domingo, 11 de agosto de 2013

623. Araçatuba (Brasil): 70% dos bebês chegam aos nove anos sem cárie

De cada dez bebês atendidos pela Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) de Araçatuba, sete chegam aos nove anos sem cárie. A média é calculada por meio do trabalho realizado na Bebê Clínica, programa da FOA (Faculdade de Odontologia de Araçatuba), desde sua fundação, em 1996. Durante esse período foram feitos 16 mil atendimentos. O resultado se deve, segundo o coordenador da clínica, Robson Cunha, à orientação dada pelos profissionais que atuam no serviço junto aos pais dos bebês atendidos.
"Os pais são incentivados a cuidarem da saúde bucal das crianças e com, isso, elas também aprendem a ser saudáveis", disse Cunha, lembrando que é difícil detectar cáries nos bebês acompanhados na clínica. "Quando aparece, são manchinhas brancas." O bebê tem que ter até seis meses de vida para ser inscrito no programa. Os pais também devem participar de uma palestra educativa sobre o assunto. A partir daí, há um acompanhamento na clínica a cada três meses, onde a gengiva e a dentição da criança são analisadas pelos alunos do curso de Odontologia.
"Fazemos uma avaliação estrutural bucal, aplicação de flúor, limpeza com gaze, escovação, uso de fio dental", elenca o coordenador. Durante as consultas, os pais recebem orientação para evitar dar refrigerante, que contém muito açúcar, por exemplo. "Levo minha filha na Bebê Clínica desde os dois meses de vida. Hoje ela tem um ano e um mês e os dentinhos são saudáveis porque somos educados a cuidar da boquinha dos nossos filhos", contou a negociadora Renata Ribeiro dos Santos, 30 anos, mãe da Izadora.
* * *
Este artigo retrata o resultado do trabalho feito pela Universidade Estadual de S.Paulo (Brasil) e demonstra que é possível controlar e erradicar a carie dental infantil.
Infelizmente é um exemplo que não existe em Portugal. Pelo contrário, o estado prefere gastar continuamente largas dezenas de milhões de euros todos os anos em tratamentos nas faixas etárias infantis mais velhas, recorrendo a instituições privadas em vez de se utilizar os recursos do Serviço Nacional de Saúde, descorando-se qualquer trabalho de prevenção que deveria ter início logo aos seis meses de vida das crianças e que não é da competência do sector privado.
Portugal retrata um péssimo exemplo para o mundo, na prestação de cuidados de saúde oral, porque aposta-se em idades etárias já demasiado avançadas e com desperdício dos recursos humanos e equipamentos existentes no sector público.

1 comentário:

Saúde Oral disse...

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