A directora regional da Saúde dos Açores garantiu, na Horta, que as acções de vigilância na saúde infantil e juvenil, pertinentes e de qualidade, têm um “impacto indiscutível” na vida das crianças. Teresa Brito falava no V Seminário de Saúde Infantil, que decorreu no Faial, numa iniciativa do Centro de Saúde da Horta, e a cuja abertura presidiu em representação do secretário regional dos Assuntos Sociais.
Segundo sublinhou na ocasião, a saúde não depende, porém, somente da prestação de cuidados, uma vez que a “influencia do ambiente social, biofísico e ecológico é também determinante”. Para Teresa Brito, o apoio às crianças com necessidades especiais, em situação de risco ou especialmente vulneráveis, a redução das desigualdades no acesso aos serviços de saúde e o reconhecimento dos pais como primeiros prestadores de cuidados “são aspectos prioritários”.
Lembrou, ainda, que o aumento do nível de conhecimentos e de motivação das famílias, a par da melhoria das condições de vida, “favorecem o desenvolvimento da função parental e tornam possível que os pais e a família a assumam, como direito e dever, competindo aos profissionais facilitá-la e promovê-la”. Disse também que alimentação e saúde infantil constituem problemática actual e fundamental, na medida em que a “aquisição dos hábitos alimentares resulta da obtenção de competências e saberes na infância, com reflexos na melhoria da qualidade de vida ao longo de todo o ciclo vital”.
“As crianças não possuem capacidades inatas que lhes permitam uma escolha discernidas dos alimentos”, sublinhou a directora regional, adiantando que essa opção resulta da “simples apreensão proveniente da experiência, observação e educação”. Nesse âmbito, “o papel de todos nós, enquanto gestores, profissionais de saúde, pais e educadores, assume uma preponderante importância na produção de práticas condizentes a uma alimentação correcta, equilibrada e completa”, observou Teresa Brito.
Destinado a médicos, enfermeiros, professores, educadores de infância, assistentes sociais e psicólogos, este seminário debateu temas como a adolescência, saúde escolar, patologias pediátricas, imunização e vinculação afectiva.
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