A DGS refere que
os 13 centros de saúde da fase inicial do projecto receberam 16.760 utentes em
25.640 consultas de medicina dentária. Para esse responsável, a nova estratégia
política nesta matéria vem assim dar resposta à "carência de medicina
dentária no SNS", procurando recuperar de atraso que, face a outros países
da Europa, é particularmente evidente em Portugal dado o seu "elevado número
de desdentados parciais ou totais".
Dando
continuidade à estratégia iniciada com os cheques-dentista, que o secretário de
Estado diz ter sido particularmente relevante para grupos populacionais como os
de crianças, idosos e grávidas, o projecto-piloto "Médicos Dentistas nos
Cuidados de Saúde Primários" obteve nas primeiras 13 unidades aderentes o
que o governante considera "resultados muito interessantes". Essa
avaliação resulta de duas perspectivas: por um lado, a dos utentes, que
"reconhecem que este serviço era mesmo necessário" e entre os quais
"havia pessoas que não iam ao dentista há 20 anos", e, por outro, da
"satisfação dos médicos dentistas que trabalharam nesses locais e, aí,
sabiam que faziam realmente a diferença".
Quanto ao balanço
desse desempenho, a DGS refere que os 13 centros de saúde da fase inicial do
projecto receberam 16.760 utentes em 25.640 consultas de medicina dentária. Com
excepção de cuidados estéticos, que não são abrangidos pelo programa, esses
doentes foram sujeitos, por sua vez, a um total de 28.900 tratamentos básicos e
20.270 procedimentos complementares. Se se alargar o universo da análise aos 11
centros de saúde que integraram o programa numa segunda fase do processo, a
contabilidade total passa a incluir 32.882 utentes e 56.824 consultas até ao
passado dia 30 de Setembro.
Para o
secretário de Estado Adjunto e da Saúde, é de realçar nesse esforço o
envolvimento de autarquias como a de Arouca, que, perante centros de saúde sem
equipamento de medicina dentária, se dispuseram a suportar o investimento
necessário para o efeito - o que, no caso específico desse município, implicou
mais de 37.000 euros. "Não é da competência da autarquia assumir esta
despesa e por aí se vê a diferença entre os políticos", realçou Fernando
Araújo.
Na sua fase
inicial, o projecto-piloto "Médicos Dentistas nos Cuidados de Saúde
Primários" foi implementado nos centros de saúde de Alenquer, Arruda dos
Vinhos, Azambuja, Cartaxo, Costa da Caparica, Fátima, Lourinhã, Mafra, Moita,
Montemor-o-Novo, Portel, Rio Maior e Salvaterra de Magos.
A segunda etapa
passou a abranger também os de Arouca, Castelo de Paiva, Celorico de Basto,
Cinfães, Damaia, Estremoz, Faro, Freixo de Espada à Cinta, São João da
Pesqueira, Moimenta da Beira e Tabuaço.
Já até final de
2017, a terceira fase do projeto alargar-se-á a Alfandega da Fé, Algueirão,
Bragança, Cacém (Olival), Carnide, Carrazeda de Ansiães, Carregal do Sal,
Castelo Branco (Izeda), Macedo de Cavaleiros, Matosinhos (Leça), Miranda do
Douro, Mirandela, Mogadouro, Monte Pedral, Moscavide, Odivelas, Ovar, Paço de
Arcos, Portimão, Porto (Aldoar, Barão de Nova Sintra e São João), Póvoa de
Santo Adrião, Queluz, Santa Comba Dão, São João da Talha, Santo António de
cavaleiros, Tavira, Torre de Moncorvo, Torre de Dona Chama, Vila Flor, Vimioso,
Vinhais e Vouzela.
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