O secretário regional dos Assuntos Sociais presidiu, em Angra do Heroísmo, à sessão de apresentação do Estudo Regional de Prevalência das Doenças Orais na População Escolarizada da Região Autónoma dos Açores, iniciado em 2006 pelo Executivo e que revela uma redução da incidência da cárie dentária na juventude açoriana. Segundo Domingos Cunha, o documento, que vai ser entregue a todas as escolas e unidades de saúde açorianas, “demonstra claramente que as medidas implementadas pelo Governo dos Açores e dinamizadas pelo Grupo de Trabalho de Saúde Oral, resultaram favoravelmente no âmbito da saúde oral”.
Integrado no Programa Regional de Saúde Oral, o estudo, elaborado pelos médicos dentistas Ricardo Cabral, Madalena Mont´Alverne e Artur Lima, abrangeu 517 crianças dos seis, 12 e 15 anos, examinadas nas escolas e centros de saúde de todas as ilhas, tendo sido comprovada a redução dos índices de cárie dentária nas populações jovens açorianas. Elogiando o “trabalho criterioso, metódico, com sustentação científica e clínica” realizado pela equipa de rastreio, o secretário regional realçou as particularidades do estudo regional: “primeiro, foi feito por profissionais que exercem a sua actividade na Região; segundo, é o primeiro estudo direccionado na área das doenças orais; terceiro é um estudo que vai de Santa Maria ao Corvo”.
O governante relembrou ainda o “pioneirismo” da Região neste sector, ao ter criado o Boletim Individual de Saúde Oral para os utentes do Serviço Regional de Saúde, através da Portaria nº93/2005, de 29 de Dezembro.
Na apresentação da investigação, o médico Ricardo Cabral realçou o facto de os Açores serem a única das regiões do País que realiza 25 mil consultas por ano, possuindo igualmente uma “política única de reembolsos”. O investigador adiantou que, no âmbito deste projecto, está já preparado o Estudo Regional do Doseamento de Flúor nas Águas de Consumo que pretende abranger as 154 freguesias existentes nos Açores.
Actualmente, existem 108 médicos dentistas existentes na Região, 15 dos quais integrados nos centros de saúde regionais e 14 bolseiros, sete deles com licenciatura concluída.
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Para quando a colocação de uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde oral em cada um dos agrupamentos de centros de saúde em Portugal Continental? Para quando a criação de uma hierarquia que enquadre a prestação de cuidados de saúde oral no país, estabelecendo definitivamente a ligação entre os médicos de família, a escola, os lares e as famílias e as estruturas de saúde oral estatais, convencionadas e privadas existentes no país? Não haverá técnicos suficientes ao nível dos ministérios com a capacidade de estabelecer estas recomendações?
Basta de políticas a avulso e sem qualquer nexo com a realidade no terreno que os governos nos têm vindo a brindar há anos; siga-se, isso sim, uma política de interesse voltado para as populações porque são elas que pagam impostos e têm necessidade que lhes sejam prestados cuidados de saúde.
Basta de políticas a avulso e sem qualquer nexo com a realidade no terreno que os governos nos têm vindo a brindar há anos; siga-se, isso sim, uma política de interesse voltado para as populações porque são elas que pagam impostos e têm necessidade que lhes sejam prestados cuidados de saúde.
Gerofil
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