sábado, 20 de dezembro de 2014

645. Como Branquear os Dentes com Bicarbonato de Sódio

Quer dentes mais brancos sem ter que gastar dinheiro em tratamentos e produtos caros? Por sorte, há um produto caseiro comum que faz maravilhas no clareamento dentário: bicarbonato de sódio! O bicarbonato de sódio é um abrasivo leve que remove com eficácia as manchas nos dentes causadas por chá, café, cigarros e outras coisas. Saiba como fazer isso.
Método 1 de 2: Básico
1 – Misture o bicarbonato de sódio com água. Em uma pequena xícara, misture meia colher de chá de bicarbonato de sódio com meia colher de chá de água. Misture para formar uma pasta. Mergulhe sua escova de dentes na xícara, para cobrir as cerdas com a pasta de bicarbonato de sódio.
Como alternativa, você pode colocar a escova de dentes húmida directamente no bicarbonato de sódio e o pó irá se prender nas cerdas. Porém, o gosto do bicarbonato será muito forte se você usar este método.
2 – Escove os dentes de um a dois minutos. Escove seus dentes como você normalmente faria, mas concentre-se em passar a escova em todas as aberturas e reentrâncias. Não escove os dentes por mais de dois minutos, já que o bicarbonato de sódio é um abrasivo leve e pode começar a corroer o esmalte dos seus dentes.
Esteja ciente de que o gosto do bicarbonato de sódio não é particularmente agradável!
3 – Enxagúe. Cuspa o bicarbonato de sódio e enxagúe a boca com água ou enxaguante bucal. Lave bem a sua escova de dentes também.
4 – Repita em dias alternados. Você deve repetir o processo de escovação dos dentes com bicarbonato de sódio em dias alternados de uma a duas semanas. Você irá perceber uma leve diferença entre a cor dos seus dentes depois de alguns dias e uma diferença substancial depois de duas semanas.
Depois de duas semanas escovando os dentes com bicarbonato de sódio em dias alternados, você diminuir a frequência para apenas uma ou duas vezes por semana. Isso é porque as propriedades abrasivas do bicarbonato de sódio podem danificar o esmalte dos seus dentes se o bicarbonato for usado com muita frequência.
Esteja ciente de que escovar seus dentes com bicarbonato de sódio não deve substituir a escovação com a pasta de dente. A pasta de dente contém flúor, que é importante para fortalecer os dentes e prevenir cáries.
Método 2 de 2: Alternativos
1 – Misture o bicarbonato de sódio com água oxigenada. Água oxigenada também é outro excelente produto que temos em casa e que pode ser usado para clarear os dentes com eficácia. Basta misturar meia colher de chá de água oxigenada com uma colher de chá de bicarbonato de sódio para formar uma pasta que lembra a consistência de uma pasta de dente. Escove os dentes com esta mistura, depois deixe agir nos dentes por um ou dois minutos. Enxagúe com água ou enxaguante bucal.
A água oxigenada pode ser encontrada na maioria das farmácias e é geralmente vendida em frascos opacos, para prevenir que a solução reaja com a luz. Certifique-se de comprar uma solução de 10 volumes, que é segura para o uso oral.
A água oxigenada também é um eficaz enxaguante bucal anti-bacteriano.
2 – Misture o bicarbonato de sódio com suco de limão. O bicarbonato pode ser misturado com suco de limão fresco, já que o ácido cítrico é um eficaz agente alvejante. Basta misturar meia colher de chá de bicarbonato de sódio com meia colher de chá de suco de limão fresco. Escove esta mistura em seus dentes usando uma escova de dentes e deixe agindo por cerca de um minuto antes de escovar bem.
Esteja ciente de que a maioria dos dentistas não recomenda este método, já que o ácido cítrico é corrosivo e irá danificar seus dentes.
3 – Misture o bicarbonato de sódio com a pasta de dentes. Você pode misturar um pouco de bicarbonato de sódio com a sua pasta de dentes comum para ter os efeitos alvejantes do bicarbonato de sódio, combinados com as propriedades fortificantes e de protecção do flúor existentes na pasta de dentes. Basta colocar a quantidade normal de pasta de dentes em sua escova de dentes, salpicar um pouco de bicarbonato de sódio em cima, depois escovar normalmente.
Dicas:
Certifique-se de não escovar a sua gengiva, já que isso pode causar uma sensação de ardor e sangramento.
Usar uma escova de dentes eléctrica irá ajudar você a escovar seus dentes mais rapidamente e de forma mais eficaz.
Depois de escovar seus dentes, escove sua língua. O mau hálito apenas tem relação com os dentes quando estes estão com pedaços de comida e placa. A principal causa do mau hálito são as bactérias crescendo nas gengivas. Tente escovar levemente toda a superfície interna da sua boca (excepto a garganta) depois de bochechar o enxaguante, logo antes de enxaguar.
Avisos:
O bicarbonato de sódio pode dissolver a cola ortodôntica. Não use este método se você usar aparelho ortodôntico ou uma contenção.
Não use este método frequentemente, já que a abrasão pode danificar permanentemente o esmalte dos seus dentes. Há certas marcas especiais de pasta de dente (geralmente para os fumantes) que contém abrasivos muito mais suaves do que o bicarbonato de sódio. Elas podem ser usadas diariamente sem risco para a saúde dos seus dentes e ajudam a remover não apenas as manchas causadas pelo fumo, mas também aquelas causadas pela ingestão de café, chá e vinho.
Não escove seus dentes com muita força, já que isso pode danificar o esmalte dos seus dentes, causando hipersensibilidade.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

