quinta-feira, 17 de julho de 2008

271) Guiné-Bissau: ONG portuguesa Mundo a Sorrir vai abrir clínica dentária e dar consultas gratuitas

A organização não-governamental (ONG) Mundo a Sorrir vai abrir uma clínica dentária na Guiné-Bissau e prestar tratamentos dentários gratuitos a toda a população guineense, disse hoje o seu presidente Miguel Pavão. Criada há três anos, a Mundo a Sorrir é uma associação de médicos dentistas portugueses que se propõe trabalhar na área da saúde oral, especialmente junto das comunidades mais desfavorecidas, excluídas e marginalizadas.
Além de ter projectos em Portugal, a ONG também desenvolve trabalhos na Guiné-Bissau e em Cabo-Verde, países onde voluntários da Mundo a Sorrir prestam cuidados médicos e sensibilizam as populações para a higiene oral. A ideia de abrir uma clínica na Guiné-Bissau surgiu porque a ONG apenas dispunha de uma cadeira de dentista portátil que limitava o trabalho dos voluntários. "Tínhamos dificuldades em trabalhar. O único meio técnico era uma cadeira dentária portátil, que ajuda mas tem limitações", disse hoje à Agência Lusa Miguel Pavão.
A Mundo a Sorrir contactou com o Orfanato Casa Emanuel, em Bissau, "um parceiro no terreno", que se aliou à iniciativa e ofereceu um espaço nas suas instalações para se montar a clínica, indicou o responsável. "Já foi enviada uma cadeira dentária cedida pela Associação Abraço e 15 caixas de material de estomatologia e medicina dentária que o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento nos fretou num contentor", disse o presidente da ONG.
De acordo com Miguel Pavão, no próximo mês seguem para a Guiné-Bissau um grupo de voluntários, entre os quais dois finalistas universitários, que vão instalar a cadeira, devendo a clínica abrir a meio de Agosto. A clínica vai prestar serviço gratuito a toda a população guineense.
Esperando "muita clientela", Miguel Pavão disse que vão ter de ser definidas algumas regras no atendimento, devendo ser dada prioridade às entidades parceiras e aos casos prioritários. Para já, o atendimento prestado será "quase paliativo", centrando-se nos tratamentos de cáries, tratamento da dor, prescrições médicas e nos cuidados com os mais jovens.
"Como têm um consumo de açúcar muito baixo, vale a pena apostar quando não lhes surge a primeira cárie. Até aos 12 anos podemos aplicar-lhes um tratamento que evita aparecimentos de cáries", explicou o responsável.
Além da vertente clínica, outra das apostas da organização é a formação dos técnicos locais e a sensibilização da população para os cuidados com a higiene oral.

2 comentários:

Anónimo disse...

Cito comentários do SAPO NOTÍCIAS sobre o artigo publicado:

-mais valia fazerem isso em Portugal...mais de metade da população tem cáries!!!;

-Acho bem que ajudem quem precisa e já agora também digo, se os dentistas que têm cá consultório não gamassem por exemplo 300 euros para arrancar um siso, paguei eu, teriamos sim uma boa saude dentária em Portugal. Mas é assim, ajudamos a pagar os estudos dos médicos e, verdade se diga que o esforço intelectual é deles, e depois vêm trabalhar e explorar os miseráveis dos tugas que têm que deixar cair os dentes porque não têm dinheiro para os tratar.

Anónimo disse...

1-quem disse que quem paga os estudos dos médicos são os "tugas"
2- sabe se estes são médicos formados pelas Universidades publicas ou se eventualmente, estes MÉDICOS NAO TERÃO PAGO AS PROPINAS, QUE SAO ELEVADAS ELES PROPRIOS????NAS PRIVADAS???
3- se quiser ser sócio da ONG todo o trabalho gratuito é realizado e bem recebido, não só lá fora, mas em bairros carenciados deste Portugal.
4-1º INFORME-SE