segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

630. Tese de Mestrado (Saúde Oral)

Caros Colegas,
O meu nome é Ana Firmino, tenho formação base em Higiene Oral desde 2010 pela FMDUL, não estou a exercer, e de momento encontro-me a preparar a minha tese de mestrado pela ENSP-UNL, cujo tema se encontra relacionado com a Saúde Oral.
Face à presente conjectura económica do nosso país e de acordo com as desigualdades de acesso a que a população está sujeita, nomeadamente em relação à saúde oral como componente de saúde pública, verifica-se cada vez mais uma degradação de saúde oral da nossa população e restantes problemas associados.
Visto ser um campo que muito preocupa os profissionais da nossa área que, na sua maioria, defendem que a saúde oral deveria fazer parte e ser 'entregue' à população de forma gratuita, não fosse um direito por nós adquirido descrito na Constituição da República com as seguintes palavras:

“1. Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.
2. O direito à protecção da saúde é realizado:
a) Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito;
b) Pela criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a protecção da infância, da juventude e da velhice (...)
3. Para assegurar o direito à protecção da saúde, incumbe prioritariamente ao Estado:
a) Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação;
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e unidades de saúde (…).”

Ora, sabemos que em relação à saúde oral não é o que se pratica na realidade. Assim sendo, contacto-vos com objectivos de solicitar alguma informação (estudos, artigos, documentos, posters, etc.) pertinente que me possam facultar.
Essencialmente pretendo fazer uma introdução sobre o higienista, médico dentista, estomatologista, odontologista de maneira a destacar quais os papéis e função de cada um na saúde oral do indivíduo, de que forma poderão trabalhar em equipa e de que forma se complementam.
Pretendo também abordar a oferta e acesso em saúde oral numa vertente pública e privada face as necessidades da população (Nº de profissionais - dos referidos anteriormente, mas essencialmente HO e MD -, nº de espaços públicos e privados, percepção da necessidade da população - idosos, grávidas, crianças e jovens, portadores de HIV, etc.).
Desejo pesquisar novas abordagens e programas aplicados noutros países de referência (Europeus ou não), vanguardista nesta área e que apontem resultados positivos face à implementação dos seus programas.
A fim de abordar a vertente de Gestão de Recursos Humanos (nº profissionais, nº profissionais no activo, nº de profissionais por tipologia publica ou privada, nº cheque dentista emitidos pelos vários escalões e nº de utilização dos mesmos, resultados dos programas de saúde oral anteriormente realizados, etc.) face as necessidades existentes, necessito de informação fidedigna e baseada na evidência.
Pretendo ainda, comparar resultados de saúde oral com outros países e seus programas, por fim tenciono propor novos métodos e programas mais eficazes que criem maiores condições de acesso à população numa vertente pública com igualdade de acesso para todos.
Agradeço imenso se me puderam facultar o máximo de informação que peço e ou que achem que possa ser pertinente para o meu estudo.
Aceito sugestões ou algum tipo de orientação se assim pretenderem ou acharem necessário.
Se eventualmente necessitarem de uma declaração da instituição à qual pertenço pertence, agradeço que ma solicitem o quanto antes, para poder realizar o projecto sem mais demora.
Aguardo feedback.
Obrigada,
Ana M. P. Firmino,
24º Curso de HO (FMDUL),
VIII Curso de Mestrado em Gestão da Saúde (Escola Nacional de Saúde Pública - UNL).
Correio electrónico: margarida_firmino88@hotmail.com ou FaceBook

domingo, 22 de dezembro de 2013

629. Sete alimentos que deixam dentes e gengivas saudáveis

Alimentos crus - A força feita para mastigar alimentos crus sustentam os dentes mais fortes, garantindo-lhes firmeza. Neste caso, outros alimentos difíceis de mastigar, como a carne e maça, também ajudam.
Vitamina C - A falta de vitamina C causa sangramento das gengivas e diminuição da massa óssea, o que a longo prazo pode levar a perda dos dentes. Não se deve exagerar no consumo de alimentos muito ácidos - como laranja e abacaxi, ricos em vitamina C -, pois deixam os dentes mais porosos. Uma opção é fazer bochecho com água para neutralizar o ácido após a ingestão, não se aconselhando a escovagem imediata, pois o atrito da escova com o esmalte fará com que os dentes se desgastem ainda mais.
Água - Consumir água é importante porque elimina detritos, açúcares e ácidos. Além disso, a água das grandes cidades contem flúor, o que reforça a resistência do esmalte do dente.
Leite e derivados - Neste caso, o que é essencial é o consumo de cálcio, pois o nutriente é parte da composição dos dentes e, em níveis adequados, garante uma boa saúde e formação dentária. Outra fonte de cálcio são as folhas verdes escuras, como a couve.
Alimentos ricos em fibras - Além de contribuir para a saúde gastrointestinal, estes alimentos promovem a auto-limpeza dos dentes, evitando a formação de placa bacteriana - causadora de cáries e gengivite.
Vitamina D - A vitamina D aumenta a eficiência da absorção intestinal de cálcio em até 40% e a de fósforo em 80%; também ajuda na fixação do cálcio nas bases ósseas e dentárias.
Chiclete sem açúcar - Mascar chicletes sem açúcar entre as refeições estimula a formação de saliva, o que contribui para a limpeza dos dentes. As chicletes podem tornar-se ainda mais valiosas quando providas do xilitol (veja o rótulo), um adoçante que ajuda o processo de remineralização dentária e contribui para a longevidade e a protecção dos dentes.
Oneida Werneck

