segunda-feira, 29 de junho de 2009

362. Quando a primeira consulta é grátis

http://www.dentisaude.com.pt/

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Várias clínicas e consultórios dentários oferecem uma primeira consulta grátis de observação (sem qualquer tratamento dentário ou então oferecendo uma simples limpeza). Aproveite e tire vantagem, já que pode ficar a saber como está a sua saúde oral e quais as recomendações para o seu caso.
Não se esqueça: tire partido da oferta da primeira consulta e opte por passar em duas ou três clínicas ou consultórios, no mínimo, para melhor se inteirar da sua saúde oral, consultar preços e solicitar orçamentos, tendo em consulta sempre a qualidade do serviço prestado. Depois, opte racionalmente para tomar a decisão mais acertada, tendo em conta em primeiro lugar a sua saúde.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

361. Fórum de Saúde Oral (Ordem dos Médicos Dentistas)


http://www.omd.pt/pt-PT/Forum/Forum.aspx
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A Ordem dos Médicos Dentista disponibiliza um Fórum de discussão on – line. Participe e divulgue o Fórum; façamos da saúde oral uma causa de saúde pública nacional.
A maior parte das conquistas sociais actuais só foram conseguidas apenas com um grande esforço, dedicação e empenho de pessoas anónimas que fizeram o seu melhor pelo bem da sociedade. Também nós teremos de deixar a nossa marca para as futuras gerações, contribuindo de forma desinteressada pelas causas sociais. E, em Portugal, a saúde oral ainda não é considerada pelo Estado como sendo uma doença; por isso, junte-se nesta caminhada pela causa pública; participe e dinamize todas as acções que possam contribuir para a declaração da saúde oral como uma doença de saúde pública, em plena igualdade com as restantes especialidades médicas.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

