terça-feira, 29 de abril de 2008

245) Saúde Oral: Crianças terão direito a cheques-dentista no próximo ano

As crianças portuguesas vão ser abrangidas no próximo ano pelos cheques-dentista, que dão aos utentes do Serviço Nacional de Saúde direito a consultas ou tratamentos em clínicas ou consultórios privados, anunciou à Lusa o bastonário dos Médicos Dentistas.
Ainda não há uma decisão sobre quais as faixas etárias que terão direito a estes cheques-dentista, mas as crianças dos seis aos 12 anos deverão ser abrangidas. Segundo o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), Orlando Monteiro da Silva, também não está definido qual o valor desses cheques.
A Ordem está ainda a negociar com o Ministério da Saúde o envolvimento de outros grupos de pessoas, como os diabéticos, neste programa que dá acesso aos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a tratamentos de saúde oral em privados.
No próximo mês deverão começar a ser usados os cheques-dentista para grávidas e idosos. De acordo com Orlando Monteiro da Silva, aderiram até ao momento a este programa mais de dois mil dentistas e estomatologistas um pouco por todo o país. A lista de todos os consultórios e clínicas pode ser consultada na página da Internet da Direcção-Geral da Saúde (www.dgs.pt) e a escolha cabe apenas ao utente.
Cada grávida seguida no centro de saúde terá direito a três cheques-dentista, num valor máximo total de 120 euros. O programa prevê abranger 65 mil grávidas. Os idosos beneficiários do complemento solidário poderão usufruir de um máximo de dois cheques-dentista, num total anual de 80 euros.
Consoante os casos, são requisitos fundamentais um atestado de gravidez ou um comprovativo da situação de beneficiário do complemento solidário emitido pelo Instituto de Segurança Social. Os dados da Ordem dos Médicos Dentistas estimam que haverá 195 mil consultas para grávidas (num total de 7,8 milhões de euros) e de 190 mil consultas para idosos (num total de 7,6 milhões de euros). Se houvesse uma distribuição equitativa dos cheques pelos médicos dentistas aderentes, cada clínico teria proveitos superiores a 6.800 euros anuais.
RTP

segunda-feira, 28 de abril de 2008

244) Pacientes com bulimia e anorexia nervosa sofrem de desgaste dentário

A bulimia e a anorexia nervosa são transtornos psiquiátricos ligados à alimentação que causam diversos problemas de saúde aos seus portadores. Mas além do já conhecido comprometimento nutricional, pacientes que provocam vômito com freqüência expõem sua dentição a ácidos gástricos, sofrendo erosão dentária, como mostra um estudo da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP.
A cirurgiã dentista Juliana Julianelli avaliou 30 pacientes do Grupo de Assistência aos Transtornos Alimentares (GRATA) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC/FMRP) da USP e chegou a um resultado preocupante: todos eles mostraram algum grau de desgaste, problema que em níveis mais altos pode levar até à perda dos dentes afetados. Dentro do índice utilizado, que vai de 0 a 4, quase 70% dos pacientes apresentavam nível 2, que corresponde a um desgaste moderado, quando a erosão afeta o esmalte e a dentina.
E 13% estavam em situação ainda mais grave: desgaste de nível 4, com severo comprometimento da dentina e também da polpa (parte interna do dente). “Houve casos em que a pessoa teve de fazer tratamento de canal em quase todos os dentes, pois os nervos já estavam expostos”, conta Juliana.
Não foi comparada estatisticamente a prevalência de desgaste dentário nos pacientes com transtorno alimentar e na população em geral, mas, pela experiência da pesquisadora, ficou claro que o primeiro grupo sofre bem mais com o problema.
Desinformação - A divulgação do estudo pode contribuir para um melhor preparo dos profissionais de saúde bucal para lidarem com estes pacientes. “Alguns dentistas inclusive dão orientações erradas, dizendo, por exemplo, para o paciente escovar os dentes logo após o vômito. As pastas de dentes contêm abrasivos que podem intensificar o desgaste e o melhor seria esperar um tempo antes do seu uso”, explica a pesquisadora.
Estão em curso na própria FOB pesquisas em busca de um agente terapêutico que minimize o problema para ser aplicado nos dentes destes pacientes. “Assim que os resultados forem concluídos, pretendemos levar este tratamento para os pacientes do GRATA que avaliamos”, revela a dentista.
Transtornos alimentares - A anorexia nervosa caracteriza-se por uma procura incansável pela magreza, levando o paciente a uma severa e auto-induzida perda de peso, utilizando recursos extremos como longos períodos de jejum, exercícios físicos excessivos, vômitos voluntários, uso de laxantes, diuréticos ou moderadores de apetite. Há distorção de imagem corporal e os ciclos menstruais ficam interrompidos por no mínimo três meses.
Já a bulimia nervosa apresenta-se como uma sensação de completa perda de controle alimentar em que o paciente ingere compulsiva e indiscriminadamente grandes quantidades de alimentos em um período muito curto de tempo. Esta ingestão é seguida de um sentimento de culpa, vergonha e medo de engordar, levando-o a induzir o vômito, em geral várias vezes ao dia, bem como ao uso de laxantes, diuréticos ou inibidores de apetite e à prática de exercícios físicos de maneira exagerada.

