A secretária regional dos Assuntos Sociais do Governo em gestão garantiu ontem que não está previsto, a médio prazo, o encerramento de qualquer centro de saúde na Região. Conceição Estudante que falava na apresentação do balanço das actividades relativas a estas unidades de saúde referiu que, neste momento, a principal preocupação é a de proporcionar condições para o bom funcionamento dos centros de saúde existentes.
Crítica quanto aos que entendem que o encerramento destes serviços é uma forma de reduzir custos, a secretária regional dos Assuntos Sociais procurou provar precisamente o oposto, ao afirmar que o efeito pode ser contrário, na medida em que toda a panóplia de cuidados médicos e de enfermagem afectos a um serviço de urgência seja hospitalar, ou num centro de saúde é «objectivamente mais caro, do que a prestação numa situação de consulta médica».
Neste sentido, Conceição Estudante deixou clara a ideia que a redução de custos com a saúde passa, antes de mais, pela aposta na prevenção e na boa prestação de cuidados de saúde primários. Um objectivo que deverá reflectir-se num aumento do número de consulta médicas disponíveis nos centros de saúde.
Conceição Estudante referiu ainda, que nos últimos anos, a taxa de crescimento das despesas do Serviço Regional de Saúde foi inferior à taxa de inflação. Porque a eficácia dos cuidados de saúde prestados nos centros de saúde passa por garantir um número suficiente de médicos de família, a secretária da tutela garantiu, que a Região caminha no bom sentido. Actualmente estão afectos aos centros de saúde 109 profissionais, entre médicos de família e clínicos gerais ao que se soma mais 24 internos, médicos que estão a terminar esta especialidade. Embora o número seja suficiente para os cerca de 114.387 mil utentes que frequentaram, no ano passado, os centros de saúde, não satisfaz a tutela, que pretende fazer subir o número de frequentadores destas unidades.
Segundo os dados divulgados ontem pelo presidente do Conselho de Administração do Serviço Regional de Saúde (SRS) o número de frequentadores corresponde a apenas 42,5 por cento do total de inscritos (269.379), com uma média por frequentador de 3 consultas durante o último ano. No que toca ao total de consultas, o SRS apurou cerca de 334.507 mil actos, dos quais 13.524 mil foram consultas de planeamento familiar, verificando-se, a este nível, um aumento de 5,5 por cento relativamente a 2004.
As consultas domicíliárias registaram um forte crescimento, cerca de 42 por cento durante os últimos dois anos. A medicina dentária foi outra das áreas de maior incremento, com um aumento de 113,9 por cento. Facto relacionado com a extensão do Programa de Saúde Oral a toda a Região, sublinhou Filomeno Paulo.
Tânia Caldeira
Jornal da MadeiraTânia Caldeira
* * *
Embora esta notícia não traga os números de consultas de saúde oral efectuadas na região, pelo menos parece pertinente que esta valência tem abrangido uma maior percentagem da população local.
Já foram aqui apresentados dados relativos à evolução de programas de saúde oral para crianças e jovens no Continente (postagens anteriores). Agradeço quem possa disponibilizar mais estatísticas sobre a evolução no tempo e no espaço do território nacional, sobre saúde oral.
Já foram aqui apresentados dados relativos à evolução de programas de saúde oral para crianças e jovens no Continente (postagens anteriores). Agradeço quem possa disponibilizar mais estatísticas sobre a evolução no tempo e no espaço do território nacional, sobre saúde oral.
Gerofil
Sem comentários:
Enviar um comentário