644. Metade dos portugueses vai ao dentista menos de uma vez por ano

De acordo com os dados divulgados no Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas, 8,3% dos inquiridos nunca foi ao dentista e 21,2% diz que só vai quando tem um problema dentário, uma urgência ou dor. Dos mais de mil entrevistados, 20,9% revelaram ter diminuído o número de visitas ao dentista no último ano, com a questão monetária "a ser o principal motivo evocado para não ir".
São menos de um quarto os portugueses que indicam ir ao dentista duas ou mais vezes por ano, enquanto cerca de metade (48,8%) dos portugueses afirma realizar um 'check-up dentário' menos de uma vez por ano. Dos inquiridos, 51,5% acreditam que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não disponibiliza serviços de medicina dentária e apenas 10,2% já recorreram a unidades públicas quando precisam de serviços de saúde oral.
Num comentário a estes resultados, o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas considerou que Portugal "precisa de trabalhar no acesso dos portugueses ao médico dentista", criando "mecanismos que ajudem as pessoas a poder" tratar da saúde oral. "Não há em Portugal possibilidade de a generalidade da população fazer um acompanhamento adequado da saúde. O país já tinha um problema de acessibilidade, porque o SNS nunca deu resposta a esta área. Como não há mecanismo que comparticipe ou ajude os portugueses à consulta regular, os portugueses pagam do seu bolso estas consultas. E com a crise económica é afectada a capacidade da população que tinha acesso ao dentista", resumiu Monteiro da Silva.
As conclusões do primeiro Barómetro Nacional de Saúde Oral mostram ainda que 70% dos portugueses têm falta de dentes naturais, sendo que mais de 20% tem falta de pelo menos 10 dentes e 7% da população portuguesa não tem qualquer dente natural. O barómetro revela também que "56,1% dos portugueses que têm falta de dentes naturais não têm nada a substituí-los". Apenas 7,7% têm dentes substitutos fixos, sendo que os restantes 36,2% possuem prótese. "Metade dos inquiridos admite que já sentiu dificuldades em comer e/ou beber devido a problemas na boca e nos dentes e 18% confessa que já se sentiu envergonhado por causa da aparência dos seus dentes", constatam.. 
Sobre os hábitos de sáude oral, o estudo revela que os portugueses cumprem o básico "mas poucos têm hábitos mais sofisticados". "Se 97,3% afirma ter por hábito escovar os dentes, contudo, 54,4% não usa elixir e 76,2% admite não usar fio dentário. Dos que escovam os dentes, 72,7% fazem-no duas ou mais vezes por dia", especifica o documento.
Os resultados do barómetro também permitem concluir que "as mulheres apresentam taxas de hábitos de higiene e limpeza superiores aos homens". "A falta de dentes naturais, com exceção dos dentes do siso, está correlacionada com o hábito de escovar os dentes, na medida em que quantos menos dentes naturais possui quem respondeu, menores são os seus hábitos de higiene", lê-se no comunicado com as conclusões.
O inquérito revela ainda que os portugueses (93,5%) estão satisfeitos ou muito satisfetios com o seu médico dentista.  "De sublinhar que 63,7% dos portugueses nunca mudaram de médico dentista. Os principais factores de fidelização são a confiança no médico dentista, a qualidade nos serviços prestados e a habituação", adianta o documento que sublinha ainda que a maioria dos portugueses (64,5%) esclarece as suas dúvidas de saúde oral junto do seu médico dentista, em prejuízo de outros meios, como a internet.
O primeiro barómetro nacional de saúde oral foi feito tendo por base 1102 entrevistas presenciais, tendo validade estatística.
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É muito urgente que seja definida uma estratégia nacional no âmbito da saúde oral e da medicina dentária. Enquanto as organizações ligadas à saúde oral persistirem inocuamente em querer trabalhar sem cooperar colectivamente com todas as restantes entidades, a saúde oral dos portugueses vai-se degradando e são sempre as classes sociais menos favorecidas que pagam os erros dos dirigentes incapazes de dar as necessárias respostas à população.
Para quando uma verdadeira união de vontades entre os médicos de medicina oral, os higienistas orais e os estomatologistas, tanto do sector público como do sector privado, para fazer face à ausência de uma estratégia de saúde oral no nosso país?
Basta de tanta hipocrisia: enquanto alguns sectores da medicina dentária ficam satisfeitos com algumas benesses dadas pelo poder político, os serviços de saúde oral continuam a ser negados à maior parte da população.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

