quarta-feira, 30 de abril de 2014

636. Trinta e dois dentes invadem as ruas de Lisboa

Lisboa, 15 de Abril de 2014 – No âmbito do Mês da Saúde Oral que terminou a 31 de Março, 32 dentes gigantes, formando uma verdadeira dentadura gigante, passearam pelas ruas da zona histórica de Lisboa. Quem se encontrava nas zonas da Baixa, Chiado e Rossio foi surpreendido pela passagem de uma dentadura humana composta por 32 dentes que, de forma descontraída, interagiu com os curiosos que passeavam nesta zona e que foram surpreendidos pela animação criada pela Colgate.
Divertidos, os dentes interagiram com quem passeava pela zona, abordando as pessoas para reforçar a importância de uma boa higiene oral e relembrando-os que a saúde bucal pode ser encarada de forma alegre e descontraída.
A passagem da dentadura humana pelas ruas de Lisboa coincidiu com a acção do consultório móvel Colgate, que disponibilizou centenas de check-ups de rotina gratuitos à população entre os dias 12 e 16 de Março. Inserida na 15ª edição do Mês da Saúde Oral Colgate, esta acção foi uma excelente forma de chamar a atenção para a importância de uma higiene e saúde oral cuidada, de uma forma didática, muito divertida e original. Veja aqui o divertido vídeo da dentadura humana Colgate em acção:


terça-feira, 15 de abril de 2014

635. Programa de saúde oral : evolução, intrumentos e resultados

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/22743/1/TESE%20FORMATO%20DIGITAL%20CORRIGIDA.pdf
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A situação da saúde oral na população infantil e juvenil é tanto mais preocupante pelo conhecimento adquirido de que a cárie e as doenças periodontais, se adequadamente prevenidas ou precocemente tratadas, são de uma elevada vulnerabilidade, com custos económicos reduzidos e ganhos em saúde relevantes. Desde 1985 que a Direção-Geral da Saúde tem em curso um Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral. Este programa de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde (SNS), iniciou-se com a promoção da saúde oral em meio escolar, sendo alargado posteriormente a medidas preventivas e curativas com a entrada de Higienistas Orais (HO) e à contratualização com os serviços privados de medicina dentária. Em 2008, este modelo contratual foi revisto surgindo o cheque dentista. O estudo pretende contribuir para a compreensão da evolução do programa de saúde oral, os seus instrumentos e os seus resultados mais recentes. No estudo empírico, os dados analisados resultaram da compilação da informação do programa Saúde Oral em Crianças e Jovens e dos rastreios efetuados na escola. O estudo pretende ainda refletir sobre os benefícios/custos de um modelo que privilegie os rastreios de cárie dentária, como medida de triagem versus um modelo de subsídio universal, que permita o acesso a todas as crianças. A contratação de Higienistas Orais poderá ter ganhos importantes não só a curto prazo através da triagem das crianças a atribuir cheque dentista, mas também a longo prazo com a implementação sistemática de medidas de promoção da saúde oral. Na amostra verificou-se que apenas cerca de 45,5% das crianças com 7 anos, apresentam a dentição livre de cáries. Os dados do estudo revelam uma adesão de apenas metade das crianças a um programa totalmente gratuito, sendo que 24.7% das crianças que efetivamente tinham necessidades de saúde oral não fizeram uso do cheque dentista. No entanto, praticamente todas as crianças que utilizam o cheque concluem o plano de tratamento. A exceção que se verifica aos 10 anos, relacionada com a erupção dos pré-molares, sugere uma revisão das coortes etárias de atribuição do cheque dentista. Com aplicação da triagem a um universo de 237 crianças com uma taxa média de 40,7% livre de cárie, seria possível reduzir os custos em 5700 euros. A análise económica do setor da saúde oral poderá dar um importante contributo na tomada de decisões neste setor da saúde.