Menos de um ano
depois, o Governo vai expandir a experiência-piloto de ter dentistas nos
cuidados primários. Uma norma publicada esta quarta-feira pela Direção-Geral da
Saúde adianta que a assistência em saúde oral vai deixar de ser garantida
apenas às pessoas mais vulneráveis e a incluir todos os utentes das unidades
que fazem parte do grupo experimental.
Nos 13 centros
de saúde do Alentejo (Montemor-o-Novo e Portel) e da Região de Lisboa e Vale do
Tejo (Monte da Caparica, Moita, Fátima, Salvaterra de Magos, Cartaxo, Rio
Maior, Azambuja, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Lourinhã e Mafra-Ericeira) todos
os utentes inscritos podem agora aceder ao dentista. A consulta é pedida pelo
médico de família.
No ano passado,
quando tive início o projeto-piloto, os cuidados de saúde oral estavam
limitados aos utentes considerados mais vulneráveis. No caso, com diabetes,
cancro, doenças cardíacas ou respiratórias, insuficiência renal ou sujeitos a
transplante. Ao todo, 3396 doentes foram encaminhados para o dentista e foram
realizadas 5316 consultas de saúde oral.
A oferta de
cuidados dentários nos centros de saúde, que exclui todas as intervenções
estéticas, vai continuar a ser avaliada para a eventual extensão a todas as
unidades de cuidados primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e assim a
toda a população. A ausência de dentistas nos serviços de saúde do Estado tem
sido sempre referida como uma das fragilidades do SNS.
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