Pelo menos 310 mil alunos do ensino fundamental da rede pública devem começar o ano letivo de boca aberta para garantir um sorriso bonito em 2008. Segundo a gerência do programa Dentistas nas Escolas, o edital para contratação da Organização Social que vai oferecer os profissionais de saúde bucal para trabalhar nos colégios, sai até a próxima semana.
Nos planos do governo, dentro de pouco mais de um mês, a escolha da organização capacitada também deve ser anunciada e o serviço poderá ser prestado de imediato. “Estamos trabalhando contra o tempo. Ainda não temos como garantir a data para o início dos tratamentos. Mas, no ritmo que estamos, com certeza será bem antes do final do semestre”, diz o gerente da Pasta, o dentista Reinaldo Maia.
A idéia inicial é contratar cerca de 650 profissionais de saúde bucal (entre dentistas, secretárias, auxiliares e técnicos) para trabalhar nas 123 escolas que abrigam estudantes de seis a 15 anos. Por enquanto, 35 escolas já estão equipadas para atender os alunos e até o final de fevereiro outras 57 engrossarão a lista das credenciadas. As escolas, que funcionarão em período integral, devem ser as primeiras a serem equipadas para o atendimento.
Nestas, a ordem é trabalhar no contra-turno das aulas e nas demais os tratamentos serão agendados no mesmo período das atividades escolares. De acordo com a gerência do programa, a idéia é evitar que os alunos deixem de fazer o tratamento por falta de condução.
O governo quer que até 2010 todas as cerca de 400 escolas públicas do DF sejam atendidas com os serviços do Dentistas nas Escolas. “Nem todas terão consultórios fixos, em alguns casos vamos atender com traillers itinerantes”, explica Reinaldo Maia.
Com o programa, o governo espera diminuir pela metade o índice de tratamentos curativos, mantendo os gastos apenas com prevenção e educação de higiene bucal. “Além de economia no bolso, garantimos auto-estima e saúde ao aluno. O que é muito importante no processo de aprendizagem”, avalia Maia.
Com a iniciativa de levar dentistas para as escolas, o governo vai diminuir também a demanda pelos profissionais nos centros de saúde, ampliando a oferta para idosos, adultos e crianças de zero a seis, fora da faixa etária atendida pela rede pública de ensino. “Se aumentarmos os atendimentos daqueles que ainda não atingiram a idade escolar, quando chegarem nas escolas não precisarão enfrentar tratamentos curativos mais sérios. Ficamos só com limpeza e prevenção”, prevê Reinaldo Maia.
Dentro do projeto governamental, ainda está o treinamento de professores e orientadores educacionais para trabalhar na frente de batalha da prevenção de doenças bucais.“Logo que iniciarmos o ano, vamos oferecer oficinas para qualificar os professores para atuarem em parceria com os dentistas. Já estamos estudando uma maneira de fazer isso sem interferir na rotina das escolas”, garantiu o gerente do programa.
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Será que no Ministério da Educação e da Saúde em Portugal também são capazes de pensar e agir desta forma ? Chega de burocracia e burocratas inúteis para a sociedade e que estão dentro dos ministérios; atribuam essas funções aos professores que estão nas escolas e certamente vão poupar largos milhões de euros no futuro.
Gerofil
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