Programa de Incentivo para a Educação em Saúde Oral (PIESO) arranca no próximo ano lectivo em 21 estabelecimentos de ensino. Um projecto que integra cadernos educativos com actividades para o 1.º e 2.º ciclos e sugestões para o 12.º ano.
A saúde oral é essencialmente um problema comportamental e, por isso, há dicas importantes que devem ser assimiladas o mais cedo possível. A higiene oral até pode ser um tema que passa ao lado de determinados planos curriculares, mas é ponto de honra para quem trabalha na área.
A saúde oral é essencialmente um problema comportamental e, por isso, há dicas importantes que devem ser assimiladas o mais cedo possível. A higiene oral até pode ser um tema que passa ao lado de determinados planos curriculares, mas é ponto de honra para quem trabalha na área.
A pensar na promoção de cuidados de saúde oral na comunidade escolar - sem nunca esquecer o trio fundamental da prevenção, formação e educação -, a União Portuguesa de Prevenção Oral (UPPO) prepara-se para colocar o assunto na ordem do dia. Ou seja, a saúde oral vai entrar no circuito de 21 escolas do Norte do país já no próximo ano lectivo. O processo está ainda numa fase de elaboração, mas a missão já tem um nome.
Programa de Incentivo para a Educação em Saúde Oral (PIESO) é o nome do projecto que vai colocar a saúde oral em destaque no 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico e no Secundário. Acções de educação e motivação para a saúde oral estão assim na lista da UPPO, num trabalho de parceria que envolve a Administração Regional de Saúde do Norte e a Direcção Regional de Educação do Norte. O PIESO engloba ainda acções de formação em centros de saúde a profissionais da área e a equipas de saúde escolar, de forma a promover a interacção entre os diversos intervenientes.
O presidente da UPPO, Mário Rodrigues, explica como o programa será aplicado no terreno a turmas do 2.º ano de escolaridade do 1.º ciclo, do 5.º ano do 2.º ciclo e a alunos do 12.º ano. As crianças mais novas do 1.º ciclo, de seis escolas do Porto, terão três sessões orientadas por técnicos da UPPO e no final poderá ser apresentada uma peça de teatro, para que os cuidados a ter com os dentes estejam presentes no dia a dia. As acções têm um importante suporte. "Os cadernos educativos correspondem a actividades em saúde oral", adianta o responsável. A avaliação será feita através de questionários e alguns testes epidemiológicos.
O 5.º ano do 2.º ciclo é contemplado com dez sessões, duas das quais a cargo de técnicos da UPPO. "As restantes oito serão dadas pelos professores". Os docentes são também um público-alvo do PIESO ou não fossem uma peça fundamental da comunidade escolar. Para este nível de ensino, há também cadernos de apoio educativo para orientar as actividades e estão previstas duas sessões, de duas horas, para educadores e pais.
No 12.º ano, o objectivo é lançar desafios na Área de Projecto. O PIESO entra em cena para que os alunos do Secundário possam agarrar algumas ideias em nome de uma saudável cultura de saúde oral. Aqui a intervenção da UPPO é mais de consultadoria. E ideias não faltam. Criar um dicionário de saúde oral ou um guia prático sobre o tema. Idealizar jogos educativos ou planear acções de sensibilização para os mais pequeninos. Ocupar uma coluna do jornal da escola com o assunto ou criar uma história infantil sobre a higiene oral. Estes são alguns dos trabalhos possíveis.
As actividades do 2.º ciclo e do Secundário envolverão 15 escolas dos distritos da área de influência da Administração Regional de Saúde do Norte. O PIESO da UPPO, que trabalha em prol da implementação de uma cultural de saúde oral de uma forma integrada, conta com várias parcerias institucionais, nomeadamente a Associação Nacional de Professores e a Confederação Nacional das Associações de Pais.
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Mais uma iniciativa em prol da educação para a saúde oral. Mas reparem que, em todo o projecto, não se refere que todos os alunos serão previamente observados e tratados por técnicos de saúde oral. Pergunto: qual o interesse em integrar estes programas de saúde oral nos currículos dos alunos se não é feito um diagnóstico previamente e permitido o tratamento dentário a todas as crianças e adolescentes antes da aplicação da iniciativa?
Obviamente primeiro há que tratar da saúde e depois sim fazer prevenção; o contrário é andar com a carroça à frente dos bois.
Obviamente primeiro há que tratar da saúde e depois sim fazer prevenção; o contrário é andar com a carroça à frente dos bois.
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