sábado, 30 de abril de 2011

528. A (pouca) saúde oral nos Açores

2011: Açores estão na vanguarda da saúde oral pública em todo o país - O Secretário Regional da Saúde (...) que o Governo Regional foi pioneiro na decisão de colocar médicos dentistas nos centros de saúde, onde hoje trabalham 17 profissionais desta especialidade (ver aqui);

2005: Dos actuais 71 médicos dentistas que exercem a actividade nos Açores, 56 optaram pela clínica privada e apenas 15 estão ligados ao Serviço Regional de Saúde (ver aqui).

domingo, 17 de abril de 2011

527. A saúde oral reflecte o estado do país

O pedido de resgate financeiro de Portugal às instituições internacionais reflecte o estado calamitoso das contas publicas do país, onde se gasta excessivamente mais do que se produz, em resultado de politicas económicas desastrosas seguidas pelos dois principais partidos que governaram Portugal nos últimos trinta anos (Partido Socialista e Partido Social Democrata), com a conivência indirecta e descarada do actual Presidente da República, que deixou o país à beira da falência. Estes dois partidos tornaram-se os principais focos que minaram a economia nacional, ao criarem devastadores buracos das contas nacionais, ao apostarem num modelo de crescimento económico insustentável, aplicando os principais recursos nacionais em investimentos não produtivos, aumentando o peso do estado na economia e acentuando uma vasta teia de clientelismo e de corrupção, no exercício dos cargos públicos, ficando Portugal a viver, quase sempre, à custa da entrada de dividendos procedentes da União Europeia.

O aparelho do estado é hoje uma máquina pesadíssima, que cresceu de forma exponencial e que hoje afoga a maior parte dos nossos recursos, condicionando fortemente qualquer processo de desenvolvimento do país; tudo é controlado pela administração pública, burocrática e que não produz qualquer riqueza. Os organismos públicos, tanto os pertencentes à administração central como o pertencente à administração local, são sobretudo entidades que servem, em primeiro lugar, para garantir emprego aos amigos e aos amigos dos amigos do poder político, quase sempre sem qualquer mérito para o exercício das funções para que as pessoas são nomeadas (salvo raras excepções), patente sobre após os eventos eleitorais. Assim, o estado é composto maioritariamente por pessoas que não produzem nenhuma riqueza para o país, representando o principal factor de estagnação e retrocesso económico.

No âmbito da administração publica central, e designadamente do Ministério da Saúde, assistimos hoje aos mais bárbaros ataques aos ideais do espírito da Revolução de 25 de Abril de 1974, desmantelando serviços de saúde e transferindo parte do sector para entidades privadas, arrasando o acesso a cuidados de saúde às populações mais carenciadas e particularmente fora dos grandes centros urbanos. No entanto, o Ministério da Saúde nada faz para reduzir drasticamente as suas despesas desnecessárias, nomeadamente cortando no seu pessoal que quase nada produz e que serve apenas para receberem vencimentos ao final de cada mês. O desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunicação parecem levar séculos a chegarem a muitos sectores administrativos do Ministério da Saúde: processos automáticos e que levariam cinco minutos a executarem por um técnico administrativo competente podem ainda hoje levar vários dias ou semanas a serem executados por dezenas de empregados, geralmente incompetentes para o exercício dos respectivos cargos (salvo seja raras excepções). Assim, determinados gabinetes e assessorias do Ministério da Saúde empregam largos recursos humanos que pouco ou nada produzem, representando um enorme encargo financeiro para o próprio Ministério da Saúde e sustentados por quem realmente produz riqueza em Portugal; todas essas pessoas deverão ser recicladas e colocadas em funções realmente produtivas e os recursos financeiros retirados integralmente para as valências necessárias, designadamente para o essencial, ou seja, colocados à disposição da população, em forma de actos médicos.

Na saúde oral, o país tem vindo constantemente a retroceder ao longo dos últimos anos, a tal ponto que este ano não existe uma única vaga para a formação de médicos estomatologistas; assim, dentro de breves anos, teremos de ir ao estrangeiro para conseguirmos ir a uma consulta de estomatologia. Não existe nenhuma linha orientadora para o sector e “comprou-se” o silencio de determinados sectores da saúde oral com os cheque – dentistas, uma fraude de saúde publica que ainda hoje ninguém soube explicar porque tem determinado valor e só é possível obter em determinadas idades, como se a saúde oral tivesse o privilégio de ser específica de ser apenas necessária numa determinada data pré – estabelecida; no entanto, determinados gabinetes do Ministério da saúde afundam-se em estudos e mais estudos que, uma vez concluídos, ficam guardados em gavetas e não servem para nada, a não ser para justificar mais um investimento que não se sabe para que serviu.