643. TRIBUNAL DE CONTAS: A morte da medicina dentária do sector público em Portugal

O Tribunal de Contas ditou a morte da 
medicina dentária do sector público em Portugal
Para quando uma reacção de repudio por parte da Ordem dos Médicos dentistas e do Ministro da Saúde à forma como é tratada a Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa? Quantos médicos dentistas portugueses foram formados naquela instituição? Quantos elementos do Tribunal de Contas já foram tratados por médicos dentistas formados naquela instituição? Atacar quem presta cuidados de saúde com cariz social diz tudo sobre quem procedeu à auditoria; concerteza algo inédito, extremamente vergonhoso e que nem no mais mais desenvolvido do mundo ocorreria...
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A Clínica Externa da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa vai fechar a 31 de Outubro, na sequência "de irregularidades" encontradas por uma auditoria do Tribunal de Contas(TC). O anúncio foi feito este sábado pelo director da Faculdade de Medicina Dentária, João Aquino Marques, depois de um relatório do TC que indica que a existência daquela unidade não está prevista nos estatutos da faculdade e não tem licença da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo ou de qualquer outra entidade para funcionar.
Embora o Tribunal de Contas considere "não estar em causa a qualidade dos serviços prestados" e reconheça a "função social prestada a estratos desfavorecidos da população", sublinha que a clínica deve "observar as normas e boas práticas aplicáveis às entidades públicas e às actividades prosseguidas". Para João Aquino Marques, a Clínica Externa faz parte "da orgânica da Faculdade", não sendo, assim, uma "unidade privada" que requeira licenciamento por parte do regulador da saúde e tem funcionado ao longo dos últimos 10 anos como "extensão do serviço da universidade", opinião partilhada pelo secretário-coordenador, Dário Vilela.
"As instituições procuram meios de financiamento e, na altura, pareceu-nos uma boa ideia abrir a faculdade à população geral. A clínica externa ou integrada é um serviço hospitalar com médicos, depende da faculdade, utiliza as suas instalações e é uma fonte de receitas", explicou Aquino Marques.  Dário Vilela sublinhou que a clínica é responsável por cerca de 20 mil consultas anuais e que o seu fecho irá pôr fim à "única consulta no sector público para adultos com necessidades especiais".
Tendo em conta as restrições adoptadas pelo Governo para as contratações de funcionários por entidades públicas, João Aquino Marques considerou que não tem grandes alternativas a não ser o fecho da clínica, já que não pode fazer contratos de prestação de serviços, nem de avença. "Pedem que sejamos criativos. Não queremos fechar a consulta externa, mas as alternativas legais passam por criar uma clinica privada, com abertura de um concurso às quais as clínicas privadas podem concorrer. Isso não nos interessa, já que queremos seguir a nossa filosofia de ensino", explicou.
De acordo com o responsável, a dotação do Estado para a faculdade ronda os 1,8 milhões de euros anuais e os salários de docentes e não docentes chegam aos 3,8 milhões de euros. "Quando o Tribunal de Contas diz que a clínica não prova que somos auto-suficientes, a prova é que nunca pagámos dos nossos bolsos os salários. E gastamos 400 mil euros em material clínico. Temos de fazer das tripas coração para isto. Cometemos esta ilegalidade que o TC aponta e somos penalizados por isso", retorquiu.
Segundo o mesmo responsável, a clínica externa funciona há cerca de dez anos, dá emprego a 60 pessoas, das quais 42 médicos dentistas, e atende cerca de 20 mil pessoas, sendo responsável por um acréscimo de 50% às 45 mil consultas realizadas pela faculdade.Do valor pago na consulta pelos doentes, 40 % é para os médicos dentistas, 60% para a faculdade.
PÚBLICO