360. Há um maior cuidado na apresentação da boca

Após um atraso de décadas na prevenção da saúde oral, os portugueses começam agora a dar a real importância aos dentes. Fundamentais para mastigar os alimentos, para a pronúncia das palavras, mas também para a fisionomia da face, a perda de um dente pode ter consequências graves. Além de ser inestético e de deformar a face, há também perda óssea que, a longo prazo, é de difícil recuperação.
Para fazer a reabilitação da boca, a implantologia tem um papel importante, já que permite a “recuperação” dos dentes. Como explicou ao nosso jornal o presidente da Sociedade Científica Portugal Implantologia, Vasco Carvalho, um implante é um artefacto que substitui a raíz de um dente, sendo finalizado pela coroa, actualmente muito semelhante a um dente natural.
«O implante parece um parafuso, mas é muito rugoso em que o osso o agarra durante a osseointegração. A parte exterior é a coroa. Cinco ou seis implantes podem suportar 12 a 14 dentes», exemplificou aquele médico dentista que também é docente da Universidade Católica Portuguesa.
A implantologia é uma técnica que é desenvolvida apenas há 15 anos na Madeira e são poucos os médicos dentistas que a desenvolvem. O elevado custo da técnica limita o acesso da população. Contudo, Vasco Carvalho garante que cada caso é uma situação diferente. Aquele médico dentista reconhece que a colocação de implantes para as pessoas que têm dificuldades financeiras «é uma miragem», mas também é certo que «se aumentar a quantidade de implantes dentários que são colocados isso irá permitir a perda de patentes e esses preços começam por ser mais acessíveis a todos».
Mesmo assim, sublinha que as pessoas por vezes preferem mudar de automóvel a investir na saúde. Por isso, lembra que «hoje ninguém arranja emprego sem dentes ou ninguém vai para a televisão sem dentes, o aspecto da boca conta».
O aspecto positivo desta técnica de reabilitação da boca é a de que a taxa de sucesso dos implantes actualmente é muito elevada, chegando aos 98 por cento e podem durar «uma vida» se houver cuidados de higiene. É que os tecidos à volta dos implantes podem sofrer as mesmas doenças que surgem nas raízes naturais dos dentes, como a “piorreia”, que costuma atacar o osso e os tecidos à sua volta.
Ainda assim, a técnica da implantologia não tem muitas contra-indicações. Há uns anos atrás, os diabéticos não poderiam colocar implantes, mas com a evolução dos materiais usados e, desde que o protocolo seja seguido, um diabético pode ter a sua boca reabilitada. O mesmo acontece com um doente que tenha feito tratamento oncológico. Neste caso, tem de cumprir um determinado prazo, antes de se submeter à cirurgia. Nos dois casos, o risco de o osso não integrar o implante é quase o mesmo do que nas pessoas saudáveis.
Vasco Carvalho defende que a implantologia não pode ser encarada da mesma forma que se vai ao supermercado comprar produtos, porque tem de haver um trabalho de uma equipa de profissionais. Neste sentido, defendeu que a implantologia «com o tempo terá que fazer parte da intervenção dos colegas, claro que há casos mais complexos que merecem técnicas mais invasivas e mais complexas», mas a implantologia é uma boa solução para a recuperação da boca de quem anda desdentado.
Excesso de médicos dentistas - Enquanto que nos Estados Unidos ou em alguns países europeus as escolas de medicina dentária já contavam muitos anos, em Portugal estas só surgiram em 1976 e foram oferecidas pela Noruega. «Até aí a população estava entregue ao cuidado de alguns práticos de estomatologia», contou Vasco Carvalho, docente de História da Medicina Dentária, na Universidade Católica Portuguesa. Mesmo assim, a evolução da medicina dentária em Portugal foi muito rápida e durante anos «foi do melhor que o país teve».
Actualmente conta com mais de 6.500 profissionais, «um excesso», considera. «Antes, se não tínhamos médicos, como poderíamos ter bons dentes?», questionou Vasco Carvalho. Contudo, há uma questão que o atormenta que é a adaptação dos cursos a Bolonha, o que vai tirar um ano no curso de medicina dentária. «Vamos perder e muito», considera.
Confrontado se os médicos dentistas deveriam integrar os sistemas nacionais e regionais de saúde, aquele profissional afirmou que isso sairia muito caro aos governos. Quanto à prevenção da saúde oral, Vasco Carvalho diz que tem de começar pelos pais. A acção na escola é importante, mas são os adultos que têm de limitar o acesso das crianças aos açúcares refinados e incentivar a comer, por exemplo, uma maçã às dentadas que tem fibras importantes para os dentes.
Apesar da conjuntura económica difícil, os portugueses vão ao dentista por prevenção e há muitas pessoas que aderiram ao cheque dentista da Ordem dos Médicos Dentistas. «É pouco, mas é melhor do que nada». «O problema é que há um núcleo da população que se não têm para comer, não vão ter para comprar pasta para escovar os dentes», lamentou.
Marília Dantas