sábado, 26 de abril de 2008

243) Periodontite pode levar à perda dos dentes

Todas as pessoas reconhecem que o sorriso serve como um verdadeiro cartão de visitas. No entanto, a má escovação, problemas hormonais e hereditários podem acarretar uma inflamação dos tecidos bucais, conhecida por periodontite, que se não for tratada na fase inicial pode levar à queda dos dentes.
“O maior problema da periodontite é, por se tratar de uma doença sem nenhuma sintomatologia dolorosa, o paciente não sente dor, achando que está tudo bem e não procura tratamento nos estágios iniciais”, esclarece o dentista Sidnei Goldmann.
De acordo com os especialistas, a periodontite é resultado do acumulo de bactérias sobre a gengiva que destrói as fibras da arcada dentária, causa sangramento, mobilidade do dente, detrimento ósseo e, em alguns casos, a perda do dente. Assim, a má escovação faz com que o alimento permaneça na boca e aumente a placa bacteriana.
Entre as mulheres, na época da menopausa, naturalmente, aumenta o número de germes bucal que podem proceder a periodontite. Também se deve alertar que as grávidas devem se prevenir para na repassar aos filhos bactérias danosas. Estudos comprovam clinicamente que os bebês podem herdar microorganismos da mãe e ficar propício a uma inflamação bucal.
O tratamento básico contra a inflamação dos tecidos bucais é a remoção da placa de germes (tártaro) por meio da raspagem da gengiva e raiz do dente. A perda dentária precoce é grave. A orientação é não deixar o quadro se agravar para, daí, procurar o auxílio de um especialista. De acordo, com Goldman, o conceito de que tudo o que é tratado antes tem maior probabilidade de cura também serve para a saúde bucal.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

242) Espaço Saúde: Qual a maneira correta de usar o fio dental?

Quando usado corretamente, o fio dental remove a placa bacteriana e os resíduos de alimentos das áreas onde a escova dental não tem acesso fácil, como, por exemplo, a linha da gengiva e as áreas entre os dentes. O uso diário do fio dental é altamente recomendável uma vez que a placa bacteriana pode levar ao aparecimento de cáries e doenças gengivais.
Para usar o fio dental de maneira correta faça o seguinte: Enrole aproximadamente 40 centímetros do fio ao redor de cada dedo médio, deixando uns dez centímetros entre os dedos. Segurando o fio dental entre o polegar e indicador das duas mãos, deslize-o levemente para cima e para baixo entre os dentes. Passe cuidadosamente o fio ao redor da base de cada dente, ultrapassando a linha de junção do dente com a gengiva. Nunca force o fio contra a gengiva, pois ele pode cortar ou machucar o frágil tecido gengival.
Utilize uma parte nova do pedaço de fio dental para cada dente a ser limpo. Para remover o fio, use movimentos de trás para frente, retirando-o do meio dos dentes.
Que tipo de fio dental devo usar? Existem no mercado fios dentais de nylon, encerados ou não, com uma grande variedade de sabores. Como esse tipo de fio é composto de muitas fibras de nylon, ele pode, às vezes, rasgar-se ou desfiar, especialmente se os dentes estiverem muito juntos. Embora mais caro, o fio de filamento único (PTFE) desliza facilmente entre os dentes, mesmo com pouco espaço, e não se rompe. Usados de maneira adequada os dois tipos de fio removem a placa bacteriana e os resíduos de alimentos.
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1) Use aproximadamente 40 centímetros de fio,
deixando um pedaço livre entre os dedos.
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2) Siga, com cuidado, as curvas dos dentes.
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3) Assegure-se de limpar além da linha da gengiva,
mas não force demasiado o fio contra a gengiva.


