Desde 1968, após os excelentes trabalhos de Ben Haygard, na Universidade do Arizona, que ficamos sabendo que o leite humano, no Estado do Arizona, continha quantidades anormais de 6 insecticidas! A contaminação era tão alta, que, se fossem aplicar com rigor a lei americana, uma mulher amamentando, não poderia sair do Arizona, pois “é proibido atravessar fronteiras estaduais conduzindo alimento contaminado”.
Depois dos trabalhos do Dr. Haygard, o mundo científico passou a analisar mais detidamente as contaminações do leite humano. Até 1998, data da publicação do último livro de Farmacologia da Editora Guanabara, 141 (cento e quarenta e uma!) substâncias tóxicas ou potencialmente tóxicas eram encontradas no “leite materno” – uso aspas porque não conheço leite paterno humano. Entre estas substâncias estão morfina, cocaína, codeína, álcool etílico, nicotina e quase todos os antibióticos, incluindo-se as tetraciclinas as quais estão envolvidas com malformação óssea e dentária.
Ou seja, uma mãe viciada em drogas quase com certeza vai viciar seu filho na mesma ou nas mesmas drogas. Poderíamos citar outros riscos, cientificamente comprovados, tais como contaminação por adrenalina (norepinefrina) no leite de uma mãe nervosa ou estressada, e várias outras situações; mas o elemento estarrecedor e motivo primeiro deste artigo foi a verificação que, na África e Sul da Ásia, a contaminação dos lactentes com o vírus HIV (da AIDS) contido no leite da mãe seropositiva, ou seja, a transmissão vertical de uma doença até hoje incurável e fatal é feita pelo até então alimento sagrado, o “leite materno”!
Para não deixar dúvidas do ponto de vista nutricional, o leite humano é o mais perfeito alimento para o recém-nascido. Entretanto, para ser oferecido ao lactente, duas condições básicas têm que ser observadas: primeiro, a mãe tem que ser sadia; e segundo, a criança tem que ser sadia!
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