Correia de Campos garante
colaboração com profissionais do sector
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“Posso garantir que estamos totalmente abertos e disponíveis para convosco colaborar e discutir matérias como o pacote básico, o estabelecimento de uma futura Convenção [Nacional da Medicina Dentária] e abrir os Hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) conforme propõem em nome da melhoria da saúde oral dos portugueses”, disse o ministro da Saúde, na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) no Porto. Na sessão, que decorreu no Palácio da Bolsa, Correia de Campos falou do sucesso do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral destinada à população infanto-juvenil e que para este ano tem consignados “cinco milhões de euros”.
O governante afirmou que “não será o argumento da falta de recursos que impedirá que o programa continue”, apesar de admitir que “este apoio tem aumentado de forma lenta, todavia sistemática e diria até sustentada”, dados os resultados de alguns estudos relativos a custos/benefícios. O bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, entretanto empossado – e que ficará à frente dos destinos da Ordem até 2009 – reiterou que entre as suas principais tarefas está a “integração dos serviços de medicina dentária no Sistema Nacional de Saúde (SNS), de modo a torná-la acessível a todos os portugueses”.
Segundo o clínico, a grande maioria da população portuguesa não tem acesso aos serviços de medicina dentária e a contratualização de médicos dentistas com os serviços públicos” resolveria esse problema. Nesse sentido, agradeceu a abertura do ministro da Saúde e do seu ministério em “ouvir” as propostas da Ordem, como é o caso do “pagamento de uma taxa moderadora, para permitir aos utentes do SNS acesso às consultas”.
1 comentário:
Fazendo as contas, e prevendo que o Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral abrange aproximadamente um universo de 1 261 519 de população infantil e juvenil, a despesa do Estado por cada criança e jovem é de 3,96 euros (794$61) por ano. Seria óptimo que esse dinheiro fosse entregue directamente às Escolas públicas do país (em função do número de alunos de cada uma) e, aí sim, devidamente gasto e controlado junto de realmente quem precisa - tudo na lógica de um melhor aproveitamento dos recursos humanos existentes no terreno.
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