terça-feira, 15 de abril de 2008

241) NA PRAIA DA VITORIA - Rastreio dentário aos mais novos

A Escola Básica e Integrada Francisco Ornelas, na Praia da Vitória, está a ser palco de uma iniciativa de sensibilização para a saúde oral, levado a cabo pela dentista Carla Vilas Boas e colaboradoras, da clínica MedicAngra. O objectivo é fazer um rastreio e elaborar um relatório para entregar aos encarregados de educação sobre o estado das bocas das crianças, uma vez que se encontram numa fase crítica de transição de dentes.
Esta avaliação vai abranger 300 crianças do primeiro ciclo do ensino básico. A equipa médica trabalha todas as quintas-feiras pela manhã e atende entre 25 a 30 crianças por dia, até ao mês de Maio.
“Dentinho Feliz” - Este rastreio partiu de uma iniciativa privada, no caso da clínica MedicAngra, na cidade de Angra do Heroísmo, onde a sua responsável, Carla Vilas Boas, viu interesse em perceber a realidade local sobre a saúde e higiene oral. ‘Dentinho Feliz’ foi o nome dado ao projecto que tem como principal objectivo “perceber o estado da saúde dentária das crianças, incutir conceito importantes de higiene oral, desmistificar a figura do médico dentista nas mentes das crianças”.
As idades em causa neste estudo, entre os 6 e os 12 anos, são ainda uma incógnita para os dentistas da região, uma vez que “a maioria nunca foi a um médico dentista, e nem a classe sabe muito bem como se encontram as bocas destas crianças”. Na verdade isso remete-nos para um problema pior, “ao pais das crianças não têm consciência de como vai a saúde oral dos seus filhos”, isto porque existe a ideia de que enquanto os dentes de lente existirem, não é necessário haver consultas e acompanhamento de profissionais.
De acordo com Carla Vilas Boas essa ideia é completamente errada porque “a transição de uma dentição para outra é gradual e neste processo acontecem problemas que se agravam com o crescimento, como má formação de dentes, cáries que passam dos dentes de leite para os definitivos, entre outros mais graves ainda”. As crianças estão animadas e estando num meio que conhecem, a escola, sentem-se seguras, não havendo os problemas de medo que acontecem nos consultórios.
Depois de um diagnóstico, identificação dos problemas existentes e catalogação dos dentes definitivos, são transmitidos conselhos aos jovens e principalmente são “incentivados a consultar um dentista com regularidade”. Como prémio de participação e forma de estimular as crianças é distribuído um livro didáctico, uma escova, uma pasta de dentes e um balão. Os resultados não têm sido animadores, são muitos os problemas e muitas as crianças que deveriam ter um acompanhamento efectivo e maior quer por profissionais, quer mesmo pelos pais no incutir de melhores hábitos de higiene oral.
No diploma final a ser distribuído às crianças para entregarem aos encarregados de educação vai mencionar os problemas que foram detectados para que possam ainda ser solucionados a tempo. “Existem consultas gratuitas nos centros de saúde e que devem ser utilizadas pelos pais para prevenir este tipo de problemas nas crianças, com esta iniciativa quero fazer sentir nos pais a necessidade de consultar um médico dentista”, refere a responsável.
Cáries, tártaro e má formação ou crescimento de dentes definitivos são os problemas mais recorrentes. “Na grande maioria devem-se a maus hábitos e práticas de higiene oral, outros são involuntários e precisam de ajuda profissional para evitar complicações futuras e tratamentos mais longos e dispendiosos”. As escolas também devem assumir um papel na educação de melhores práticas na higiene oral, não só de forma informativa mas de forma mais activa. A grande maioria das crianças faz uma refeição na escola e não têm forma de proceder à limpeza dos dentes, principalmente ao mais novos.
“Esta iniciativa só foi possível com os apoios de algumas empresas privadas, com a participação e empenho da Escola Básica e Integrada da Praia da Vitória, com a colaboração da Clínica médica da Praia e com a participação das minhas colaboradoras na MedicAngra”, conclui Carla Vilas Boas.
Fernando Pereira (fernandopereira@auniao.com)
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Aqui fica o justo reconhecimento pela iniciativa. Que outras entidades saibam dar o mesmo exemplo no resto do país.
Gerofil

