Ordem dos Médicos Dentistas
diz que há vagas em excesso
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A Ordem dos Médicos Dentistas considerou hoje excessivas as vagas disponíveis no Ensino Superior, em virtude de o mercado de trabalho ser quase exclusivamente privado em Portugal, onde o rácio de profissionais está acima da Europa. “Temos atualmente uma relação de um dentista para 1.339 habitantes, cerca de 7.200 médicos dentistas com uma média de idades de 34/35 anos. É uma classe muito jovem, onde a renovação vai sentir-se muito tarde e temos uma taxa de crescimento anual de 8,2 por cento”, disse à agência Lusa o bastonário Orlando Monteiro da Silva.
Para o especialista, há já faculdades de Medicina Dentária em excesso (sete), “quase o mesmo número de faculdades de Medicina”, onde existem várias especialidades. “Por aí se vê o exagero”, afirmou o médico, acrescentando que estão atualmente registados no estrangeiros mais de 500 médicos dentistas a exercer no Reino Unido, Suécia, França e outros países europeus, na maioria jovens “sem possibilidade de colocação no mercado de trabalho em Portugal”.
Acresce que, ao contrário de outros países, estes profissionais exercem a actividade quase em exclusivo no privado, logo adverte que o rácio “verdadeiramente deveria ser divido por dois”, já que “mais de metade da população não tem acesso a cuidados de medicina dentária”. “Exceto o mecanismo do cheque dentista, ainda com uma dimensão reduzida, em Portugal não há médicos dentistas em organismos públicos, como noutros países”, frisou.
Assim, Orlando Monteiro da Silva, afiança que Portugal tem “excesso de médicos dentistas” e quase o mesmo número de faculdades da Inglaterra e outros países com uma dimensão maior. “Ficamos muito desiludidos por verificar que as vagas para Medicina Dentária se mantêm ou aumentam ligeiramente, numa área em que não são necessários mais médicos”, criticou.
No total, as sete faculdades disponibilizam 557 vagas: 60 na Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa, 80 na Faculdade de Medicina Dentária do Porto, 42 em Coimbra, 100 no Instituto Superior de Ciências de Saúde do Norte, 65 no Instituto Superior de Ciências Egas Moniz, 75 na Universidade Católica Portuguesa e 95 na Fernando Pessoa.
“As vagas não aumentaram muito, cerca de 4/5 por cento, mas o que se esperaria era uma diminuição, porque se não for feita vamos continuar a ter pessoas no desemprego ou em sub emprego”, declarou. Acresce que no ano passado já houve licenciados a sair mais cedo das faculdades, com a redução do curso de seis para cinco anos, em função do Processo de Bolonha.
“Vamos continuar a ter muitas pessoas numa formação que é das mais caras em Portugal a sair do país para exercer a profissão, aproveitando outros países o investimento que é feito na formação de técnicos altamente qualificados”, lamentou.
“Mais licenciados sim, mas tem de haver um planeamento para não termos problemas no futuro”, defendeu, referindo-se às declarações do ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, segundo o qual Portugal tem metade dos licenciados que deveria ter, face a outros países desenvolvidos.
Diário Digital
Para o especialista, há já faculdades de Medicina Dentária em excesso (sete), “quase o mesmo número de faculdades de Medicina”, onde existem várias especialidades. “Por aí se vê o exagero”, afirmou o médico, acrescentando que estão atualmente registados no estrangeiros mais de 500 médicos dentistas a exercer no Reino Unido, Suécia, França e outros países europeus, na maioria jovens “sem possibilidade de colocação no mercado de trabalho em Portugal”.
Acresce que, ao contrário de outros países, estes profissionais exercem a actividade quase em exclusivo no privado, logo adverte que o rácio “verdadeiramente deveria ser divido por dois”, já que “mais de metade da população não tem acesso a cuidados de medicina dentária”. “Exceto o mecanismo do cheque dentista, ainda com uma dimensão reduzida, em Portugal não há médicos dentistas em organismos públicos, como noutros países”, frisou.
Assim, Orlando Monteiro da Silva, afiança que Portugal tem “excesso de médicos dentistas” e quase o mesmo número de faculdades da Inglaterra e outros países com uma dimensão maior. “Ficamos muito desiludidos por verificar que as vagas para Medicina Dentária se mantêm ou aumentam ligeiramente, numa área em que não são necessários mais médicos”, criticou.
No total, as sete faculdades disponibilizam 557 vagas: 60 na Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa, 80 na Faculdade de Medicina Dentária do Porto, 42 em Coimbra, 100 no Instituto Superior de Ciências de Saúde do Norte, 65 no Instituto Superior de Ciências Egas Moniz, 75 na Universidade Católica Portuguesa e 95 na Fernando Pessoa.
“As vagas não aumentaram muito, cerca de 4/5 por cento, mas o que se esperaria era uma diminuição, porque se não for feita vamos continuar a ter pessoas no desemprego ou em sub emprego”, declarou. Acresce que no ano passado já houve licenciados a sair mais cedo das faculdades, com a redução do curso de seis para cinco anos, em função do Processo de Bolonha.
“Vamos continuar a ter muitas pessoas numa formação que é das mais caras em Portugal a sair do país para exercer a profissão, aproveitando outros países o investimento que é feito na formação de técnicos altamente qualificados”, lamentou.
“Mais licenciados sim, mas tem de haver um planeamento para não termos problemas no futuro”, defendeu, referindo-se às declarações do ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, segundo o qual Portugal tem metade dos licenciados que deveria ter, face a outros países desenvolvidos.
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