Em causa está a cedência a título definitivo da rede fixa de telefone à Portugal Telecom, em 2002. A PT pagou 365 milhões, por um activo que avaliou, à data, em 2,3 mil milhões de euros. "Vendeu-se a rede fixa por um sexto do seu valor", acusou na altura a Sonaecom, que se manifestou "perplexa" com todo o negócio.
A necessidade de encontrar receitas extraordinárias foi o que motivou a concretização deste negócio, como Ferreira Leite assume nas declarações ao i. Os 365 milhões encaixados, em conjunto com a concessão da CREL à Brisa, permitiram ao Estado respeitar os 3% de défice impostos por Bruxelas em 2002. "Estão reunidas as condições para que o défice orçamental previsto para 2002 se cumpra", garantiu então Manuela Ferreira Leite.
No ano seguinte, este limite foi igualmente respeitado graças a um outro negócio muito controverso com a assinatura de Ferreira Leite: a cedência de 11 mil milhões de dívidas fiscais que o Estado tinha a seu favor ao Citigroup. O governo de Durão Barroso vendeu estes 11 mil milhões por 1,75 mil milhões.
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Já pensou a quantidade de dinheiro em jogo? Pois bem, esse dinheiro público de todos nós foi “oferecido” a duas entidades privadas sem qualquer retorno. Agora faça contas e imagine, por exemplo, que esse dinheiro daria para garantir todas as despesas de saúde oral da população portuguesa durante mais de 200 anos (5 gerações); já agora, faça também o favor de acreditar nos políticos que dizem não haver dinheiro para colocar um dentista em cada centro de saúde do país.
Puro roubo às descaradas do bem publico por parte dos governantes portugueses, mais interessados no encaixe de milhares de milhões de euros nos amigos colocados nos grupos privados do que zelar pelo bem publico. E depois não se queixem de haver no país crianças com 10 anos de idade já sem dentes definitivos para o resto da sua vida.
O senhor Presidente da República e a Procuradoria-Geral da República nada têm a investigar neste tipo de comportamento completamente lesivo por parte dos detentores de cargos ao mais alto nível do estado?
Puro roubo às descaradas do bem publico por parte dos governantes portugueses, mais interessados no encaixe de milhares de milhões de euros nos amigos colocados nos grupos privados do que zelar pelo bem publico. E depois não se queixem de haver no país crianças com 10 anos de idade já sem dentes definitivos para o resto da sua vida.
O senhor Presidente da República e a Procuradoria-Geral da República nada têm a investigar neste tipo de comportamento completamente lesivo por parte dos detentores de cargos ao mais alto nível do estado?
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