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

642. Há 30 concelhos em Portugal sem médicos dentistas resgistados

Mais de 150 mil pessoas em 30 concelhos portugueses vivem sem dentista, segundo dados oficiais da Ordem dos Médicos Dentistas, que admite uma distribuição de profissionais “demasiado acumulada nas zonas do litoral”.
Os números da Ordem, a que a agência Lusa teve acesso, mostram que em 30 concelhos (10% do total) não há qualquer médico dentista registado, embora o bastonário admita que possa haver profissionais de concelhos limítrofes a dar algumas consultas nesses locais.
“São concelhos pequenos, relativamente despovoados, fundamentalmente do interior do país. São regiões que estão numa desertificação crescente e que têm dificuldade em atrair médicos dentistas e concelhos com uma população muito baixa”, especificou Orlando Monteiro da Silva em declarações à agência Lusa.
O bastonário defende que o Estado pode e deve criar “mecanismos de estímulo” para atrair médicos dentistas a instalarem-se em “zonas com muito pouca ou mesmo sem cobertura”, lembrando que as câmaras municipais “também têm o seu papel”.
Alcoutim, Aljustrel, Alvito, Arraiolos, Barrancos, Chamusca, Corvo (Açores), Figueiró dos Vinhos, Freixo de Espada à Cinta, Gavião, Marvão, Nisa, Oleiros, Ourique, Penamacor, Viana do Alentejo ou Vila Velha de Ródão são alguns dos concelhos sem dentistas registados.
Nestes 30 concelhos, a média da população residente é de 4.864 pessoas, de acordo com os dados da Ordem relativos a 2014.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