quarta-feira, 17 de junho de 2009

359. Opiniões acerca do Programa SERVIÇO DE SAÚDE - Saúde Oral (2009-06-16)

Algumas considerações acerca das várias intervenções no programa: -positivamente esteve o Doutor João Pimenta, que foca exactamente o principal problema hoje em Portugal na área da saúde oral: os profissionais de saúde oral deveriam estar nos Centros de Saúde e Centros Hospitalares; há dinheiro para muitas coisas mas já não há dinheiro para ter dentistas nos Centros de Saúde. Estou também de acordo, ao comentar o sorriso sarcástico do Doutor Rui Calado, presente no programa, que sabe exactamente onde deveriam estar os profissionais de saúde oral existentes em Portugal; -o Doutor Francisco Salvado, Coordenador do Serviço de Estomatologia do Hospital de Santa Maria também esteve muito bem, ao lembrar que o cheque-dentista chega apenas a menos de um milhão de portugueses, deixando de fora mais de nove milhões; questionou também acerca da necessidade de apoiar outros grupos de risco, nomeadamente os idosos com dificuldades de locomoção, os deficientes e os doentes oncológicos, além do perigo do abandono da saúde escolar. Já agora, permitam-me lembrar que aguardo esclarecimentos da Direcção-Geral de Saúde relativamente ao Protocolo da promoção da educação para a saúde em meio escolar, assinado entre os Ministérios da Saúde e da Educação no dia 7 de Setembro de 2006, conforme a postagem número 347 deste blogue, publicada no dia 8 de Maio do corrente ano e que, passado mais de um mês, continuo a aguardar pela resposta; tenho algumas dúvidas que o referido protocolo não tenha passado disso mesmo, tendo morrido no mesmo dia em que foi assinado. -pelo contrário, muito mal esteve o Doutor Paulo Melo, da direcção da Ordem dos Médicos Dentistas, ao considerar que a realidade nacional mudou muito e que seria desadequado que o Serviço Nacional de Saúde gastar uma enorme quantidade de recursos humanos e financeiros em equipar os Centros de Saúde; é exactamente esta posição defendida pelo Doutor Paulo Melo que faz com que cada vez mais se agrave o problema da saúde oral dos portugueses. Com estas opiniões simplesmente estaremos a andar para trás, pois negar a integração dos serviços de saúde oral nos centros de saúde será infelizmente dar continuidade a mais do mesmo, afastando cada vez mais a maior parte da população, obrigada a pagar impostos, de qualquer acesso à saúde oral, assim meia privada; -por último, saliento aquilo que o Doutor Rui Calado afirmou, ao comentar que a saúde oral não é considerada uma doença em Portugal; eu acrescento, opinião a começar pelos políticos e seguida pelo próprio Ministério da Saúde; -tenho pena que ninguém tenha falado, durante o programa, que todos os portugueses são obrigados a pagar impostos para a formação dos médicos dentistas mas que, depois de formados, os médicos dentistas não estão disponíveis para tratar a saúde oral de todos os portugueses; mais, considero uma falta de moralidade e extremamente malicioso haver preocupações com gastos de recursos hoje, quando todos sabem os ganhos e poupanças de recursos que se começariam imediatamente a obter no dia de amanhã.
 
 DEIXE A SUA OPINIÃO NOS COMENTÁRIOS.