Sempre que uma entidade externa solícita apoio, o Ministério da Saúde presta-se em colaborar na promoção da saúde oral dos portugueses, contribuindo com folhetos sobre tudo e mais alguma coisa; no entanto, por exemplo e salvo situações meramente pontuais e residuais, nunca ninguém ouviu falar em Portugal na promoção de rastreios de saúde oral nas escolas e o encaminhamento de todas as situações problemáticas para tratamento com o médico de família, sabendo que actualmente a prevenção pode poupar, segundo os especialistas, quase 30 000 euros por pessoa.
Enfim, a saúde oral reflecte o estado do país, à deriva e moribundo, gerido por políticos e governantes que ficam muito a desejar enquanto cidadãos de bens e administradores das causas públicas.

terça-feira, 12 de abril de 2011

526. Algarve: 7 dentistas de 3 clínicas em Olhão, Loulé e Tavira arguidos por imigração ilegal

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou hoje que sete dentistas estrangeiros a trabalhar em Portugal foram constituídos arguidos pelo crime de auxílio à imigração ilegal e angariação de mão-de-obra ilegal.
Dois dos arguidos ficaram com termo de identidade e residência, estão proibidos de sair do país e foram-lhes aplicadas cauções de 30 mil e 17.500 euros. As acusações assentaram numa operação do SEF em três clínicas dentárias de Olhão, Loulé e Tavira e nas casas dos arguidos, que foram acusados de sete crimes de auxílio à imigração ilegal, sete de angariação de mão-de-obra ilegal, um de extorsão, um continuado de falsificação de documentos e um crime continuado de corrupção de substâncias alimentares ou medicinais.
* * *
Estão de parabéns as autoridades portuguesas e a Ordem dos Médicos Dentistas; é necessário uma maior fiscalização das actividades relacionadas com a medicina dentária no nosso país, de forma a garantir absoluta segurança e de garantia dos actos médicos a todos os pacientes. Aos criminosos deseja-se que cumpram as respectivas penas na íntegra e aqueles que sejam estrangeiros deverão ser obrigados posteriormente a abandonar o país.
Torna-se muito urgente que a Ordem dos Médicos Dentistas estabeleça parcerias com as suas congéneres estrangeiras para regular a entrada de dentistas estrangeiros no nosso país.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

525. LISBOA: Triagem odontológica gratuita para jovens

O Museu da Eletricidade acolhe, no dia 9 de abril, entre as 14h00 e as 17h30, uma triagem odontológica totalmente gratuita e de livre acesso a jovens estudantes com idades entre os 11 e os 17 anos. Esta é uma iniciativa dinamizada pela Organização Não Governamental Turma do Bem.
Mais de 50 voluntários portugueses e brasileiros (dentistas e estudantes de odontologia), bem como o fundador da ONG e dentista Fábio Bibancos vão estar presentes na ação, onde serão observadas crianças ligadas a associações da grande Lisboa e outros jovens com problemas orais considerados graves.
Durante o primeiro ano de existência em Portugal, o projeto Dentistas do Bem ajudou já mais de 100 crianças carenciadas com o apoio de cerca de 140 profissionais voluntários. Todos os tratamentos prestados são gratuitos e cada voluntário é responsável pelo acompanhamento de cada criança até aos seus 18 anos.
Aliando o tratamento gratuito à educação e informação sobre a higiene oral, pretende-se também contribuir para aumentar a auto-estima destes jovens, bem como a sua empregabilidade, uma vez que uma má saúde oral é um fator de exclusão.
Portugal foi o primeiro país da Europa a acolher o projeto idealizado e fundado pelo dentista brasileiro Fábio Bibancos, tendo como co-fundadora a Fundação EDP.
Boas Notícias

sexta-feira, 1 de abril de 2011

524. Organizações lançam Manifesto pela Saúde Oral

Um grupo de sete organizações lançou um Manifesto pela Saúde Oral que pretende corrigir injustiças e promover igualdade no acesso a serviços dentários.

A associação portuguesa Mundo a Sorrir é uma das subscritoras do Manifesto que está a ser representado pela autoridade espanhola em odontologia Ilustre Colégio Oficial de Odontólogos y Estomatólogos da I Região.

“Este manifesto pretende que os profissionais de saúde, elementos das organizações e responsáveis de entidades públicas e privadas se unam e se responsabilizem por iniciativas de cooperação e parceria, de forma a diminuir as diferenças existentes nas populações em termos de saúde oral”, refere a Mundo a Sorrir.

No Manifesto lê-se que existe a “necessidade de parcerias entre os diferentes interlocutores que operam no setor da saúde em geral, e da dental em particular. Consideramos imprescindível que haja um compromisso tanto das instituições públicas, como das instituições privadas [para promover igualdade no acesso à saúde], assim como o papel que as Universidades devem assumir para fomentar uma consciência solidária da sociedade civil”.

“Entendemos também como nossa a responsabilidade da difusão da referida consciência solidária entre cada um dos profissionais da saúde, como parte principal da força social que deve persuadir os poderes públicos e instituições privadas”. “Declaramos veementemente que nenhum ser humano deve ver-se excluído de acesso a serviços de saúde, nomeadamente de saúde oral, por motivos económicos ou sociais”, refere o comunicado.
Saúde Oral - Revista Profissional de Estomatologia e Medicina Dentária