641. Mais de 173 mil pessoas receberam cheques-dentista desde Janeiro

Mais de 173 mil pessoas já receberam cheques-dentista desde Janeiro, com a maior fatia de beneficiários a ser a das crianças dos 7 aos 13 anos, segundo números oficiais da Ordem dos Médicos Dentistas. Nos primeiros cinco meses do ano, 173.259 pessoas receberam cheques-dentista, com uma taxa de utilização total a rondar os 65%, mas que varia dos 24% nos jovens de 15 anos aos 85% nos doentes com VIH/sida.
Os principais beneficiários são as crianças com 7, 10 e 13 anos das escolas públicas, que receberam já mais de 120 mil cheques para usar em tratamentos dentários em consultórios privados. Desde o início do programa, em 2008, cerca de 1,9 milhões de utentes tiveram acesso a cheques-dentista, com os quais foram realizados mais de 6,5 milhões de tratamentos.
Este Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral abrange crianças e jovens que frequentam as escolas públicas aos 7, 10, 13 e 15 anos, bem como grávidas seguidas nos serviços públicos, idosos que recebem o complemento solidário e portadores de VIH/sida. Desde o início do programa, o número de beneficiários tem vindo sempre a aumentar, tendo superado os 413 mil no ano passado, com mais de 633 mil cheques emitidos e 408 mil efectivamente usados.
Segundo o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, os dados do programa mostram ainda que a severidade das lesões tratadas tem vindo progressivamente a diminuir, o que vai ao encontro dos objectivos. Cerca de 60% das intervenções realizadas correspondem a procedimentos preventivos, como aplicação de selantes (protectores das fissuras dos dentes contra a cárie dentária), com a incidência das cáries a apresentar diminuições consideráveis nas crianças, "o principal alvo" do programa.
A Ordem dos Médicos Dentistas defende, contudo, que o programa seja alargado aos diabéticos, lembrando que é um grupo com riscos adicionais para problemas de saúde oral. Para o bastonário, Orlando Monteiro da Silva, na actual situação económica do país "deve ser ponderado o alargamento do programa a grupos de risco adicionais, como os diabéticos". Para isso, Monteiro da Silva frisa ser necessário um "aumento da dotação orçamental" do programa, recordando ainda que há cerca de um milhão de diabéticos diagnosticados no país.
Apesar de a questão das verbas necessários para alargar os cheques-dentista ser uma decisão do Ministério da Saúde, o bastonário considera que se trata de "um investimento que permite uma racionalização de custos". "Há uma relação enorme entre diabetes e saúde oral. A diabetes precisa de estar controlada para se ter uma boa saúde oral e vice-versa. É preciso um bom controlo da saúde oral, principalmente ao nível da gengiva e do osso, para que a diabetes não seja exacerbada", explicou à agência Lusa.
Recentemente, a Entidade Reguladora da Saúde questionou a universalidade e equidade no acesso aos cheques-dentista, lembrando que ficam de fora crianças que frequentam escolas privadas e grávidas não seguidas nos serviços públicos. Actualmente, são 3305 os médicos dentistas a colaborar com o programa, que chega a mais de 5500 clínicas e consultórios em todo o país.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

640. Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas premiado pela AMERICAN DENTAL ASSOCIATION

O Dr. Orlando Monteiro da Silva, Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), foi eleito membro honorário da American Dental Association (ADA), uma das organizações de Médicos Dentistas mais respeitada mundialmente.
Pela primeira vez, um português é eleito membro honorário da ADA. Esta distinção é atribuída a personalidades que tenham contribuído de forma excepcional para o avanço da Medicina Dentária e globalmente para a promoção da saúde oral.
Para além da eleição como membro honorário da ADA, o Bastonário da Ordem dos Médicos foi também o primeiro português a ser eleito presidente da FDI (Federação Dentária Internacional).
A entrega deste prémio terá lugar na reunião da “House of Delegates”, da ADA, em Outubro, durante o congresso anual da associação, que decorre na cidade de San Antonio, no Texas.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

638. RASTREIO DO CANCRO ORAL: Reivindique os seus direitos

Cada utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS) passa, a partir de agora, a ter direito a dois cheques dentista por ano para diagnóstico de cancro oral e a outros dois para biopsia. De acordo com uma norma da Direcção-Geral da Saúde, este alargamento do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral tem como objectivo aumentar a sobrevivência por cancro oral após o diagnóstico da doença.
Está definida como população-alvo as pessoas pertencentes aos grupos de risco (homens fumadores, com mais de 40 anos e com hábitos alcoólicos) e utentes com lesões na cavidade oral e com queixas de dor, alterações da cor ou da superfície da mucosa oral. O valor de cada cheque-diagnóstico é de 15 euros e o de cada cheque-biopsia de 50 euros, podendo cada utente receber, anualmente, dois cheques de cada.
A Ordem dos Médicos Dentistas já estimou que passem a ser realizadas anualmente cerca de cinco mil biopsias ao cancro oral. A intervenção começará sempre no médico de família, ou através de rastreios a utentes de elevado risco ou pelo diagnóstico clínico de lesões na boca potencialmente malignas
A existência de uma lesão suspeita deve ser sempre sujeita a um diagnóstico diferencial, sendo emitido pelo sistema informático dos centros de saúde um cheque-diagnóstico que pode ser usado num médico dentista aderente ao Programa. No caso de o médico dentista ou estomatologista considerar necessária a realização de uma biopsia deve realizar a recolha do produto e enviar para um laboratório de referência, utilizando então um cheque-biópsia.
Quando é detectado um tumor, o laboratório informa, por sistema informático, o Instituto Português de Oncologia da respectiva área, que deve marcar uma consulta com carácter de urgência. No programa participam 240 médicos dentistas, numa rede que pretende cobrir geograficamente todo o país.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

