Os implantes dentários são a solução para muitas pessoas que tiveram problemas com seus dentes naturais. Os implantes osseointegrados começaram a ser utilizados na década de 60 e viraram um sucesso porque além de serem melhores do ponto de vista estético que as dentaduras ou pontes móveis, exercem as funções dos dentes naturais com muito mais eficácia.
O Dr. Maurício Morato Corrêa explica a seguir como este processo funciona, seus riscos e eficiência.
-O que são implantes osseointegrados?
-Introduzidos a partir da década de 60, são “parafusos” de titânio colocados nas áreas desdentadas, que apresentam a capacidade de exercer as funções mastigatórias e funcionais de maneira semelhante aos dentes naturais. Comparativamente, são muito superiores as próteses totais (dentaduras) ou removíveis (pontes móveis).
Normalmente o tratamento é realizado em três etapas: uma para colocação do cilindro de titânio (uma cirurgia mais extensa); outra, alguns meses após, para a colocação dos dispositivos que suportarão a prótese e finalmente a terceira etapa, a confecção da peça protética.
-O que existe de mágico no titânio? Existem riscos de rejeição?
-Não. Simplesmente o titânio não sofre corrosão quando inserido no corpo humano e não apresenta fenômeno de rejeição imunológica. O sucesso da técnica ocorre devido a um bom conjunto de fatores: do planejamento, da técnica cirúrgica, de um bom período de cicatrização e de uma reabilitação adequada.
Este protocolo (a receita completa de como se faz um implante) tem minúcias que não podem ser desprezadas, e um profissional competente e bem treinado na técnica pode alcançar excelentes resultados.
-Existem garantia de sucesso?
-A principio pode ser dito que a taxa de sucesso é uma boa garantia, mas nos processos biológicos sempre existe uma certa dose de imponderabilidade.
-Quais as contra-indicações?
-O comprometimento da saúde geral que impeça a realização do ato cirúrgico e a ausência de osso suficiente para acomodar os implantes. Um estudo detalhado dos exames por imagem evitará surpresas, especialmente na fase cirúrgica.
-Quais os riscos cirúrgicos?
-Mínimos. A cirurgia é normalmente feita em duas horas, com anestesia local e é muito mais simples do que outros procedimentos cirúrgico-odontológicos, como a extração de um dente retido, por exemplo. Os implantes são colocados de forma não traumática e o osso é manipulado com suavidade, parecido com uma microcirurgia.
O único efeito posterior está associado ao desprendimento da gengiva, devendo ocorrer inchaço local, em uma intensidade que varia de paciente para paciente.
-Quais são os maiores problemas após a colocação dos implantes?
-Alguns estudos demonstram que os maiores problemas após a colocação das próteses são a dicção e as mordidas nas bochechas, em função da colocação de dentes nas áreas que ficaram desdentadas por muito tempo, sendo normalmente contornáveis em pouco tempo.
Lembre-se: o implante é muito superior a outros procedimentos de prótese e na ausência dos dentes, é o que de melhor pode ser realizado.
-Posso comer de tudo após a colocação das próteses?
-Não, mas as restrições não são muito severas. Você deve ter em conta que os implantes, por melhores e mais confiáveis que sejam, ainda não representam a total recuperação funcional e estética, não podendo, pelo fato de serem artificiais, restituir completamente todas as funções que os dentes naturais exerciam. Assim, você deve evitar alimentos excessivamente duros.
1 comentário:
Boa noite,ou bom dia doutor,gostaria de saber qual é a causa de um implante sair do osso e ser tirado com as maos,ou seja fiz 3 implantes e dois sairam,quais os motivos,por favo rse puder me responder.valdirene
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