Em declarações à Agência Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas estima que 50% da população não tenha capacidade para pagar uma consulta de medicina dentária privada. Orlando Monteiro da Silva citou um estudo realizado pela Universidade de Liverpool, com Portugal a apresentar «o cenário mais negro na Europa» nos cuidados de saúde oral. A ordem dos Médicos Dentistas escreveu também uma carta ao Ministro da Saúde defendendo a isenção de IVA das pastas dentífricas com flúor, de acordo com uma recomendação da Organização Mundial de Saúde.
«Se a população portuguesa passasse a ter toda acesso aos cuidados de saúde oral, os médicos dentistas provavelmente não chegariam», declarou à Lusa Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas. E é em grande parte o facto de não existir oferta por parte do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ao nível da medicina dentária que também está a criar um excesso destes profissionais no país. A Ordem lamenta a «ausência de planeamento de recursos humanos».
Segundo as contas da Ordem, metade dos portugueses não têm acesso à saúde oral. «Estimamos que cerca de 50 por cento da população portuguesa não tenha capacidade para pagar sequer uma consulta na medicina dentária privada. Enquanto não houver médicos dentistas nos centros de saúde ou sistemas de concessão, as pessoas estarão excluídas da saúde oral»
Em Portugal, apenas as regiões autónomas têm sistemas de saúde oral a servir os utentes do SNS, com 19 médicos dentistas no sistema público de saúde nos Açores e uma convenção entre o serviço regional de saúde da Madeira e os privados, em que o sistema público reembolsa em parte o custo dos utentes que recorrem a dentistas privados. A Ordem dos Médicos Dentistas também escreveu ao ministro da Saúde a pedir a isenção ou a redução para cinco por cento do IVA das pastas de dentes com flúor, que considera um bem essencial para a promoção da saúde oral. A Ordem baseia-se também numa recomendação da Organização Mundial de Saúde.
Uma pasta de dentes com flúor comprada num supermercado custa actualmente cerca de dois euros e, estando isenta de IVA, poderia ficar em 1,60 euros.
Para não haver o risco de que as multinacionais que fabricam os dentífricos subam os preços para compensar a perda de IVA, Orlando Monteiro da Silva diz que será necessário assumir compromissos públicos com os principais fabricantes, bem como uma monitorização da autoridade da concorrência.
«Se a população portuguesa passasse a ter toda acesso aos cuidados de saúde oral, os médicos dentistas provavelmente não chegariam», declarou à Lusa Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas. E é em grande parte o facto de não existir oferta por parte do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ao nível da medicina dentária que também está a criar um excesso destes profissionais no país. A Ordem lamenta a «ausência de planeamento de recursos humanos».
Segundo as contas da Ordem, metade dos portugueses não têm acesso à saúde oral. «Estimamos que cerca de 50 por cento da população portuguesa não tenha capacidade para pagar sequer uma consulta na medicina dentária privada. Enquanto não houver médicos dentistas nos centros de saúde ou sistemas de concessão, as pessoas estarão excluídas da saúde oral»
Em Portugal, apenas as regiões autónomas têm sistemas de saúde oral a servir os utentes do SNS, com 19 médicos dentistas no sistema público de saúde nos Açores e uma convenção entre o serviço regional de saúde da Madeira e os privados, em que o sistema público reembolsa em parte o custo dos utentes que recorrem a dentistas privados. A Ordem dos Médicos Dentistas também escreveu ao ministro da Saúde a pedir a isenção ou a redução para cinco por cento do IVA das pastas de dentes com flúor, que considera um bem essencial para a promoção da saúde oral. A Ordem baseia-se também numa recomendação da Organização Mundial de Saúde.
Uma pasta de dentes com flúor comprada num supermercado custa actualmente cerca de dois euros e, estando isenta de IVA, poderia ficar em 1,60 euros.
Para não haver o risco de que as multinacionais que fabricam os dentífricos subam os preços para compensar a perda de IVA, Orlando Monteiro da Silva diz que será necessário assumir compromissos públicos com os principais fabricantes, bem como uma monitorização da autoridade da concorrência.
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Infelizmente o estudo não refere se os familiares dos actuais e antigos ministros, deputados, dirigentes políticos, juízes, empresários e afins estão incluídos na percentagem dos portugueses que não têm possibilidade de ter acesso a consultas de medicina oral privada.
No fundo, tudo é político; no dia que entenderem, todos os portugueses poderão ter iguais direitos. Até lá, seremos um país com duas sociedades diferentes, conforme a classe social a que se pertença.
No fundo, tudo é político; no dia que entenderem, todos os portugueses poderão ter iguais direitos. Até lá, seremos um país com duas sociedades diferentes, conforme a classe social a que se pertença.
Gerofil
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