domingo, 6 de janeiro de 2008

215) Beijo pode transmitir cárie

Seria exagero chamar a cárie de "doenca" e dizer que ela é "contagiosa". De acordo com o dentista Marcelo Rezende, diretor da Smiling Dental Care, nem todas as bactérias encontradas na boca são responsáveis pela cárie, que é uma lesão. Mas uma pessoa infectada com as bactérias da cárie pode abrigar milhares de outros micróbios na boca. Portanto, toda higiene é pouca e o bejjo pode ser o principal meio de transmissão de doenças.
"Certamente, alguns cuidados básicos de higiene podem evitar complicações de saúde, que incluem gengivite, herpes e mononucleose – conhecida como a 'doença do beijo'", diz Rezende. "A bactéria que causa a cárie, chamada Streptococcus mutans, também pode ser transmitida ao se dividir a comida usando o mesmo talher", alerta Laurence R. Rifkin, odontologista da Califórnia.
A bactéria encontra-se geralmente na placa dental das pessoas infectadas. Uma simples prova de saliva pode detectar a bactéria e determinar se a pessoa corre risco de desenvolver cáries. "A escova de dentes, o uso de fio dental e outras formas de higiene bucal são fundamentais para reduzir a quantidade de bactérias que aderem às superfícies dos dentes," diz Rifkin. Aplicação de flúor no consultório também é uma arma poderosa.
Entre as pessoas que correm maior risco de desenvolver cáries estão as que tiveram cáries nos doze meses precedentes, os diabéticos, os hipertensos, os que têm um fluxo de saliva menor e aqueles cujo sistema imunológico esteja deficiente.
O cirurgião-dentista alerta que os bebês também correm grande risco de contaminação. Rezende diz que hábitos maternos, como provar a papinha do bebê com a mesma colher com que servirá a refeição é um dos erros mais comuns.
"Uma simples colher de chá contaminada por uma pessoa infectada pelas bactérias da cárie pode abrigar milhares de micróbios. Dar 'selinhos' na boca do neném, então, nem pensar. Se conseguirmos manter uma criança sem contato com as bactérias da cárie até ela completar nove anos, as chances de nunca ter uma cárie na vida são de 90%", diz o especialista.

Sem comentários: