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Em Setembro, José Carlos recebeu um cheque-dentista para a filha ser observada gratuitamente num consultório privado. A data era de Junho, mas só lhe chegou às mãos três meses depois. Mesmo assim, ligou para o consultório e fez uma marcação. Conseguiu vaga para Novembro.
Semanas depois, recebeu em casa uma carta para pagar a consulta, porque "o cheque-dentista" estava fora do prazo. A queixa seguiu para a ministra da Saúde, através do deputado do PCP Bernardino Soares, mas o cheque careca passado pelo Estado a este pai do Porto não é caso único.
O coordenador do Programa Nacional de Saúde Oral, Rui Calado, admite que já recebeu várias queixas. Mas, como o sistema informático não permite registar vales fora do prazo, refere que não há forma de saber quantos cheques foram entregues pelas escolas após a data, ou quantos pais deixaram passar o limite por descuido. "Se se provar que os atrasos foram nos nossos serviços ou na escolas, tentaremos encontrar uma solução", garante.
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A fórmula mais simples de se humilharem os pais das crianças que recorrem aos cheques-dentistas do Programa Nacional de Saúde Oral, destinados a crianças e jovens.
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