quarta-feira, 25 de abril de 2012

574. Estudo diz que excesso de radiografias dentárias aumenta probabilidade de tumores cerebrais

As pessoas que fazem regularmente radiografias aos dentes têm mais tendência a sofrer de tumores no cérebro, mostra um estudo de investigadores americanos publicado hoje na revista americana Cancer que aconselha a evitar fazer aqueles exames anualmente, informa a agência France Press (AFP).
O estudo, que é publicado na revista editada pela American Cancer Society, foi conduzido por Elizabeth Claus, da Universidade de Yale, e tem como base dados recolhidos junto de 1433 doentes americanos com idades entre os 20 e 79 anos a quem foram diagnosticados tumores no cérebro de tipo meningioma, que é geralmente benigno.
Os doentes que tinham feito um exame radiográfico aos dentes, tendo assim estado sujeitos a raios x, tinham 1,4 a 3 vezes mais probabilidade de desenvolver um meningioma, continua o estudo. As taxas de prevalência dependiam do tipo de exame dentário feito, os raios-x podem ser usados de diferentes forças, e da idade dos pacientes.
O meningioma é um tumor que se forma na membrana que envolve o cérebro. Na maior parte das vezes, estes tumores são benignos mas desenvolvem-se rapidamente, podendo provocar incapacidades e induzir riscos mortais em certas condições.
As pessoas que fazem radiografias dentárias estão hoje expostas a menos radiações do que no passado, refere a AFP, mas, ainda assim, este estudo vem alertar dentistas e doentes a repensarem as razões que os levam a fazer radiografias, refere Elizabeth Claus.
“O estudo oferece uma oportunidade para se estar vigilante em matéria de uso de raios-x para os dentes que, tal como outros factores de riscos, pode ser atenuado”, declarou a investigadora.
Refira-se que a Associação Dentária Americana (American Dental Society) recomenda que seja feito um exame dentário às crianças, todos os anos, ou uma vez em cada dois anos; aos adolescentes sugere-se que seja feito a cada 18 meses ou três anos; e nos adultos a cada dois a três anos.

sábado, 21 de abril de 2012

573. Gengivite e suas causas

Doença comum na gengiva pode tornar-se ainda pior sem tratamento adequado, comprometendo dentes, mandíbula e maxilar.Sua gengiva está vermelha, inchada ou sensível? Então, é melhor procurar rápido um dentista. Esses sintomas podem ser o começo de uma inflamação da gengiva, a gengivite.
Outro sintoma da doença é o sangramento gengival. Nos casos de gengivite severa, o sangramento é espontâneo, acontecendo episódios de manchas no traveseiro ao acordar. De acordo com o cirurgião dentista Dr. Paulo Lago da Cirillo Personal Kit, “após a inflamação aguda da gengiva, ocorrem em muitos casos a retração da gengiva, deixando-as com uma aparência alongada. Também pode ocasionar a formação de bolsas entre os dentes e a gengiva, onde se acumulam restos de comida e placa”, declara.
Um dos fatores principais para o aparecimento da gengivite é a má escovação dental. Porém, sua causa direta é a placa bacteriana, película viscosa, bastante aderente e sem cor. Não sendo removida, a placa produz toxinas que causam a doença.No estágio inicial da doença da gengiva, quando o osso e o tecido conjuntivo que segura os dentes no lugar ainda não foram atingidos, os danos podem ser revertidos. 
A prevenção vem com o hábito da escovação diária (3 vezes ao dia), passando sempre fio dental, usando enxaguante bucal e creme dental. Entretanto, se não tratada, a gengivite pode evoluir para uma periodontite e causar danos permanentes aos dentes e mandíbula/maxilar. Neste caso, os prejuízos não ficam somente às gengivas, os ossos que revestem a raiz dental, também são afetados, levando a um quadro de reabsorção óssea e mobilidade dos dentes.
Assim, o tratamento é possível com uma limpeza profissional pelo dentista removendo a placa e tártaro
Portal Fator Brasil

