A implementação de programas de saúde oral com recurso à contratualização de privados, politica seguida pelos últimos governos, tem arrastado para o fundo a saúde oral dos portugueses.
No caso do programa de saúde oral para crianças e adolescentes, não bastava transmitir à opinião pública a ideia de um novo programa, quando na prática se trata de fazer a substituição de um programa por outro programa; agora todos sabemos que o novo programa vem agravar ainda mais a descriminação entre crianças e jovens privilegiadas com acesso aquele programa e as outras crianças e jovens que vão ficar definitivamente afastados de qualquer tipo de apoio.
Extremamente aberrante é o facto de as crianças e adolescentes só possam ter acesso ao programa em determinadas idades: para o governo, as cáries dentárias e outros problemas de saúde oral aparecem em idades pré-determinadas.
E não se fala dos milhares de euros desviados para promover campanhas na comunicação social, quando parte dessa comunicação social já é suportada pelos nossos impostos.
Cada vez mais vimos o estado a desresponsabilizar-se pela saúde oral dos portugueses, quase já definitivamente entregue a interesses privados, que visam o lucro em primeiro lugar. Tenta-se delapidar os últimos recursos ainda existentes no Serviço Nacional de Saúde; muitos passam a ver as pessoas como número apetecível enquanto fonte de lucro e quanto menos prevenção maior será a fatia de mercado no futuro.
Numa coisa estão também todos de acordo: implementar um Boletim de Saúde Oral para todas as crianças e adolescentes em Portugal é uma coisa que não se pode ouvir falar; isso só se pode fazer em países menos desenvolvidos que Portugal, onde os pais não tenham rendimentos suficientes para pagar a saúde oral dos filhos.
Lamentável é a mancha negra que as organizações dos médicos dentistas podem estar a deixar, ao colaborarem com toda esta farsa. Será que não terão força alguma para mostrarem claramente ao país de que mais despesas dos nossos impostos está a resultar em pior saúde oral?
No caso do programa de saúde oral para crianças e adolescentes, não bastava transmitir à opinião pública a ideia de um novo programa, quando na prática se trata de fazer a substituição de um programa por outro programa; agora todos sabemos que o novo programa vem agravar ainda mais a descriminação entre crianças e jovens privilegiadas com acesso aquele programa e as outras crianças e jovens que vão ficar definitivamente afastados de qualquer tipo de apoio.
Extremamente aberrante é o facto de as crianças e adolescentes só possam ter acesso ao programa em determinadas idades: para o governo, as cáries dentárias e outros problemas de saúde oral aparecem em idades pré-determinadas.
E não se fala dos milhares de euros desviados para promover campanhas na comunicação social, quando parte dessa comunicação social já é suportada pelos nossos impostos.
Cada vez mais vimos o estado a desresponsabilizar-se pela saúde oral dos portugueses, quase já definitivamente entregue a interesses privados, que visam o lucro em primeiro lugar. Tenta-se delapidar os últimos recursos ainda existentes no Serviço Nacional de Saúde; muitos passam a ver as pessoas como número apetecível enquanto fonte de lucro e quanto menos prevenção maior será a fatia de mercado no futuro.
Numa coisa estão também todos de acordo: implementar um Boletim de Saúde Oral para todas as crianças e adolescentes em Portugal é uma coisa que não se pode ouvir falar; isso só se pode fazer em países menos desenvolvidos que Portugal, onde os pais não tenham rendimentos suficientes para pagar a saúde oral dos filhos.
Lamentável é a mancha negra que as organizações dos médicos dentistas podem estar a deixar, ao colaborarem com toda esta farsa. Será que não terão força alguma para mostrarem claramente ao país de que mais despesas dos nossos impostos está a resultar em pior saúde oral?
2 comentários:
"Será que não terão força alguma para mostrarem claramente ao país de que mais despesas dos nossos impostos está a resultar em pior saúde oral?"
Resposta: não é um a questão de terem ou não força. Não existe é vontade! Já que "mais despesas dos nossos impostos" vão parar aos dentistas.
Muitos parabéns pelo blog que só recentemente descobri!
É realmente esta força anímica que me comove e faz lutar por aquilo que é tão básico como pão para a boca: enquanto houver gente neste país que tente espezinhar o direito à saúde oral, eu não vou desistir.
Já sei que estou na luta contra um monstro de interesses instalados que impedem qualquer tipo de prevenção da saúde oral na infância e adolescência para depois explorarem o máximo que podem quando as pessoas chegam à idade adulta com problemas sem fim nos dentes.
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