sexta-feira, 10 de novembro de 2006

84) Verbas destinadas à melhoria da higiene dentária aumentadas em 20 por cento em 2007

O Governo prepara-se para introduzir novas regras na lei sobre o fumo em locais fechados. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, ontem, no Europarque de Santa Maria da Feira, após a sessão de abertura do XV Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas, ligando-as às medidas de educação para a saúde oral.
O governante revelou ainda a intenção do Governo em aumentar, em 2007, as verbas destinadas à promoção da higiene dentária em 20 por cento no quadro do Programa Nacional com o mesmo nome. “Há que continuar a investir nesta área para chegar aos 80 por cento de crianças livres de cáries em 2020, conforme a meta apontada pela Organização Mundial de Saúde”, disse Correia de Campos.
Pelas contas do seu Ministério, metade das crianças com idade inferior a seis anos sofre de cárie dentária. O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral prevê que daqui por quatro anos todas as crianças dos três e os 16 anos tenham acesso a médico dentista.
Até agora, este projecto já levou 140 mil crianças à cadeira do dentista. Daqui em diante, Correia de Campos quer alargá-lo a mulheres grávidas e a populações de risco. No domínio do apoio social, o ministro da Saúde lembrou a criação pelo Governo de dois mil lugares para cuidados continuados de saúde a idosos e salientou a constituição de 22 Unidades de Saúde Familiar (USF), que passarão a ser 50 até ao final do ano. De acordo com o governante, as USF (ligadas aos centros de saúde) vão permitir cobrir um universo de 125 mil portugueses que está sem médico de família. E, para além disso, representam “uma janela de oportunidade” para aumentar as consultas de saúde oral, uma vez que os médicos dentistas podem associar-se a elas. Correia de Campos garantiu, aliás, que a preocupação social do Executivo vai manter-se em 2007, à semelhança do que aconteceu este ano. “O Governo conseguiu cumprir as metas orçamentais sem a perda de sentido social”, afirmou Correia de Campos, que referiu a promoção da saúde oral como uma “preocupação do Governo”, mas recordou que pais e professores “devem ensinar as crianças a escovar os dentes e a usar o fio dentário”.
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Ficam aqui registadas as preocupações do Ministro da Saúde relativas à saúde oral no nosso país; pena é que seja um discurso voltado sobretudo para o futuro, apresentando poucos resultados no presente. Efectivamente, parece que ESPERAR ATÉ 2020 É DEMASIADO TEMPO PARA MUITAS CRIANÇAS E JOVENS DE HOJE (adultos em 2020).
Além disso, o Senhor Ministro não refere qual o número e o âmbito geográfico a aqui ficam desde já afectados as USF com consultas de saúde oral – muito pouco, demasiado pouco para as necessidades presentes.
Gerofil

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