O programa de Saúde Oral — da responsabilidade da Secretaria Regional dos Assuntos Sociais — vai abranger, a partir deste ano, o concelho do Funchal, único município que ainda não era coberto pela iniciativa. São três mil e 774 alunos de 183 turmas de pré-escolar que vão poder, a partir de agora, usufruir de cuidados de medicina dentária. A primeira fase, a arrancar já em Outubro, abrangerá apenas o pré-escolar mas a intenção é a de, posteriormente, levar o projecto ao 1.º ciclo.Estes dados foram disponibilizados ao JORNAL da MADEIRA, pela Secretaria Regional dos Assuntos Sociais.
O secretário regional, Francisco Jardim Ramos sublinhou a importância deste programa que passa a cobrir cerca de 20 mil alunos de todos os concelhos da Madeira. Destacou a importância da prevenção por forma a evitar que os futuros adultos venham a necessitar de colocar próteses ou fazer outros tratamentos que acabam por sair mais caros. Considerando que este é um programa de sucesso na Região, o titular da pasta dos Assuntos Sociais sublinhou ainda a colaboração prestada por alguns médicos dentistas da Madeira no sentido de fazer com que haja uma maior participação possível da parte das famílias, das escolas e dos alunos.
Segundo os dados disponibilizados ainda pelo secretário regional dos Assuntos Sociais, no ano lectivo de 2006/2007, 12 mil e 141 foram abrangidos. Por concelhos, na Calheta, o programa de saúde oral chegou a 959 alunos. Já na Ponta do Sol, 833 foram alvo da iniciativa num total de 9 escolas. Na Ribeira Brava e em Machico, 1.225 e 1.823, respectivamente, receberam cuidados de medicina dentária. Em Santa Cruz, foram 2.603, as crianças que foram alvo do programa. Já em Santana, 571 crianças mostraram a boca aos dentistas deste programa, assim como 449 em São Vicente. No Porto Moniz, foram 203, as crianças abrangidas, no Porto Santo, 408 e em Câmara de Lobos, 3.067.
Em Junho deste ano, na abertura da X Semana Sorridente, o recém-empossado secretário regional dos Assuntos Sociais traçou uma meta a atingir até 2010 no âmbito do programa de Saúde Oral. Francisco Jardim Ramos definiu que até aquela data, 50 por cento das crianças do ensino pré-primário e básico, deverão estar livres de cárie dentária. Na altura, o presidente da delegação regional da Ordem dos Médicos Dentistas, e membro do grupo de especialistas que integra o programa de Saúde Oral da Madeira admitiu que é possível atingir esta proposta feita pelo secretário regional dos Assuntos Sociais.
Gil Alves lembrou também a importância de se arrancar, o mais breve possível, com o programa de saúde oral no concelho do Funchal, único município que estava de fora e onde o programa não avançou mais cedo por falta de meios humanos.Gil Alves vê agora concretizado este anseio.
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Por alguma razão parece que os programas de saúde oral funcionam na Madeira; o mesmo não se pode dizer no Continente. Tendo como actividade principal ligada ao ensino básico e secundário, nunca vi plas escolas por onde passei (Portugal Continental) qualquer iniciativa de saúde oral. É mesmo de perguntar como são gastos cinco milhões de euros anualmente em programas de saúde oral em Portugal Continental ?
Gerofil
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