636. Trinta e dois dentes invadem as ruas de Lisboa

Lisboa, 15 de Abril de 2014 – No âmbito do Mês da Saúde Oral que terminou a 31 de Março, 32 dentes gigantes, formando uma verdadeira dentadura gigante, passearam pelas ruas da zona histórica de Lisboa. Quem se encontrava nas zonas da Baixa, Chiado e Rossio foi surpreendido pela passagem de uma dentadura humana composta por 32 dentes que, de forma descontraída, interagiu com os curiosos que passeavam nesta zona e que foram surpreendidos pela animação criada pela Colgate.
Divertidos, os dentes interagiram com quem passeava pela zona, abordando as pessoas para reforçar a importância de uma boa higiene oral e relembrando-os que a saúde bucal pode ser encarada de forma alegre e descontraída.
A passagem da dentadura humana pelas ruas de Lisboa coincidiu com a acção do consultório móvel Colgate, que disponibilizou centenas de check-ups de rotina gratuitos à população entre os dias 12 e 16 de Março. Inserida na 15ª edição do Mês da Saúde Oral Colgate, esta acção foi uma excelente forma de chamar a atenção para a importância de uma higiene e saúde oral cuidada, de uma forma didática, muito divertida e original. Veja aqui o divertido vídeo da dentadura humana Colgate em acção:


terça-feira, 15 de abril de 2014

635. Programa de saúde oral : evolução, intrumentos e resultados

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/22743/1/TESE%20FORMATO%20DIGITAL%20CORRIGIDA.pdf
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A situação da saúde oral na população infantil e juvenil é tanto mais preocupante pelo conhecimento adquirido de que a cárie e as doenças periodontais, se adequadamente prevenidas ou precocemente tratadas, são de uma elevada vulnerabilidade, com custos económicos reduzidos e ganhos em saúde relevantes. Desde 1985 que a Direção-Geral da Saúde tem em curso um Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral. Este programa de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde (SNS), iniciou-se com a promoção da saúde oral em meio escolar, sendo alargado posteriormente a medidas preventivas e curativas com a entrada de Higienistas Orais (HO) e à contratualização com os serviços privados de medicina dentária. Em 2008, este modelo contratual foi revisto surgindo o cheque dentista. O estudo pretende contribuir para a compreensão da evolução do programa de saúde oral, os seus instrumentos e os seus resultados mais recentes. No estudo empírico, os dados analisados resultaram da compilação da informação do programa Saúde Oral em Crianças e Jovens e dos rastreios efetuados na escola. O estudo pretende ainda refletir sobre os benefícios/custos de um modelo que privilegie os rastreios de cárie dentária, como medida de triagem versus um modelo de subsídio universal, que permita o acesso a todas as crianças. A contratação de Higienistas Orais poderá ter ganhos importantes não só a curto prazo através da triagem das crianças a atribuir cheque dentista, mas também a longo prazo com a implementação sistemática de medidas de promoção da saúde oral. Na amostra verificou-se que apenas cerca de 45,5% das crianças com 7 anos, apresentam a dentição livre de cáries. Os dados do estudo revelam uma adesão de apenas metade das crianças a um programa totalmente gratuito, sendo que 24.7% das crianças que efetivamente tinham necessidades de saúde oral não fizeram uso do cheque dentista. No entanto, praticamente todas as crianças que utilizam o cheque concluem o plano de tratamento. A exceção que se verifica aos 10 anos, relacionada com a erupção dos pré-molares, sugere uma revisão das coortes etárias de atribuição do cheque dentista. Com aplicação da triagem a um universo de 237 crianças com uma taxa média de 40,7% livre de cárie, seria possível reduzir os custos em 5700 euros. A análise económica do setor da saúde oral poderá dar um importante contributo na tomada de decisões neste setor da saúde.