358. RTP: SERVIÇO DE SAÚDE - Saúde Oral (2009-06-16)

357. Enxaguante bucal favorece câncer de boca

O uso de enxaguatórios bucais no Brasil cresceu 2.277% de 1992 a 2007, mostra um levantamento realizado pelo cirurgião-dentista Marco Antônio Manfredini, pesquisador da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), baseado em informações da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. De 2002 a 2007, o aumento foi de 190%.
Para Manfredini, o incentivo ao consumo indiscriminado de enxaguatórios deve ser criticado. "Observamos um grande investimento na indução ao uso do produto. E é importante dizer que, ao contrário da pasta, da escova e do fio dental, o colutório não tem indicação universal. É preciso concentrar a utilização para casos específicos."
Além de não ser essencial à saúde oral, o uso frequente de enxaguatórios bucais com álcool aumenta os riscos de câncer de boca e da faringe. Uma revisão científica publicada no fim de 2008 na revista da Academia Dental Australiana compilou estudos do mundo todo que encontraram essa relação. De acordo com os pesquisadores, há evidências suficientes para aceitar a ideia de que enxaguatórios bucais com álcool contribuem para aumentar a taxa de câncer oral.
Grande parte dos produtos comercializados no Brasil contém álcool. Um estudo brasileiro realizado com 309 pacientes e publicado no ano passado na "Revista de Saúde Pública" também encontrou a mesma associação. "Algumas marcas chegam a ter 26% de álcool, e há pessoas que usam todos os dias. Hoje existem produtos no mercado sem álcool, que devem ser os escolhidos", diz o oncologista Luiz Paulo Kowalski, diretor do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital A. C. Camargo e um dos autores do trabalho.
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), fabricantes são obrigados a informar na embalagem a presença de álcool na composição. O álcool presente nos enxaguantes contribui para o aumento das taxas de câncer oral de forma similar às bebidas alcoólicas --e sabe-se que o álcool é o segundo fator de risco para a doença, depois do tabagismo, aumentando de cinco a nove vezes os riscos.
"Brinco que a pessoa bebe sem usufruir da parte boa da bebida. O produto tem álcool não porque é um antisséptico, mas porque é um veículo muito eficiente, industrialmente conveniente e muito barato. Por isso as versões sem álcool tendem a ser mais caras", explica o dentista Alberto Consolaro, professor de patologia da Faculdade de Odontologia de Bauru da USP.
O álcool não é um agente causador de câncer isoladamente, mas uma enzima do organismo o transforma em acetaldeído, substância que pode alterar as células da boca e causar tumores na região. "O problema é usar diariamente o produto, pois o dano constante não dá tempo de as células se repararem. O uso de enxaguatórios bucais [com álcool] precisa ser mais estudado, mas é algo parecido com o que ocorre com o cigarro: quanto mais exposição, maior o risco", diz Kowalski. Por isso, dentistas recomendam o uso do produto sem álcool, seja manipulado, seja de marca.
"O produto é um bom auxiliar na limpeza da boca, mas não deve conter álcool. As pessoas acham que um enxágue que queima a boca é melhor, mas produto bom não precisa dar essa sensação. A substância antisséptica não é o álcool", diz Consolaro.
Indicações Dentistas recomendam o uso de enxaguatórios após cirurgias, raspagem de dente, casos de alta incidência de cárie, doenças da gengiva e para pessoas que não têm coordenação motora para realizar uma boa escovação. Para o restante da população, o uso é opcional, apesar de boa parte da publicidade desse tipo de produto sugerir que ele combate mau hálito.
"Do ponto de vista da higiene bucal, não é necessário. Quem tem boa higiene bucal geralmente não tem halitose --e, se tiver, não será o enxaguatório que vai resolver o problema", afirma Manfredini. GazetaWEB.com

sexta-feira, 12 de junho de 2009

356. Cheque-dentistas: Como passar do elogio à desilusão … Tenham vergonha!!!

José Sócrates entregou os primeiros
cheques-dentista para crianças
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José Sócrates considerou o programa “cheque dentista”, que deverá abranger 200 mil crianças, como um bom exemplo de “concertação estratégica” entre público e privado e admitiu estender esta experiência a outras áreas do Serviço Nacional de Saúde. O primeiro-ministro marcou presença numa sessão realizada no agrupamento de escolas Nuno Gonçalves, na Penha de França, em Lisboa, depois de ter entregue os primeiros cheques-dentista a alunos com sete, dez e treze anos, e destacou como principais características do programa “a livre escolha do prestador, garantia de equidade e ausência de listas de espera”. Segundo José Sócrates, com o arranque da atribuição dos primeiros cheques dentista a jovens estudantes, o SNS “deu um passo muito importante”:
“Em qualquer país do mundo desenvolvido, é um desafio para os SNS a questão da higiene e da saúde oral. O SNS “começou a cumprir a sua missão no que diz respeito à saúde oral para toda a sociedade portuguesa” quando o Governo optou pela atribuição de cheques dentista para determinados públicos-alvo, como jovens, idosos e grávidas.
O primeiro-ministro adiantou ainda que a meta do Governo é “mobilizar” as estruturas e os recursos já existentes no país na área da saúde oral “ao serviço do SNS”: “Por isso, o Governo recusou criar mais um serviço dentro do SNS, que fosse alternativa ao sistema privado, decidindo antes utilizar o sistema privado ao serviços dos objectivos públicos”.
“Queremos que todos, independente da condição económica, tenha acesso à medicina dentária. “As famílias que estiverem inscritas neste programa escolherão com total autonomia a que dentista ir. E escolherão sem terem de esperar pelo próximo ano, ou daqui a três ou quatro meses, porque este sistema garante um acesso ao dentista sem lista de espera”, frisou José Sócrates.

