Como tem feito desde que se
tornou sumo pontífice, o papa Francisco quebrou ontem as regras do Vaticano na
audiência em que recebeu a maior rede de dentistas voluntários do mundo, a
Turma do Bem, ao lado de chefes de Estado e organizações religiosas. Dispensou
a restrita Sala São Paulo e saudou as 348 comitivas na praça São Pedro, lotada
por 100 mil pessoas.
Simpático e sorridente, beijou
crianças, tocou fiéis, conversou com peregrinos. Após a catequese em que
convidou a todos, no Dia Mundial do Ambiente, a trocar a "cultura do
descarte e do desperdício pela cultura da solidariedade e do encontro",
abençoou fiéis e recebeu bispos e convidados. Entre eles, 2 dos 23
representantes da Turma do Bem: Fábio Bibancos, 50, fundador e vencedor do Prémio
Empreendedor Social 2006, parceria da Folha com a Fundação Schwab, e Osvaldo
Magro Filho, 47, eleito "melhor dentista do mundo" pela ONG pelo
impacto do seu trabalho.
"Vocês são muito bons, rezem
por mim", disse o papa a Bibancos, que relatou a Francisco que a
organização tem 14 mil dentistas voluntários em 11 países e já atendeu 38 mil
crianças e jovens. "Ver os dentistas serem respeitados desta maneira foi
lindo", afirmou Bibancos. "Mesmo que você não seja católico, é uma
energia de fé, de esperança."
Também emocionado, Magro Filho
disse que a expectativa é multiplicar a tecnologia social. "É hora de a
sociedade arregaçar as mangas e resgatar a solidariedade."
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