domingo, 9 de novembro de 2008

310) Análise ao Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais 2008 (5ª Parte)

Caracterização sócio - demográfica da população estudada
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O Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais 2008 foi efectuado durante o ano lectivo de 2005/06 e abrangeu uma amostra de 2612 crianças e jovens do ensino público, divididas por três classes etárias: 890 crianças com 6 anos de idade, 837 crianças com 12 anos de idade e 885 jovens com 15 anos de idade, repartidas por sexos e pelas diferentes regiões de saúde do país, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Atendendo ao nível de escolaridade dos pais das crianças e jovens de 12 e 15 anos de idade, constatou-se que a sua maioria tinha a escolaridade obrigatória; os pais com o 12º ano de escolaridade (ou equivalente) e estudos superiores representavam até 28 % do número total de pais.
A análise dos resultados apresentados pelo estudo permite concluir que os pais das crianças com 12 anos de idade têm tendência para apresentar maiores níveis de escolaridade, comparativamente aos pais dos jovens com 15 anos de idade; esta tendência é mais notada na mãe do que no pai.
Um pormenor a referir é o facto de esta conclusão não ter sido mais aprofundada posteriormente na análise dos resultados finais apurados, uma vez que poderia permitir estabelecer uma relação entre a saúde oral das crianças e jovens e o respectivo nível de escolarização dos pais; isto tornaria possível elaborar programas de saúde oral específicos para determinados níveis de escolarização da população portuguesa.
O mesmo se poderá dizer relativamente à profissão dos pais, em que o relatório apenas destaca o facto de que a maioria dos pais exercer profissões de nível intermédio, destacando-se que um quarto das mães das crianças e jovens de 12 e 15 anos de idade serem domésticas.
É evidente que a aplicação de qualquer programa de saúde oral terá de ter em linha de conta o tipo população a que se destina; o universo da população de níveis intermédios de escolarização e/ou precariedade laboral carece de uma intervenção distinta, em termos de programas de saúde oral, da população com elevados níveis de escolarização e/ou profissionalmente estáveis.

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