articulação entre a equipa de saúde oral dos cuidados de saúde primários com os serviços de estomatologia e outras especialidades hospitalares, no sentido de garantir uma referenciação simples e efetiva dos utentes que necessitam de cuidados hospitalares;
e) Desenvolver ações de formação de âmbito nacional, regional e local, de acordo com as necessidades identificadas, a fim de melhorar a resposta às necessidades de saúde da população, em matéria de saúde oral, e tornar mais visível a importância da promoção da saúde oral;
f) Desenvolver ações de promoção da saúde oral e prevenção das doenças da cavidade oral, nos vários contextos, de forma continuada no tempo e enquadrada na promoção da literacia e capacitação para a Saúde Oral, através designadamente do Programa Nacional de Saúde Escolar, do Programa de Literacia em Saúde e Integração de Cuidados, e da iniciativa SNS + Proximidade;
g) Construir parcerias com os Municípios para o desenvolvimento de iniciativas e projetos promotores da saúde oral, com especial enfoque nos cuidados de saúde primários, em linha com os Planos Locais de Saúde;
h) Partilhar boas práticas na área da saúde oral implementadas por médicos dentistas e profissionais de saúde que trabalham no âmbito da saúde oral e divulgar as experiências e resultados que traduzam ganhos efetivos;
i) Promover o registo adequado dos dados de atividade dos médicos dentistas nos cuidados de saúde primários no Sistema de Informação para a Saúde Oral (SISO);
j) Investir na informação e conhecimento sobre saúde oral, promovendo e incentivando a investigação em Saúde Oral;
k) Monitorizar e avaliar as ações desenvolvidas nos termos das alíneas anteriores, utilizando indicadores de qualidade que traduzam ganhos em saúde.
2 - A Direção-Geral da Saúde (DGS) deve definir os indicadores referidos na alínea k) do número anterior no prazo de 30 dias a contar da entrada em vigor do presente despacho, incluindo uma vertente de avaliação da satisfação dos utentes, ouvida a Ordem dos Médicos Dentistas.
3 - A DGS deve rever o Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral desenvolvendo os objetivos estratégicos a 2020, e apresentar o mesmo para discussão pública no prazo de 30 dias a contar da entrada em vigor do presente despacho.
4 - Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E. P. E. (SPMS, E. P. E.), procedem à adaptação e desenvolvimento do SISO a esta política da prestação de cuidados de saúde oral no âmbito dos cuidados de saúde primários, bem como elaboram o Boletim de Saúde Oral, que deve ficar disponível na Plataforma de Dados da Saúde (PDS), até ao dia 31 de dezembro de 2018.
5 - As entidades do Ministério da Saúde e do SNS devem prosseguir os objetivos a 2020 definidos nos termos do presente despacho devendo, no sentido de promover o acesso e a equidade na prestação de cuidados de saúde, garantir como objetivos concretos que:
a) Até ao final do primeiro semestre do ano de 2019, pelo menos 30 % dos municípios possuem pelo menos um consultório de medicina dentária;
b) Até ao final do ano de 2019, pelo menos 60 % dos municípios possuem pelo menos um consultório de medicina dentária, devendo existir pelo menos uma resposta deste tipo em todos os agrupamentos de centros de saúde;
c) Até ao final do primeiro semestre do ano de 2020, todos os municípios possuem pelo menos um consultório de medicina dentária.
6 - A DGS realiza, em articulação com as restantes entidades referidas no número anterior, nomeadamente com as Administrações Regionais de Saúde, a Administração Central do Sistema de Saúde, I. P. (ACSS, I. P.), a SPMS, E. P. E., e com a Ordem dos Médicos Dentistas, uma avaliação semestral da execução dos objetivos definidos nos termos do presente despacho, a qual deve integrar recomendações, a publicar no portal do SNS e no sítio de internet dessa entidade, até ao dia 1 de setembro e 1 de março respetivamente.
7 - Os custos relacionados com a operacionalização e acompanhamento desta estratégia são apoiados pela ACSS, I. P.
8 - O presente despacho entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
14 de setembro de 2018. - O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Manuel Ferreira Araújo.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