domingo, 16 de março de 2014

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

633. Qual a proporção dentista : habitantes recomendada pela OMS?

Acredito que todos os dentistas já devem alguma vez ter ouvido a frase "a OMS recomenda a proporção de 1 dentista para cada 1.500 habitantes". Mas o que ela quer dizer com isso? Que se a proporção 1:9.000 é ruim, então a proporção 1: 167 é boa? Não faz muito sentido.
Paulo Capel Narvai escreveu um artigo para o Jornal do Site dizendo que este dado seria uma lenda. Uma espécie de hoax que teria se iniciado antes mesmo da popularização da internet. Diz ele:
"Não basta para o enfrentamento da atual política de formação de recursos humanos em saúde — aí incluídos os recursos humanos odontológicos —, a enfadonha citação de que "a Organização Mundial da Saúde recomenda 1 dentista para 1.500 habitantes." (Há variantes como 1/1.000 ou 1/2.000). Há pelo menos dois erros nisso: em primeiro lugar, a OMS não recomenda coisa alguma. Em algum momento alguém deve ter lido mal em algum lugar, citou erroneamente a OMS e, a partir daí, tem havido uma repetição mecânica e acrítica dessa proporção. Jamais encontrei a referência bibliográfica nos artigos que mencionam a tal proporção. Nos documentos da OMS, aos quais tive acesso, nunca li nada sobre o assunto. Até que algum pesquisador desvende esse mistério, pode-se concluir que trata-se de pura lenda".
Confesso que há muito tempo não tenho sossego, procurando as origens da lenda, pois encontrei publicações até de 1979 com essa informação. Até que me bateu a ideia de procurar onde a coisa começou (ou não) : a própria OMS.
Achei um comunicado da organização que esclarece a coisa toda:
"A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) não recomendam nem estabelecem taxas ideais de número de leitos por habitante a serem seguidas e cumpridas por seus países-membros. Tampouco definem e recomendam o número desejável de médicos, enfermeiros e dentistas por habitante. Não existe, ainda, orientação sobre a duração ideal das consultas médicas ou um número desejável de pacientes atendidos por hora." Grifo meu.
Então, como tudo aconteceu?
No longínquo ano de 1972 ocorreu a III Reunião Especial de Ministros de Saúde das Américas, que resultou no Plano Decenal de Saúde para as Américas. Os ministros ali reunidos combinaram a meta de alcançar "8 médicos, 2 odontólogos, 4,5 enfermeiros e 14,5 auxiliares de enfermaria para cada 10.000 habitantes". Só isso. E o valor nem corresponde à versão consagrada na literaura...
O documento é fruto de um evento da OPAS-OMS, mas não é uma resolução oficial da organização, que diria quanto dentistas deveriam existir pra cada tantos mil habitantes.
Ate porque, em 1972 a realidade era outra, não é? Bem aqui um artigo do Vitor Pinto de 1983, que não me deixa mentir.

domingo, 19 de janeiro de 2014

632. Dentistas do Bem chegam ao Interior Norte para tratar crianças e jovens carenciados

Os Dentistas do Bem chegaram ao interior norte de Portugal sendo a vila de Mogadouro a primeira localidade desta região a acolher este serviço prestados por médicos dentistas voluntários que vão realizar consultas dentárias a criança e jovens carenciados.
"É importante chegar ao interior do país. Ainda não tínhamos conseguido ativar o projeto no Interior Norte e assim Mogadouro é primeira localidade desta região a acolher a nossa iniciativa", disse à Lusa Carla Graça, representante da Turma do Bem.
A Turma do Bem é uma Organização Não Governamental (ONG), cujo principal projeto é o Dentista do Bem, quer começar o ano de 2014 a espalhar sorrisos de norte a sul de Portugal, e "escolheu" Mogadouro para ajudar a descentralizar o projeto que até agora ainda não tinha chegados aos distritos de Bragança, Vila Real ou Guarda.