segunda-feira, 23 de abril de 2007

159) O absurdo completo da política actual da saúde oral em Portugal

Em Portugal existem sete faculdades de Medicina Dentária e estão a ser formados médicos em números excessos, caminhando-se – alertou o bastonário da OMD – para “o desemprego”. O alerta de Orlando Monteiro teve a intenção de reforçar a necessidade de “uma intervenção política”.
O bastonário lembrou, aliás, que “já existem mais de 140 dentistas portugueses a exercerem a função no SNS de outros países europeus [Inglaterra e Holanda, por exemplo]”. Uma vez que no resto da União Europeia existe esta especialidade no serviço público de saúde e apresentam défice de dentistas. A explicação da deslocalização não assenta numa escolha livre, mas numa alternativa às dificuldades económicas que impedem esses profissionais de abrirem os seus próprios consultórios (única hipótese de exercer a profissão em Portugal).
Também aqui, minimizar a situação passaria pela introdução da especialidade no serviço público.
O Primeiro de Janeiro
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Preto no branco: gastam-se largos milhares e milhares de euros dos nossos impostos para formar especialistas que vão tratar pacientes no estrangeiro, quando é negado pelo nosso SNS a assistência a largas centenas de milhares de crianças, jovens e menos jovens portugueses de algo como pão para a boca.
Realmente, urge mudar seja o que for para colocar ponto final na banalização da pessoa humana praticada por quem dirige o estado.
Gerofil

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