716. Dentistas emigrados não querem voltar a Portugal

Cerca de 70% dos dentistas que trabalham no estrangeiro não pretendem regressar a Portugal, segundo dados da Ordem dos Médicos Dentistas, que avisa que o país forma profissionais em excesso e os atira para a precariedade e a emigração. De acordo com a Ordem, um em cada dez dentistas portugueses está a trabalhar no estrangeiro, sendo um total de 1500 em 11 mil profissionais no activo.
"Não estamos a dar condições de segurança, condições de remuneração e de carreira. O que estamos a oferecer em Portugal é uma grande precariedade a estes jovens médicos dentistas. E grande parte deles vai exercer para o estrangeiro, nomeadamente para países da Europa", afirmou o bastonário, Orlando Monteiro da Silva, em entrevista à agência Lusa.
A larga maioria dos emigrados que não pretende sequer regressar a Portugal indica que, no estrangeiro, tem melhores condições de trabalho e de vida. Segundo o Estudo da Empregabilidade, realizado no ano passado e agora divulgado, 60% dos dentistas a exercer em Portugal trabalham em dois ou mais consultórios e mais de metade dos que se formaram há menos de uma década trabalha em mais de quatro consultórios.
O bastonário dos Médicos Dentistas sublinha que as condições de trabalho são difíceis, sobretudo para os médicos mais jovens, que trabalham muitas horas, em vários consultórios ao mesmo tempo e com deslocações grandes, por vezes a uma ou duas horas do local de residência. "Os nossos colegas mais jovens, sobretudo com menos de 10 anos de profissão têm uma grande precariedade, remunerações baixas, sem perspectivas de carreira e isso leva-os, nomeadamente, à emigração. É fundamental que a sociedade e os candidatos ao curso de Medicina Dentária se informem sobre as condições de emprego que vão encontrar e que desfaçam essa ideia de que a medicina dentária é uma profissão onde se ganha muito bem. Não é assim de há muito tempo a esta parte", aconselha Orlando Monteiro da Silva.
Ao Governo, a Ordem dos Médicos Dentistas recomenda e apela a que sejam reduzidas as vagas nos sete cursos de Medicina Dentária existentes em Portugal. "Parece-me óbvio que as faculdades têm de repensar a sua oferta para não continuarmos a formar pessoas para as convidarmos a exercer fora de Portugal", indica o bastonário, lembrando que todos os anos saem dos cursos entre 600 a 700 novos licenciados em medicina dentária.
O responsável defende que este valor devia ser progressivamente reduzido, pelo menos 10 a 15 por cento por ano, apostando antes na formação pós-graduada. "As próprias faculdades sabem que estão a formar médicos dentistas ou para o desemprego ou, talvez ainda mais grave, para o subemprego, a precariedade. Um médico dentista, por ser uma profissão ainda liberal, raras vezes se pode considerar desempregado. Ele está é numa situação grave de subemprego", comenta o bastonário dos Médicos Dentistas.
Portugal tem um médico dentista por cada mil habitantes, quando as recomendações internacionais apontam para um profissional para 1500 a 2000 habitantes.