domingo, 13 de abril de 2008

240) Há casos de morte causada por piercing

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro, explicou à Lusa que «o piercing na língua não tem uma relação directa com o cancro na língua mas existem casos de morte provocados por estes piercings, apesar de não serem muitos».
«Esta (projecto de lei) é uma proposta extremamente sensata, porque estes piercings apresentam riscos acrescidos para a saúde, nomeadamente hemorragias, infecções e fracturas nos dentes, para além de serem difíceis de higienizar. A serem feitos, deveria ser por médicos», explicou o bastonário, referindo que são os únicos a quem reconhece o conhecimento para tal.
Portugal Diário

quinta-feira, 10 de abril de 2008

239) Dente do siso: sinónimo de problemas

Os dentes do siso, como são conhecidos, são os últimos molares de cada lado dos maxilares e surgem por volta dos 18 anos, quando, presume-se que, o indivíduo adquire a maioridade e o juízo. Porém, em sua maioria, os dentes do juízo encontram uma série de problemas para nascer.
Os problemas mais comuns acontecem quando o dente está total ou parcialmente envolto por tecido ósseo e gengival e não consegue nascer normalmente. O dente totalmente retido pode provocar a reabsorção da raiz do dente vizinho, o aparecimento de cistos odontogênicos e ainda tumores, como o ameloblastoma.
Quando parcialmente erupcionado pode provocar a infecção da mucosa sobre o dente onde houve infiltração de bactérias. Nestes casos há a possibilidade de remoção dos dentes ou acompanhamento odontológico. "Nos casos em que o paciente não apresenta nenhuma sintomatologia, a remoção não é necessária, é feito apenas um acompanhamento clínico e radiográfico", explica Prisco Bortholi, professor de odontologia da Umesp (Universidade Metodista de São Paulo).
A visita periódica ao dentista é a melhor maneira de evitar complicações do mau posicionamento dos dentes do siso, já que não há possibilidade de se prevenção. Atualmente, a remoção de dentes retidos tornou-se um procedimento cirúrgico de rotina. Na maior parte dos casos a remoção é de rápida execução e confortável para os pacientes. Geralmente, pacientes mais jovens toleram melhor o procedimento.
Boa parte dos casos de dentes retidos devem-se ao fato de demorarem a nascer e quando no período normal para surgir não encontrarem espaço suficiente. Essa falta de espaço pode ser por um fator hereditário ou ainda devido a evolução da espécie. É comum membros de uma mesma família apresentarem dentes retidos de forma semelhante e com a evolução do homem, os ossos da maxila e a mandíbula diminuíram, já que a alimentação moderna, composta por alimentos pastosos e cozidos, não exige estruturas maiores.

domingo, 6 de abril de 2008

238) Pesquisadores detectam sinais de osteoporose a partir de simples radiografia panorâmica da boca

A partir da radiografia panorâmica da boca de pacientes, pesquisadores da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão estão conseguindo identificar sinais de osteoporose, doença provocada pela perda de massa óssea, considerada uma epidemia mundial pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A perda de massa óssea atinge no mundo uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens, segundo a International Osteoporosis Foundation. Os dentistas não vão tratar da doença, mas, sabendo reconhecer, podem orientar os pacientes, como já acontece com o diabetes, a hipertensão e uma série de outros problemas que são pegos em exames odontológicos.
Testes com animais feitos por pesquisadores da Forp mostraram até agora que o café em doses excessivas (acima de seis xícaras por dia) pode aumentar as chances de osteoporose em mulheres jovens e acima do peso (grupos que seriam menos vulneráveis ao problema). Segundo os pesquisadores, nas primeiras duas etapas da pesquisa laboratorial, as cobaias que tomaram a bebida tiveram um aumento de até 20% na eliminação diária de cálcio. Para saber se a cafeína é a substância responsável pela perda - o que colocaria outros alimentos como refrigerantes na lista de perigo -, os pesquisadores estão agora injetando nas cobaias a substância pura, em doses proporcionais às encontradas no café.