quinta-feira, 12 de junho de 2008

257) Açores: Número de crianças sem cáries dentárias aumenta

O número de crianças açorianas com seis anos isentas de cáries dentárias aumentou de 30 para 38 por cento, de acordo com o estudo regional de prevalências orais na população escolarizada, anunciou hoje o Governo Regional.
O secretário regional dos Assuntos Sociais, Domingos Cunha, adiantou que o aumento significativo de médicos dentistas e o acesso dos cidadãos permite a obtenção de “resultados muito positivos, de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde”. “Com a contratação de 15 médicos dentistas para as unidades de saúde de todas as ilhas do arquipélago e o trabalho de mais 108 médicos dentistas do sector privado, existe uma maior oferta que tem sido aproveitada pela população”, explicou.
Segundo Domingos Cunha, os centros de Saúde da região estão a realizar, anualmente, 25 mil consultas de saúde oral e a política de reembolsos para quem utiliza os serviços privados dá um contributo decisivo.
O “Estudo Regional de Prevalência das Doenças Orais na População Escolarizada da Região Autónoma dos Açores em 2005” foi orientado pelos médicos dentistas Ricardo Cabral, Madalena Mont’Alverne e Artur Lima. O estudo examinou 517 crianças das nove ilhas, das quais 250 do sexo masculino (48 por cento) e 267 do sexo feminino (52 por cento) com seis anos (165), doze anos (179) e quinze anos (153). Os resultados permitiram concluir que o índice médio de fluorose dentária nos Açores é de 0.7, sendo as ilhas de São Miguel e Pico as que possuem o índice mais elevado (0.9) e as Flores e o Corvo as que têm o índice mais baixo (0.1).
Quanto à cárie dentária, é de 0.2 nas crianças com seis anos, 2.1 aos doze anos e de 3.6 aos quinze anos. Nas crianças ou jovens com seis anos, doze e quinze anos, o maior índice de cárie dentária verifica-se na ilha do Corvo, enquanto o menor é em Santa Maria (seis e quinze anos) e na ilha do Pico (12 anos).
De acordo com o estudo, a prevalência das crianças isentas de cárie dentária na dentição permanente nos Açores é de 44,9 por cento.
As conclusões do trabalho recomendam a realização de um estudo regional do doseamento de flúor nas águas de consumo, que abranja as 154 freguesias dos Açores. O documento, segundo Domingos Cunha, vai ser entregue a todas as escolas e unidades de saúde açorianas.

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