Cerca de 1200 crianças que frequentam as escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB) e Jardins-de-infância do concelho de S. Pedro do Sul vão ser contempladas com um kit de higiene oral, composto por uma escova e uma pasta de dentes, oferecido pela Câmara Municipal. A entrega dos primeiros kits decorreu no dia 14de Abril, na Escola do 1º CEB da vila de S. Pedro do Sul. As actividades estão a cargo da equipa de Saúde Escolar do Centro de Saúde local e de Técnicos de Educação da Câmara Municipal.
O projecto, desenvolvido em parceria com o Centro de Saúde de S. Pedro do Sul no âmbito da Educação para a Saúde, tem como principal objectivo trabalhar com as crianças a higiene em geral e a higiene oral em particular, promovendo a aquisição de conhecimentos, capacidades e competências para a promoção da sua saúde oral. Para além disso, o programa pretende demonstrar a importância da saúde oral para manter um estilo de vida saudável; alterar hábitos de higiene oral; sensibilizar para a importância de consultar o dentista periodicamente; e implementar nas crianças o bom hábito de escovar os dentes após as refeições.
Para o vereador da Educação e Acção Social da autarquia, Rogério Duarte, “uma boa prenda que os pais, encarregados de educação e a sociedade em geral podem oferecer aos mais pequenos é a possibilidade de terem uma dentição saudável, que os acompanha até ao final das suas vidas. A Câmara Municipal, atenta e preocupada com o bem-estar das gerações futuras, quer dar o ‘pontapé de saída’ para um processo que julga ser de extrema importância – a saúde, neste caso a saúde oral. Acreditamos que as crianças de hoje, um dia reconhecerão o quão importante foi, para a sua saúde, esta iniciativa”.
O vereador salienta ainda: “é nossa convicção que as apostas que temos vindo a fazer na área da educação/formação nas nossas crianças orgulhar-nos-ão num futuro próximo”.
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Todas as campanhas de sensibilização para a problemática da saúde oral são bem vindas. Relativamente a esta iniciativa do Município de S. Pedro do Sul, coloca-se a questão de saber se as entidades promotoras da iniciativa tiveram o cuidado de fazer previamente o rastreio da saúde oral de todas as crianças envolvidas e se foi feito o seu devido encaminhamento médico.
Numa altura em que altos dirigentes políticos do país estão mais concentrados para discutirem se as escolas passam a ser porta aberta para a distribuição de preservativos a adolescentes desnecessitados e sem fome do que prestar cuidados de saúde a quem precisa como pão para a boca, resta o poder autárquico que vai colmatando as obrigações dos Ministérios da Educação e da Saúde (já que estes nada fazem pela saúde primária das crianças e adolescentes que frequentam as escolas do país, votados a todo o tipo de abandono e à sorte do seu dia a dia).
Vergonhoso, extremamente vergonhoso, o comportamento, relativo aos cuidados de saúde oral das crianças e adolescentes, por parte do Governo, dos deputados da maioria na Assembleia da República e até do Senhor Presidente da República, isto num país que faz parte da União Europeia.
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