O pedido de resgate financeiro de Portugal às instituições internacionais reflecte o estado calamitoso das contas publicas do país, onde se gasta excessivamente mais do que se produz, em resultado de politicas económicas desastrosas seguidas pelos dois principais partidos que governaram Portugal nos últimos trinta anos (Partido Socialista e Partido Social Democrata), com a conivência indirecta e descarada do actual Presidente da República, que deixou o país à beira da falência. Estes dois partidos tornaram-se os principais focos que minaram a economia nacional, ao criarem devastadores buracos das contas nacionais, ao apostarem num modelo de crescimento económico insustentável, aplicando os principais recursos nacionais em investimentos não produtivos, aumentando o peso do estado na economia e acentuando uma vasta teia de clientelismo e de corrupção, no exercício dos cargos públicos, ficando Portugal a viver, quase sempre, à custa da entrada de dividendos procedentes da União Europeia.
O aparelho do estado é hoje uma máquina pesadíssima, que cresceu de forma exponencial e que hoje afoga a maior parte dos nossos recursos, condicionando fortemente qualquer processo de desenvolvimento do país; tudo é controlado pela administração pública, burocrática e que não produz qualquer riqueza. Os organismos públicos, tanto os pertencentes à administração central como o pertencente à administração local, são sobretudo entidades que servem, em primeiro lugar, para garantir emprego aos amigos e aos amigos dos amigos do poder político, quase sempre sem qualquer mérito para o exercício das funções para que as pessoas são nomeadas (salvo raras excepções), patente sobre após os eventos eleitorais. Assim, o estado é composto maioritariamente por pessoas que não produzem nenhuma riqueza para o país, representando o principal factor de estagnação e retrocesso económico.
No âmbito da administração publica central, e designadamente do Ministério da Saúde, assistimos hoje aos mais bárbaros ataques aos ideais do espírito da Revolução de 25 de Abril de 1974, desmantelando serviços de saúde e transferindo parte do sector para entidades privadas, arrasando o acesso a cuidados de saúde às populações mais carenciadas e particularmente fora dos grandes centros urbanos. No entanto, o Ministério da Saúde nada faz para reduzir drasticamente as suas despesas desnecessárias, nomeadamente cortando no seu pessoal que quase nada produz e que serve apenas para receberem vencimentos ao final de cada mês. O desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunicação parecem levar séculos a chegarem a muitos sectores administrativos do Ministério da Saúde: processos automáticos e que levariam cinco minutos a executarem por um técnico administrativo competente podem ainda hoje levar vários dias ou semanas a serem executados por dezenas de empregados, geralmente incompetentes para o exercício dos respectivos cargos (salvo seja raras excepções). Assim, determinados gabinetes e assessorias do Ministério da Saúde empregam largos recursos humanos que pouco ou nada produzem, representando um enorme encargo financeiro para o próprio Ministério da Saúde e sustentados por quem realmente produz riqueza em Portugal; todas essas pessoas deverão ser recicladas e colocadas em funções realmente produtivas e os recursos financeiros retirados integralmente para as valências necessárias, designadamente para o essencial, ou seja, colocados à disposição da população, em forma de actos médicos.
Na saúde oral, o país tem vindo constantemente a retroceder ao longo dos últimos anos, a tal ponto que este ano não existe uma única vaga para a formação de médicos estomatologistas; assim, dentro de breves anos, teremos de ir ao estrangeiro para conseguirmos ir a uma consulta de estomatologia. Não existe nenhuma linha orientadora para o sector e “comprou-se” o silencio de determinados sectores da saúde oral com os cheque – dentistas, uma fraude de saúde publica que ainda hoje ninguém soube explicar porque tem determinado valor e só é possível obter em determinadas idades, como se a saúde oral tivesse o privilégio de ser específica de ser apenas necessária numa determinada data pré – estabelecida; no entanto, determinados gabinetes do Ministério da saúde afundam-se em estudos e mais estudos que, uma vez concluídos, ficam guardados em gavetas e não servem para nada, a não ser para justificar mais um investimento que não se sabe para que serviu.
Sempre que uma entidade externa solícita apoio, o Ministério da Saúde presta-se em colaborar na promoção da saúde oral dos portugueses, contribuindo com folhetos sobre tudo e mais alguma coisa; no entanto, por exemplo e salvo situações meramente pontuais e residuais, nunca ninguém ouviu falar em Portugal na promoção de rastreios de saúde oral nas escolas e o encaminhamento de todas as situações problemáticas para tratamento com o médico de família, sabendo que actualmente a prevenção pode poupar, segundo os especialistas, quase 30 000 euros por pessoa.
Enfim, a saúde oral reflecte o estado do país, à deriva e moribundo, gerido por políticos e governantes que ficam muito a desejar enquanto cidadãos de bens e administradores das causas públicas.
Enfim, a saúde oral reflecte o estado do país, à deriva e moribundo, gerido por políticos e governantes que ficam muito a desejar enquanto cidadãos de bens e administradores das causas públicas.
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