quarta-feira, 25 de julho de 2018

715. Já há consultas de medicina dentária em 55 centros de saúde

Ao mesmo tempo que o programa de distribuição de cheques-dentista vai sendo alargado, está lentamente a avançar outra das promessas do Governo, que passa por integrar médicos dentistas nos cuidados de saúde primários – no final do ano passado, 55 centros de saúde de Norte a Sul do país já disponibilizavam consultas de medicina dentária. Mas o objectivo do Governo é mais ambicioso: até ao final de 2019, pretende-se que todos os agrupamentos de centros de saúde (ACES) tenham pelo menos um médico dentista, segundo anunciou em Março o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo. Este ano, especificou, serão colocados “mais de metade dos [dentistas] que faltam” e os restantes vão começar a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) no primeiro semestre de 2019.
No final de 2017, eram 24 os ACES que tinham consultas de medicina dentária, menos de metade do total de agrupamentos do país, num projecto que arrancou no terceiro trimestre de 2016, com experiências-piloto em 13 centros de saúde do Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo. No ano passado, este projecto foi alargado e, em todo o país, em Dezembro, havia consultas de medicina dentária em 60 gabinetes de saúde oral de 55 centros de saúde. As regiões de Lisboa e Vale do Tejo (26) e o Norte (22) eram as que tinham mais gabinetes de saúde oral, seguidas do Centro (seis), do Alentejo e o Algarve (com três gabinetes cada).
Projecto numa "fase embrionária" – Este projecto,  sintetiza Paulo Melo, presidente do conselho geral da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), está "numa fase embrionária". Os centros de saúde têm um médico dentista e um assistente dentário, que efectuam tratamentos básicos, como extracções de dentes, destartarizações e desvitalizações, exemplifica. Segundo o último Relatório sobre o Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS, no ano passado foram feitas 68.910 mil consultas e referenciados 51.386 utentes nos cuidados de saúde primários. Este projecto inovador,  lê-se no documento,  vai continuar a ser alargado, com a abertura de mais gabinetes de saúde oral, depois de efectuadas obras de requalificação de espaços, compra de equipamentos e contratação de novas equipas (médicos dentistas e auxiliares de medicina dentária).
A Ordem dos Médicos Dentistas também está envolvida e há autarquias que pagam as obras e aquisição de equipamentos para alguns centros de saúde,  sublinha Paulo Melo, que assume que vai ser necessário ir avançando gradualmente até se conseguir a cobertura de todo o país. Fruto do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, a situação epidemiológica está a melhorar, destaca o bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva. Se há alguns anos a percentagem de crianças com cáries aos seis anos era superior a 70%, agora ronda os 50%, exemplifica o bastonário, satisfeito porque Portugal está perto de atingir algumas das metas definidas nas recomendações internacionais.
Mas o caminho está longe estar completo, frisa, lembrando que ainda está por concretizar uma medida que é fulcral para o acesso à medicina dentária nos hospitais públicos, onde actualmente existem alguns estomatologistas – a criação da carreira de médico dentista no SNS, recomendada pelo grupo de trabalho que estudou a situação. "Falta ainda o aval ministerial", explica Paulo Melo.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

714. Inaugurado Centro de Apoio à Saúde Oral em Lisboa

A ONG Mundo A Sorrir inaugurou no dia 23 de abril, pelas 11h00, o 3º Centro de Apoio à Saúde Oral (CASO) do país, no Centro Social Laura Alves, em Lisboa. O projeto, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Santo António visa a disponibilização de tratamentos médico-dentários e o acompanhamento psicossocial às populações em situação de vulnerabilidade socioeconómica, tendo em vista e a sua reintegração social.
A Sessão de Inauguração contou com a presença de Miguel Pavão, Presidente da Direção da Mundo A Sorrir, Vasco Morgado, Presidente da Junta de Freguesia de Santo António, Cláudia Prazeres, Chefe de Divisão para a Participação e Cidadania e Nuno Veludo, em representação do Vereador Ricardo Robles, da Câmara Municipal de Lisboa. A sessão contou igualmente com a presença de inúmeros parceiros sociais, empresas apoiantes e voluntários da organização.
O projeto C.A.S.O. Lisboa vai manter-se igual aos procedimentos já implementados em outras valências, ou seja, o encaminhamento dos utentes será realizado através da Junta de Freguesia de Santo António e das instituições sociais mais próximas que se queiram tornar parceiras do projeto. Estará disponível um serviço para utentes e também para colaboradores, e o valor a pagar por consulta será definido com base no valor de capitação diária.  Até Dezembro, o projeto pretende abranger mais de 75 pessoas.
O Centro de Apoio à Saúde Oral foi criado em 2009, em parceria com a Santa Casa Misericórdia do Porto e, desde então já realizou cerca de 25.000 tratamentos médico-dentários e doou 458 próteses. Em 2015, em parceria com o Município de Braga, a Mundo A Sorrir abriu o segundo Centro de Apoio à Saúde Oral do país, tendo já realizado mais de 14.800 tratamentos. Agora, em 2018 a Mundo A Sorrir abre do terceiro Centro de Apoio à Saúde Oral desta vez em Lisboa.
Morada | Centro Social Laura Alves - Calçada Moinho de Vento 2, 1150-225 Lisboa

sexta-feira, 11 de maio de 2018

713. Sorrir ... sempre sorrir !

Quanto viver há esperança que a justiça seja feita.


