Portugal continua, em pleno século XXI, sem definir uma política estratégica no âmbito da saúde oral. Os governos continuam simplesmente a ignorar a importância da saúde oral para o bem-estar das pessoas e largas centenas de milhares de crianças e jovens continuam sem nenhuma perspectiva de terem acesso a consultas de saúde oral, em tempo útil. O nosso país continua a discriminar a acessibilidade dos cidadãos a cuidados de saúde oral, violando quaisquer princípios da dignidade humana, não respeitando diversas convenções internacionais que assinou, nomeadamente a Carta Universal dos Direitos de Criança.
Actualmente, em Portugal, a saúde oral apenas se encontra acessível às classes sociais privilegiadas, nomeadamente da burguesia e aliada ao poder político e económico vigente; a esmagadora maioria das classes trabalhadoras, pensionistas, reformados e dependentes estão manifestamente impossibilitados de acederem à saúde oral pelo Serviço Nacional de Saúde, que não dá quaisquer respostas às necessidades da população.
Todos sabemos que não existem falta de recursos económicos; o problema reside exclusivamente na péssima administração pública que temos actualmente, pesada e excessivamente administrativa e burocrata, que rouba milhares de milhões de euros anualmente dos nossos impostos para suportar empregos que pura e simplesmente nada produzem para o país; todo esse dinheiro deveria reverter para as necessidades prementes da população e o estado deveria reduzir drasticamente tantos gabinetes cheios de pessoas improdutivas que nada servem para um país, que quer ser moderno e desenvolvido, enquanto persistir o modelo actual da administração pública.
É completamente falsa a ideia de que é extremamente onerosa a criação de uma rede nacional de cuidados de saúde oral em todos os centros de saúde do país; essa concepção mercantilista da saúde não tem qualquer cabimento, pois a saúde não se compra ou vende. Todos sabemos que a prevenção em saúde oral pode poupar uma fortuna infinita de recursos financeiros a médio e longo prazo, pelo que qualquer investimento feito hoje será rapidamente amortizável no futuro, acrescido por elevadíssimos ganhos em termos de melhoria de saúde.
Neste contexto, é extremamente determinante a posição da Ordem dos Médicos Dentistas; esta deverá ter que escolher entre a opção de continuar a deixar estar tudo como está ou se quer realmente contribuir no sentido de mudar radicalmente as politicas de saúde oral seguidas em Portugal.
A escolha é simples: continuar a sermos um país em que só os privilegiados terão acesso à saúde oral, entregue a privados que unicamente têm interesses no lucro e vêem a saúde oral como um negocio (não fazendo absolutamente nada para prevenir e combater as doenças orais, de forma a garantir para si um nicho de mercado a médio e longo prazo, constituindo um travão a qualquer melhoria global da saúde oral da população portuguesa e comportando-se como na generalidade dos países do terceiro mundo, em que os interesses económicos se sobrepõem aos interesses sociais), ou então muda o seu rumo e entende a saúde oral como um bem essencialmente social (não económico), elementar e fundamental para todas as pessoas, lutando pela plena integração da saúde oral no Serviço Nacional de Saúde e pela universalidade do seu acesso a todos os cidadãos, sem qualquer discriminação em função das suas possibilidades económicas e primando por uma clara e manifesta prevenção logo deste a infância.
Estará a Ordem dos Médicos Dentistas à altura das exigências da sociedade civil e população, não se deixar levar pelos interesses do regime político instalado e dos grupos económicos, o primeiro unicamente interessado na caça ao voto e em se eternizar no poder e o segundo unicamente em ganhar dinheiro, em troco da saúde das pessoas?
Actualmente, em Portugal, a saúde oral apenas se encontra acessível às classes sociais privilegiadas, nomeadamente da burguesia e aliada ao poder político e económico vigente; a esmagadora maioria das classes trabalhadoras, pensionistas, reformados e dependentes estão manifestamente impossibilitados de acederem à saúde oral pelo Serviço Nacional de Saúde, que não dá quaisquer respostas às necessidades da população.
Todos sabemos que não existem falta de recursos económicos; o problema reside exclusivamente na péssima administração pública que temos actualmente, pesada e excessivamente administrativa e burocrata, que rouba milhares de milhões de euros anualmente dos nossos impostos para suportar empregos que pura e simplesmente nada produzem para o país; todo esse dinheiro deveria reverter para as necessidades prementes da população e o estado deveria reduzir drasticamente tantos gabinetes cheios de pessoas improdutivas que nada servem para um país, que quer ser moderno e desenvolvido, enquanto persistir o modelo actual da administração pública.
É completamente falsa a ideia de que é extremamente onerosa a criação de uma rede nacional de cuidados de saúde oral em todos os centros de saúde do país; essa concepção mercantilista da saúde não tem qualquer cabimento, pois a saúde não se compra ou vende. Todos sabemos que a prevenção em saúde oral pode poupar uma fortuna infinita de recursos financeiros a médio e longo prazo, pelo que qualquer investimento feito hoje será rapidamente amortizável no futuro, acrescido por elevadíssimos ganhos em termos de melhoria de saúde.
Neste contexto, é extremamente determinante a posição da Ordem dos Médicos Dentistas; esta deverá ter que escolher entre a opção de continuar a deixar estar tudo como está ou se quer realmente contribuir no sentido de mudar radicalmente as politicas de saúde oral seguidas em Portugal.
A escolha é simples: continuar a sermos um país em que só os privilegiados terão acesso à saúde oral, entregue a privados que unicamente têm interesses no lucro e vêem a saúde oral como um negocio (não fazendo absolutamente nada para prevenir e combater as doenças orais, de forma a garantir para si um nicho de mercado a médio e longo prazo, constituindo um travão a qualquer melhoria global da saúde oral da população portuguesa e comportando-se como na generalidade dos países do terceiro mundo, em que os interesses económicos se sobrepõem aos interesses sociais), ou então muda o seu rumo e entende a saúde oral como um bem essencialmente social (não económico), elementar e fundamental para todas as pessoas, lutando pela plena integração da saúde oral no Serviço Nacional de Saúde e pela universalidade do seu acesso a todos os cidadãos, sem qualquer discriminação em função das suas possibilidades económicas e primando por uma clara e manifesta prevenção logo deste a infância.
Estará a Ordem dos Médicos Dentistas à altura das exigências da sociedade civil e população, não se deixar levar pelos interesses do regime político instalado e dos grupos económicos, o primeiro unicamente interessado na caça ao voto e em se eternizar no poder e o segundo unicamente em ganhar dinheiro, em troco da saúde das pessoas?
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