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Atrasos nos pagamentos afastam dentistas

dos cheques-dentistas

Mais uma vez primeiro o elogio que a realidade vem depois; para quem não esteja minimamente atento, é bom que comece a pensar nas boas intenções dos governantes que temos. Afinal, para quando primeiro a obra e só depois os elogios?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

355. Escovas macias e dentes limpos

A escolha correta da escova dental deve começar na primeira infância, e os cuidados com a dentição devem começar a partir do nascimento dos primeiros dentes. Por esta razão, deve-se usar a escova correta para esta fase da vida. A escovação dos dentes dos bebês e crianças deve ser feita de uma forma prazerosa e divertida, justamente para estimular o hábito da escovação e garantir a qualidade da saúde oral nos anos seguintes. De acordo com o dentista Hugo Roberto Lewgoy, nesta fase da vida, deve-se tomar muito cuidado para não provocar uma aversão dos pequeninos em relação aos hábitos de higiene oral. — As gengivas dos bebês e das crianças são muito delicadas e sensíveis. Recomendo o uso das escovas com um grande número de cerdas e de textura ultramacia — explica o especialista. Oferecer ao público infantil uma escova eficiente e que possibilite a correta higienização dos dentes sem machucar ou traumatizar as gengivas, é a maior contribuição que os pais podem oferecer para garantir a saúde oral por toda vida de seus filhos. Por isso, a escova é indicada logo após a erupção dos primeiros dentes decíduos (também conhecidos como "dentes de leite"), entre cinco e nove meses, até os seis ou sete anos de idade, quando ocorre o início da erupção dos dentes permanentes. Uma questão importante, é que a escova infantil não pode ser apenas bonita ou cheia de apelos visuais chamativos, ela precisa ter muita qualidade e não pode machucar as gengivas. — A escova deve apresentar características desenvolvidas especificamente para esta faixa etária como, por exemplo, a presença de uma cabeça pequena e anatômica, cerdas arredondadas e polidas e um cabo que se adapte facilmente às pequenas mãozinhas — explica.