Gostaria de expor tudo o que passou no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, pois muita gente continua por aí a passear e a gozar a vida, à custa dos impostos que eu hoje pago, sem que seja responsável pelo que directa e indirectamente me causaram e que condenou-me à infelicidade para sempre, sem hipóteses de reversibilidade; só gostaria que estivessem a passar exactamente o que eu hoje estou a passar.
Espero que haja justiça e que esses responsáveis paguem na justiça exactamente o mesmo sofrimento que sabiam e deviam ter-me evitado e para o qual "atiraram-me" para sempre; não quero e recusarei qualquer indemnização monetária – apenas e tão só quero que sejam punidos na mesma proporção de sofrimento que me ofereceram para o resto da vida.
Muita gente profissional deveria ter pensado na altura certa que eu também queria vir a ser devidamente aceite em termos interpessoais, casar e a constituir família …

Abrir e ler a seguinte documentação:

Documento 1




Documento 2



Contacto via email para prestar qualquer tipo de ajuda: alves.saudeoral@gmail.com

quinta-feira, 19 de abril de 2018

712. O futuro da saúde oral no Serviço Nacional de Saúde?

A Organização Mundial da Saúde considera que “a saúde oral é uma componente essencial da saúde em geral e um índice elevado de saúde oral é um direito humano fundamental”, mas o nosso Serviço Nacional de Saúde, quando foi criado em 1979, deixou de fora a saúde oral.

terça-feira, 27 de março de 2018

711. Consultas de Saúde Oral no Serviço Nacional de Saúde

https://www.sns.gov.pt/cidadao/saude-oral/
Procure, no mapa, pelo Centro de Saúde com o símbolo  ,mais próximo da sua área de residência. Se for o seu Centro de Saúde, ou se for um Centro de Saúde do seu Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) ou Unidade Local de Saúde (ULS), tem acesso a consultas de saúde oral.
Pode marcar consulta com o seu médico de família ou, no caso de não possuir médico de família ou o mesmo não se encontrar disponível, outro médico da sua unidade de saúde e ele fará a orientação para a primeira consulta de saúde oral.

quarta-feira, 14 de março de 2018

710. Entrevista a Miguel Stanley: A saúde oral é indissociável da saúde geral

Renomado médico dentista é o consultor científico na área da medicina dentária das clínicas Dr. Well’s. Uma conversa sobre o atual momento da saúde dentária em Portugal e sobre a importância da sua democratização.
Nos dias que correm, como explicaria a importância da saúde oral na vida de qualquer pessoa?
Eu sempre tive alguma dificuldade em compreender porque é que para tantas pessoas, a boca não é parte do corpo… digo isto em tom de brincadeira porque obviamente é. A saúde oral é indissociável da saúde geral e, para além disso, é indissociável da nossa felicidade sendo que o sorriso é a expressão máxima dela. Acredito que a consciencialização da população portuguesa para este problema está cada vez melhor, e naturalmente, qualquer coisa que ponha as pessoas a lavar bem os dentes é bom para a população. Obviamente que em termos de saúde ela é profundamente importante, mas não podemos esquecer-nos da estética, um sorriso agradável pode mudar a perceção dos outros sobre nós e pode aumentar a autoestima de forma exponencial, por isso, eu sou um apaixonado desta matéria.
Um dos pilares da sua parceria com a Dr. Well’s, na qualidade de consultor científico na área da medicina dentária, é a democratização do acesso aos cuidados de saúde oral. Explique-me um pouco melhor o que está por detrás deste conceito?
A Dr. Well’s nasceu com o objetivo de democratizar o acesso a serviços de saúde de qualidade. E sabendo que apenas 5 em cada 100 portugueses têm oportunidade de colocar um implante dentário, vem demonstrar que há mais que nós, médicos dentistas, pudemos fazer no setor da medicina dentária.
Como está a saúde da boca e dentes dos portugueses?
A saúde da boca dos portugueses deve ser vista por segmentos. Eu diria que a das crianças está ótima, porque felizmente os pais já aprenderam e têm mais preocupação em lavar os dentes das crianças, o que é ótimo porque as gerações futuras terão mais saúde oral. Obviamente, o mesmo não pode ser dito das pessoas entre os 60 e os 100 anos de idade porque, infelizmente, viveram numa era onde não havia muitos dentistas qualificados no país e consequentemente há uma enorme percentagem deles desdentados e sem capacidade económica para sequer pensar em reabilitar o seu sorriso. Entre estes dois segmentos da população, há um pouco de tudo, dependendo da capacidade económica e nível de educação. Obviamente que não se pode generalizar, porque tenho experiência de pessoas bem formadas e com capacidade económica que tiveram o azar de não ser bem seguidos pelo seu dentista e têm que acabar por fazer tratamentos muito dispendiosos e demorados para recuperar o seu sorriso.
Se fosse ministro da Saúde, quais as primeiras medidas que tomaria na área da saúde oral no país?
Se eu fosse ministro da saúde iria em primeiro lugar dar a volta ao país para ouvir os profissionais e técnicos de saúde, de norte a sul, para tentar compreender as dificuldades que eles têm. Não obstante, penso que em termos de medicina dentária iria pôr um programa obrigatório escolar, um pouco parecido com aquilo que se faz nos países nórdicos, e ter a certeza que a população, principalmente a mais carenciada, faz consultas regulares de higiene oral e rastreio de cáries e tratamento atempado. Sempre achei estranho que os nossos impostos não são aplicados nesta vertente da medicina dentária mais simples e entendo que é algo que deve ser um direito dos cidadãos.
E a medicina estética: é um ramo que definitivamente entrou no dia a dia das pessoas ou ainda é algo reservado apenas a quem tem meios para isso?
A medicina dentária é das poucas áreas médicas que tem um ‘crossover’ absoluto entre estética e saúde. Eu costumo dizer que um sorriso bonito é o reflexo ou espelho de um sorriso saudável. Portanto, o primeiro passo para ter um sorriso estético e bonito, é tê-lo saudável. Como tal, as pessoas não podem esperar resultados estéticos incríveis se não têm a parte funcional e biológica sã.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

