domingo, 13 de fevereiro de 2011

514. Saúde Oral em Portugal, uma questão de bom senso

Tem este Blogue primado por alertar as autoridades competentes, as instituições profissionais e a sociedade civil em geral para a necessária reformulação dos cuidados de saúde oral da população portuguesa e a sua integração no Serviço Nacional de Saúde, em igualdade de circunstancias com o sector privado.
Em pleno século XXI faz sentido desenvolver todos os esforços para que o Ministério da Saúde Português considere a saúde oral como uma valência prioritária no âmbito da saúde pública, integrando-a nos cuidados de saúde prioritários e desenvolvendo todos os meios que possibilitem a eliminação das actuais vergonhosas acessibilidades de acesso a tratamentos dentários, de que são vitimas, em primeiro grau, crianças, jovens e idosos dependentes, de fracos recursos e afastados geograficamente dos grandes centros urbanos.
É urgente reformular a ética seguida pela actual equipa do Ministério da Saúde, cobarde com os fracos ou desfavorecidos e submissa com os fortes, em que retira direitos fundamentais de saúde estabelecidos na Constituição da República e entrega chorudos negócios da saúde a privados.
Feita uma análise profunda à situação da saúde oral em Portugal (consulte aqui o estudo; veja as suas análises nos links que se encontram no final deste texto), o Ministério da Saúde e a Direcção – Geral de Saúde fizeram tábua rasa de todas as suas conclusões e atiraram o mesmo estudo para o lixo; até hoje jamais houve qualquer iniciativa tomada pelo governo relativamente às necessidades reais prementes de saúde oral especificadas naquele estudo. Importa também salientar quem, com o seu silêncio, permite que nada se faça e tudo continue na mesma situação.
Enquanto o Ministério da Saúde gasta centenas de milhões de euros na prática de dezenas de milhares de abortos um pouco por todo o país (parece que não se importam que haja mais idosos que população activa dentro de poucos anos), a protecção da saúde infantil e juvenil é uma absoluta miragem que não se vê ao fundo do túnel.
Os largos milhares de milhões de euros que o estado perdeu com a venda absolutamente ruinosa da rede fixa de telefone à PT, sem concurso público, o gasto de centenas de milhões de euros em compra de material bélico (submarinos, já avariados quando da sua aquisição), as centenas de milhões de euros em aeroportos que não passam do papel (Ota) ou que ficam completamente às moscas (Beja), o desperdício de dinheiro na aposta do TGV que não se sabe se existirá algum dia, dava tudo reunido para melhorar significativamente os cuidados de saúde primários da população e não haver mais nenhuma criança portuguesa a ficar excluída de cuidados de saúde oral.
Moral e eticamente, há pessoas que estão a prestar um péssimo serviço ao país, quer estando no governo quer apoiando as medidas irracionais, discriminatórias e violadoras de direitos humanos executadas pela actual equipa do Ministério da Saúde.

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Análise ao

Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais








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