sábado, 6 de junho de 2009

354. Análise ao Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais 2008 (7ª Parte)

As doenças orais na infância e na adolescência (1ª Parte)
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O Estudo Nacional de Prevalência da Doenças Orais 2008 identifica a cárie dentária e as doenças periodentais nas crianças e jovens portugueses, a que se vem juntar a fluorose em determinadas áreas geográficas. O cálculo dos índices de cárie dentária permitiu verificar que o seu valor cresce à medida que aumenta a idade das crianças e jovens, o que pode supor uma condição associada a um desleixo da saúde oral à medida que as crianças e os jovens crescem e/ou a uma maior atenção da saúde oral das crianças quando estas são mais pequenas. Não nos podemos esquecer as mudanças do meio que as crianças e os jovens vão tendo à medida que vão crescendo, o que poderá também contribuir para a evolução atrás referida. Estarão os jardins-de-infância e os estabelecimentos escolares do primeiro ciclo mais aptos em apoiar e ajudar de uma melhor forma e mais consistentes do que os outros níveis superiores de ensino? Se sim, porque será? Cárie dentária aos 6 anos de idade - Muito preocupante é a discrepância registada entre as várias regiões do país: “Na dentição temporária, a Madeira, com um índice cpod de 3,61, apresentava a maior prevalência de doença, sendo a diferença, estatisticamente significativa face à média nacional. Na dentição permanente, os Açores, tinham um índice CPOD de 0,24, que era triplo da média nacional. As regiões do Centro (0,02), de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve (0,03) apresentavam os valores mais baixos; estas variações são estatisticamente significativas. (…) Por regiões de saúde a percentagem de dentes temporários cariados (aos seis anos de idade) era muito elevada, variando entre 83% no Alentejo e Açores e 94% em Lisboa e Vale do Tejo.” Estes contrastes evidenciam claramente a falta de oportunidade de acesso à saúde oral em grande parte do território nacional, constituindo uma gravíssima injustiça praticada sobre as crianças que vivem em zonas desfavorecidas; por outras palavras, na saúde oral prova-se a discriminação feita em benefício das regiões mais ricas, prejudicando sempre as regiões mais pobres (lógica absurda se pretendermos falar em coesão nacional, pois são as crianças que vivem nas regiões mais desfavorecidas que têm menos garantias de saúde oral). Cárie dentária aos 12 anos de idade – Neste estudo apurou-se que, aos 12 anos de idade, “as regiões do Alentejo, do Norte e dos Açores, como as que apresentam grupos de jovens com índices de cárie dentária mais elevados”. São também o Alentejo e os Açores onde há jovens com menos dentes tratados. Assim, o estudo realizado permite concluir que as cáries dentárias incidem com mais frequência nos jovens que não têm os dentes tratados. Note-se que o estudo salienta que estas variações são significativas, tendo em conta a média nacional; quer isto dizer que há disparidades regionais significativas no país e que, como tal, a residência geográfica dos jovens de 12 anos de idade determina directamente a sua saúde oral. Obviamente existirão factores culturais intrínsecos às famílias que determinam a importância dada aos cuidados de saúde oral das crianças até aos 12 anos de idade, mas os significativos contrastes identificados entre as diferentes regiões também terão a haver, em grande medida, com as políticas ignóbeis de saúde seguidas pelo país ao longo das últimas décadas e que contribuíram para o acentuar da descriminação das regiões mais periféricas. Urge, pois, implementar com urgência a transferência de meios e de recursos públicos para aonde hoje existem tantas carências; compete aos organismos públicos aplicar políticas que incentivem entidades e profissionais de saúde oral a fixarem-se junto dos que mais necessitam; enquanto não surgirem essas políticas, as crianças que hoje vivem no Alentejo e nos Açores encontram-se muito mais desprotegidas e sem as mesmas condições de acesso a cuidados de saúde oral que existem noutras regiões do país; naturalmente, este facto trará consequências incalculáveis que se irão prolongar por toda a vida destas crianças.

terça-feira, 2 de junho de 2009

353. 10 Conselhos para manteres o teu sorriso sempre bonito

1. Escova os dentes pelo menos duas/três vezes por dia, preferencialmente após as refeições e antes de te deitares; 2. Utiliza uma escova do tamanho adequado, macia e com uma cabeça pequena, para evitar lesões sobre os dentes e gengivas; 3. Procura utilizar sempre um dentífrico com 1.000 a 1.500 ppm de flúor (pergunta ao teu dentista qual o dentífrico mais adequado para os teus dentes); 4. Evita escovar os dentes só na horizontal; coloca a escova ligeiramente inclinada, na passagem pelos dentes, para que estes não se desgastem com o tempo; 5. Utiliza diariamente fio dentário, antes da escovagem, para retirar restos alimentares e bactérias dos espaços que existem entre os dentes e entre estes e as gengivas; 6. Segue as recomendações do teu dentista na utilização de elixir para o bochecho; 7. Procura manter os dentes bem limpos, sobretudo junto à linha gengival, evitando a placa bacteriana e tártaro; 8. Efectua uma revisão dentária regular, preferencialmente de 6 em 6 meses, e um check-up oral pelo menos uma vez durante o ano; 9. Mantém uma dieta equilibrada e procura substituir os doces por alimentos mais nutritivos como o queijo, frutos ou vegetais frescos; 10. Se tens sensibilidade dentária visita o seu dentista porque pode ser um indicador de uma cárie dentária, um dente fracturado.