O ar que se respira, as águas públicas são duas das áreas de intervenção do projecto ambulatório de ambiente e saúde que a Universidade Fernando Pessoa (UFP) se prepara para lançar, no decorrer deste mês, em Ponte de Lima. O arranque de mais um projecto ambulatório não dita o fim da iniciativa que, desde 2003, a UFP dedica à saúde oral e pública e que já totalizou 34603 rastreios à população mais carenciada.
O projecto ambulatório de saúde pública, abrangendo o controlo do colesterol, glicemia e tensão arterial, higiene oral, análises clínicas e terapia da fala, iniciou-se, no distrito de Viana do Castelo e passou, o ano passado, por quatro concelhos do distrito de Braga. O gestor do projecto, Jacinto Durães, faz um balanço global "altamente positivo".
No distrito de Braga, onde o projecto incidiu nos concelhos Guimarães, Braga, Vila Verde e Fafe, foram realizados 4784 rastreios. "Conseguimos satisfazer as populações que nos procuraram, mas também as escolas, infantários e lares de terceira idade" afirma Jacinto Durães, que considera que, com este projecto, a Universidade dá um sinal de que "quer chegar às pessoas".
As áreas mais procuradas são as análises clínicas e da saúde pública (colesterol e glicemia), a par do controlo da tensão arterial, descreve o gestor do projecto ambulatório. "Encontramos muita gente com colesterol e glicemia elevados, bem como a tensão arterial" aponta. Para todas as instituições e estabelecimentos de ensino abrangidos, foi enviado um relatório sobre as patologias encontradas. Além das populações, o projecto envolveu centenas de alunos de enfermagem, análises clínicas, medicina dentária e terapia da fala.
Depois do distrito de Braga, no ano lectivo de 2005/6, o projecto seguiu para Baião. Jacinto Durães garante que o ambulatório de saúde pública "é para continuar", em parceria com as autarquias locais. "Dada a importância que tem, o projecto ambulatório de saúde pública é reclamado por outras zonas do país" refere aquele responsável.
O projecto já extravasou fronteiras. Durante o mês de Agosto do ano passado, uma equipa de licenciados em medicina dentária, enfermagem, fisioterapia e análises clínicas esteve em Angola. Os licenciados da UFP deram formação nestas áreas a técnicos de saúde (282 no total) e fizeram rastreios de higiene oral e análises clínicas em dois hospitais e dois centros de saúde.
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