sábado, 12 de agosto de 2017

701. Mais de 70 produtos de higiene oral analisados pelo Infarmed



Mais de 70 produtos cosméticos de higiene oral, incluindo pastas de dentes e elixires, sujeitos a análises de qualidade microbiológica pela Autoridade Nacional do Medicamento (INFARMED), estão dentro dos valores autorizados, segundo um relatório daquela entidade. De acordo com o relatório do Infarmed hoje divulgado, a ação de supervisão ao mercado e produtos cosméticos visava analisar “os teores máximos de flúor, conservantes, substâncias com ação branqueadora e a qualidade microbiológica”.
“As análises químicas e microbiológicas aos 76 produtos, entre os quais 67 pastas dentífricas, revelaram que os valores obtidos foram inferiores aos teores máximos autorizados, cumprindo os limites legais”, é revelado. O INFARMED explica que a análise química incidiu sobre três tipos de substâncias: flúor, triclosan e peróxido de hidrogénio.
Se os produtos analisados apresentassem valores acima dos permitidos, poderia verificar-se a ocorrência de queimaduras e sensibilidade dentária (no caso do peróxido de hidrogénio), possível indução de resistência a antibióticos (triclosan, em exposição continuada) e prováveis danos do esmalte dos dentes (fluor, em exposição continuada)”, é sublinhado. No que diz respeito às análises de qualidade microbiológica, o INFARMED explicou que estas são realizadas em função do local de aplicação do produto cosmético - como as mucosas - ou do público a que se destina, nomeadamente crianças e bebés. “A análise laboratorial destes produtos consistiu na avaliação da presença de bactérias e fungos”, refere o INFARMED, acrescentando que uma elevada contaminação microbiana poderia causar risco elevado de infeções.
O INFARMED informa que selecionou a área da higiene oral para supervisão devido ao aumento da oferta e da procura deste tipo de produtos. A Autoridade do Medicamento define anualmente as áreas a monitorizar no mercado dos produtos cosméticos, sendo prioritárias as que têm maior potencial de risco para a saúde pública, nomeadamente produtos destinados a populações de risco (bebés e crianças) ou a pesquisa de substâncias proibidas.