A conjugação dos interesses economicistas do Governo e o objectivo da Ordem dos Médicos Dentistas de restringir no futuro o número de médicos dentistas pode vir a causar uma drástica redução da acessibilidade da maior parte da população portuguesa a cuidados de saúde oral nos próximos anos.
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Questionado sobre a possível contratação de mais médicos dentistas para o Serviço Nacional de Saúde, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde Manuel Pizarro garantiu que essa não é a estratégia do Ministério da Saúde. «Essa estratégia significaria que iríamos colocar o Serviço Nacional de Saúde a concorrer com uma rede que já existe por todo o país de consultórios e clínicas de medicina dentária. Do ponto de vista do interesse nacional geral essa não seria uma boa estratégia e iríamos duplicar o investimento ao substituir a cooperação pela concorrência», defendeu.
Para o reeleito bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, a melhoria dos índices de acesso da população aos cuidados de saúde oral é uma das principais prioridades, mas apontou igualmente o excesso de médicos dentistas como um problema a resolver. «Infelizmente esta situação leva muitas centenas de médicos dentistas a ter que procurar outros países para exercer a profissão e obviamente que isto constitui uma frustração para os médicos mais jovens que não vêem grandes possibilidades de exercício da profissão em Portugal e isto constitui um problema gravíssimo», apontou Orlando Monteiro.
Para Orlando Monteiro, o problema resolve-se com a adequação do número de vagas de cada uma das sete faculdades às reais necessidades do país, bem como com uma maior aposta das faculdades na pós-graduações e nos Países Lusófonos, «onde há uma enorme carência de médicos dentistas». «Que as faculdades se orientem mais para a qualidade e não tanto para a quantidade como acontece hoje em dia», rematou.
Para o reeleito bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, a melhoria dos índices de acesso da população aos cuidados de saúde oral é uma das principais prioridades, mas apontou igualmente o excesso de médicos dentistas como um problema a resolver. «Infelizmente esta situação leva muitas centenas de médicos dentistas a ter que procurar outros países para exercer a profissão e obviamente que isto constitui uma frustração para os médicos mais jovens que não vêem grandes possibilidades de exercício da profissão em Portugal e isto constitui um problema gravíssimo», apontou Orlando Monteiro.
Para Orlando Monteiro, o problema resolve-se com a adequação do número de vagas de cada uma das sete faculdades às reais necessidades do país, bem como com uma maior aposta das faculdades na pós-graduações e nos Países Lusófonos, «onde há uma enorme carência de médicos dentistas». «Que as faculdades se orientem mais para a qualidade e não tanto para a quantidade como acontece hoje em dia», rematou.
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Quero expressar, em primeiro lugar e em nome de todos os profissionais de saúde oral que ainda trabalham no Serviço Nacional de Saúde, o maior repúdio pelas declarações e intenções manifestadas pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde Manuel Pizarro. Trata-se de uma concepção completamente à revelia dos interesses da população do país, contra todos os profissionais públicos que ainda temos na área da saúde oral e apenas demonstra o interesse subjacente de desmantelar o que ainda resta do Serviço Nacional de Saúde e criar condições para que a saúde oral fique nas mãos de privados, com ganância absoluta pelo lucro.
Mais: colocar o Serviço Nacional de Saúde a concorrer com uma rede que já existe por todo o país de consultórios e clínicas de medicina dentária seria a melhor forma de promover a qualidade e reduzir custos, favorecendo a população. A concepção de evitar a concorrência é uma ideia contra natura, que todos nós estudamos dos tempos do socialismo da União Soviética e cujos resultados todos sabemos quais foram.
Relativamente à posição de limitar o número de médicos dentistas, trata-se de uma posição contra a Constituição da República e uma clara violação das aspirações dos jovens que queiram vir a exercer a profissão de dentista no futuro; seria uma grave ingerência na regulação do mercado da saúde oral, prejudicaria gravemente a esmagadora maioria da população portuguesa e iria contribuir para o reforço dos já dramáticos contrastes sociais no acesso a cuidados de saúde oral.
Portugal, pelo contrário, necessita urgentemente de alargar a oferta de prestação de serviços de saúde oral de modo a satisfazer as necessidades prementes; tal só será possível com um alargamento ainda substancial do número de médicos dentistas, de modo a chegarem geograficamente às regiões mais periféricas e a contribuírem para uma melhor regulação do mercado afecto à área da saúde, contribuindo para uma melhor qualidade dos serviços prestados e uma redução significativa dos custos.
Resumindo, neste momento ainda existe uma clara insuficiência de médicos dentistas em Portugal e o facto de muitos partirem para o estrangeiro em nada contribui para melhor a saúde oral em Portugal, sobretudo depois de terem sido formados à custa dos nossos impostos.
Uma melhor auto regulação da actividade e a abertura da especialidade nos hospitais públicos e centros de saúde deve ser a primeira prioridade a ter em conta, tanto pelo governo como pela Ordem dos Médicos Dentistas.
Não passa pela cabeça de nenhum pai impedir um filho de querer vir a ser um médico dentista.
Quero expressar, em primeiro lugar e em nome de todos os profissionais de saúde oral que ainda trabalham no Serviço Nacional de Saúde, o maior repúdio pelas declarações e intenções manifestadas pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde Manuel Pizarro. Trata-se de uma concepção completamente à revelia dos interesses da população do país, contra todos os profissionais públicos que ainda temos na área da saúde oral e apenas demonstra o interesse subjacente de desmantelar o que ainda resta do Serviço Nacional de Saúde e criar condições para que a saúde oral fique nas mãos de privados, com ganância absoluta pelo lucro.
Mais: colocar o Serviço Nacional de Saúde a concorrer com uma rede que já existe por todo o país de consultórios e clínicas de medicina dentária seria a melhor forma de promover a qualidade e reduzir custos, favorecendo a população. A concepção de evitar a concorrência é uma ideia contra natura, que todos nós estudamos dos tempos do socialismo da União Soviética e cujos resultados todos sabemos quais foram.
Relativamente à posição de limitar o número de médicos dentistas, trata-se de uma posição contra a Constituição da República e uma clara violação das aspirações dos jovens que queiram vir a exercer a profissão de dentista no futuro; seria uma grave ingerência na regulação do mercado da saúde oral, prejudicaria gravemente a esmagadora maioria da população portuguesa e iria contribuir para o reforço dos já dramáticos contrastes sociais no acesso a cuidados de saúde oral.
Portugal, pelo contrário, necessita urgentemente de alargar a oferta de prestação de serviços de saúde oral de modo a satisfazer as necessidades prementes; tal só será possível com um alargamento ainda substancial do número de médicos dentistas, de modo a chegarem geograficamente às regiões mais periféricas e a contribuírem para uma melhor regulação do mercado afecto à área da saúde, contribuindo para uma melhor qualidade dos serviços prestados e uma redução significativa dos custos.
Resumindo, neste momento ainda existe uma clara insuficiência de médicos dentistas em Portugal e o facto de muitos partirem para o estrangeiro em nada contribui para melhor a saúde oral em Portugal, sobretudo depois de terem sido formados à custa dos nossos impostos.
Uma melhor auto regulação da actividade e a abertura da especialidade nos hospitais públicos e centros de saúde deve ser a primeira prioridade a ter em conta, tanto pelo governo como pela Ordem dos Médicos Dentistas.
Não passa pela cabeça de nenhum pai impedir um filho de querer vir a ser um médico dentista.
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