domingo, 1 de dezembro de 2013

628. O SNS é necessário e sustentável

Por desconhecimento da realidade ou por estratégia política, algumas pessoas dizem que o SNS é despesista e insustentável. É exactamente o contrário!
Falemos de números, com base nos mais recentes dados da OCDE, referentes a 2010. Em termos de percentagem do PIB, Portugal gastou 10,7% na Saúde (despesa pública e privada), a França e a Alemanha 11,6% e a média da OCDE foi de 9,5%. Mas, per capita, a comparação que é justa e honesta, Portugal gastou apenas 2728 dólares, contra 3974 da França, 4338 da Alemanha e 3268 da média dos países da OCDE. Todavia, para o montante anterior, o Estado português apenas contribui com 65,8%. Contra 77,0% em França, 76,8% na Alemanha e 72,2% na média dos países da OCDE. Ou seja, Portugal tem um sistema globalmente barato e, sobretudo, barato para o Estado. Recorde-se que, entretanto, de 2010 para 2012, o Governo reduziu a contribuição pública para o SNS em 20% e que para 2013 o Orçamento do Estado prevê que a despesa pública em Saúde seja apenas de 5,1% do PIB.
E a qualidade? Portugal tem 3,4 camas hospitalares por 1000 habitantes, enquanto a França tem 6,4, a Alemanha 8,3 e a média da OCDE é de 4,9. Não é possível reduzir mais camas hospitalares sem prejudicar os doentes! O tempo médio de internamento hospitalar, em dias, foi de 5,9 em Portugal, 5,7 em França, 9,5 na Alemanha, 7,1 na média da OCDE. Os especialistas hospitalares portugueses trabalham bem!
Esperança de vida das mulheres aos 65 anos: 20,6, 22,6, 20,9 e 20,7 anos, respectivamente em Portugal, França, Alemanha e média da OCDE. Estamos muito bem, mas podemos melhorar, o que passa sobretudo por combater os factores de risco, prevenir e tratar melhor as doenças crónicas.
Mortalidade infantil em 2010 (mortes no primeiro ano por cada 1000 nascimentos vivos): 2,5 em Portugal, 3,6 em França, 3,4 na Alemanha e 4,3 na OCDE. É um dos melhores parâmetros de análise global da qualidade de um sistema de saúde. Portugal foi o melhor em 2010!
Apenas na despesa per capita relativa ao consumo de medicamentos não comparávamos tão bem. Nesse ano gastámos 508,1 dólares, versus 634,5 em França, 640,0 da Alemanha e 495,4 da média da OCDE. Porém, entretanto, de 2010 para 2012, o valor do mercado do medicamento em ambulatório e o custo médio por embalagem decaíram cerca de 20%, fruto das medidas implementadas pelo Governo. O que significa que actualmente já estamos abaixo da média da OCDE e que há folga para introduzir medicação inovadora.
Como demonstra a frieza dos números da OCDE, o SNS é de grande qualidade e barato. Tal como afirmei recentemente em Bruxelas, numa reunião promovida pela European Public Health Alliance (EPHA), o sistema de saúde
português é dos melhores do mundo, não exclui ninguém, é sustentável e deve ser preservado. Quem pretender afirmar o contrário, terá de mostrar em que se baseia!
Se algum Governo quiser ter legitimidade democrática para destruir o SNS, os partidos que o suportarem terão de candidatar-se a eleições com esse programa explícito, ou então submeter a opção para a Saúde em Portugal a um referendo nacional. Não foram os 10% do PIB gastos em Saúde que levaram Portugal à bancarrota. Foi a forma medíocre, despesista e corrupta como “os outros 90%” são gastos por sucessivos Governos.
José Manuel Silva