709. Mais de dez mil crianças do ensino privado não têm acesso ao cheque-dentista

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) alerta que mais de dez mil crianças estão a ser excluídas do programa cheque-dentista por frequentarem escolas privadas. A alegada falta de equidade no acesso aos cuidados de saúde existe mesmo nos casos em que as crianças e jovens sejam carenciados e possuam bolsas para frequentar os colégios, avança o ‘Jornal de Notícias’.
Há uma discriminação inaceitável de quem faz a sua opção pelo ensino particular”, afirma o diretor da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, Rodrigo Queiroz e Melo, lembrando que das dez mil crianças sem acesso ao cheque-dentista, cerca de mil têm dificuldades económicas.
Apesar do carácter universal deste benefício, o Ministério da Saúde explica ao ‘JN’ que tem vindo a privilegiar as crianças das escolas públicas e das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) por serem “os casos mais vulneráveis e com mais impacto clínico”.
Em 2017, foram realizadas mais de 71 mil consultas de medicina dentária nos centros de saúde, beneficiando cerca de 40 mil crianças e jovens.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

708. PORTUGAL: Um maior número de indivíduos reporta necessidades não satisfeitas em relação aos cuidados de saúde oral

Um maior número de indivíduos reporta necessidades não satisfeitas em relação aos cuidados de saúde oral. Assim, já Portugal apresenta uma percentagem total de 15,7% (face aos 5,5% da UE), com o grupo com menor rendimento a apresentar uma percentagem de 28,8% (UE 10,4%).
As barreiras no acesso aos cuidados de saúde permanecem relevantes em Portugal, e sobretudo marcadas do ponto de vista socioeconómico. Foi observado um gradiente social, ligado ao rendimento, para os tratamentos médicos em geral, mas sobretudo um grau elevado de necessidades não satisfeitas, com um gradiente socioeconómico muito marcado, na saúde oral, na saúde mental e nos medicamentos. Em comparação com o resto da Europa, Portugal não sofre de maiores barreiras de acesso, mas estas barreiras estão mais marcadas do ponto de vista socioeconómico, em particular no que diz respeito às restrições financeiras.
Neste quadro, devem ser salientadas três situações notáveis, e esperadas: a iniquidade na utilização e no acesso à saúde oral, à saúde mental, e aos medicamentos. Nestes três campos, não existem apenas limitações fortes no acesso, como também estas limitações afectam de forma desproporcional os mais pobres. No caso da saúde oral e da saúde mental, esta iniquidade explica-se pela falta de oferta destes serviços no Serviço Nacional de Saúde, estando a necessidade a ser em grande parte satisfeita através do sector privado, ou seja, apenas acessível para quem tem seguro ou capacidade de pagar.
No caso da saúde oral, houve tentativas para atenuar esta situação através dos cheques-dentista, para poder recorrer ao sector privado, mas possivelmente esta iniciativa não conseguiu reduzir a iniquidade.
Assim, não se conseguirá melhorar o acesso a determinados cuidados, nem reduzir as despesas catastróficas em saúde sem uma acção determinada no SNS no campo da saúde oral e da saúde mental, e na melhoria do acesso aos medicamentos para os cidadãos mais carenciados.