quinta-feira, 12 de abril de 2012

572. Cáries do biberão: saiba o que são e como preveni-las

As cáries do biberão ou cáries precoce são uma doença que aparece na boca do bebé e que deve ser prevenida, aconselha o Serviço de Pediatria do Hospital Cuf Descobertas. «As cáries do biberão são provocadas pela exposição frequente e demorada dos dentes a soluções (líquidas ou cremosas) com açúcares, como o leite, as papas, e os sumos de fruta», explica Ana Serrão Neto, coordenadora do Serviço de Pediatria da Cuf.
O contacto prolongado desses líquidos com a dentição do bebé faz com que bactérias nocivas se acumulem em volta dos dentes, o que provoca a formação de cáries dentárias, para o evitar é importante «que os pais não deixem o seu bebé adormecer com biberão de leite ou sumo na boca», explica Ana Serrão ao SOL. A partir da erupção do primeiro dente do bebé é essencial que os pais iniciem o hábito da higiene oral, o que, de acordo com os especialistas, significa que os dentes devem ser escovados pelo menos duas vezes por dia, sendo «uma delas obrigatoriamente antes de deitar ou a seguir à toma do biberão», diz o Serviço de Pediatria da Cuf.
Como escovar os dentes do seu bebé? - Ana Serrão Neto explica que «escovar os dentes de leite da criança de forma eficaz e segura» exige que se sigam alguns passos: «No início, quando ainda há poucos dentes, pode utilizar-se uma gaze, uma dedeira específica para o efeito ou uma escova de dentes macia e com um tamanho adequado à boca do bebé».
A médica aconselha ainda os pais a fazerem visitas regulares ao dentista e atesta que, para evitar traumas, «é importante que a criança perceba que uma visita ao profissional de saúde oral é uma experiência positiva», na medida em que o médico vai «controlar o crescimento e desenvolvimento dentário do bebé».
SOL

quarta-feira, 4 de abril de 2012

571. Dentistas: autoridades têm "mais vontade de actuar" contra prática ilegal

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas diz que não se pode falar num aumento de casos de prática ilegal, mas sim de uma maior “vontade de actuar” das autoridades competentes, avança a agência Lusa. Em reacção à condenação, conhecida na sexta-feira, dos proprietários (um médico dentista e uma médica cardiologista) de três clínicas dentárias não licenciadas nos concelhos de Olhão, Loulé e Tavira, Orlando Monteiro recorda, em declarações à Lusa, que já “há bastante tempo” que se registam “muitas situações de clandestinidade na área da medicina dentária”.

O que tem havido, destaca, “é uma maior capacidade de actuação das autoridades e de articulação das diversas entidades entre si”. Desde o início de 2011, “foram feitas mais de cem inspecções”, normalmente decorrentes de denúncias ou queixas de utentes e profissionais, que levaram já à “suspensão de 28 clínicas e consultórios de medicina dentária”, refere o bastonário.

Orlando Monteiro adiantou que o caso do médico dentista condenado na sexta-feira está a ser avaliado pelo conselho deontológico e de disciplina, que poderá decretar a sua suspensão ou expulsão. Os proprietários das três clínicas dentárias encerradas no Algarve em Abril de 2011 foram condenados a penas suspensas por auxílio e angariação de mão-de-obra ilegal, falsificação de documentos e usurpação de funções. A investigação iniciou-se em Setembro de 2010, por indícios de que o casal recrutava trabalhadores estrangeiros através de anúncios publicados na internet, em páginas portuguesas e brasileiras.

Os estrangeiros recrutados vinham para Portugal trabalhar como médicos dentistas em três clínicas dentárias não licenciadas e propriedade dos arguidos, nos concelhos de Olhão, Loulé e Tavira. O casal ajudava os trabalhadores a entrarem ilegalmente em território nacional, colocando-os a exercer medicina dentária sem as habilitações exigidas.

O bastonário dos dentistas elogia “a celeridade da justiça”, recordando que “é bastante razoável” haver já uma sentença para vistorias feitas em Novembro de 2010. Sublinhando que a articulação entre as diversas entidades competentes – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Entidade Reguladora da Saúde e Ordem dos Médicos Dentistas – “nem sempre é fácil”, o bastonário nota os “passos na direcção certa que têm permitido detectar este tipo de situações”. Porém, alerta, apesar da suspensão de actividade, estas clínicas ilegais “muitas vezes reabrem com nomes diferentes”. Foi o que aconteceu no caso das três clínicas do Algarve, em que os proprietários agora condenados, “voltaram a abrir noutro local”, relata.

Rcmpharma

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Acção eficaz e muito positiva das autoridades competentes. No entanto, estas acções devem ser acompanhadas por outro tipo de medidas, designadamente considerando a actual conjuntura económica do país e o facto do Algarve constituir destino turístico. Combater a pratica da medicina dentária ilegal é dever obrigatório das entidades competentes; oferecer cuidados de saúde oral à população constitui dever obrigatório do Ministério da Saúde que deve disponibilizar uma rede de prestação de cuidados de saúde oral, preventivos e continuados, nos centros de saúde e hospitais centrais. Só assim é possível combater a oferta ilegal de cuidados de saúde oral.

A actual crise económica exige medidas urgentes de apoio à população carente. É necessário dotar o país de profissionais de saúde oral altamente competentes e dêem respostas às reais necessidades do país; o combate à ilegalidade na prestação de cuidados de saúde oral faz-se também de forma preventiva, valorizando as intervenções sociais de apoio à comunidade e dando oportunidades de formação aos profissionais que dela necessitam para ficarem com as competências necessárias para o exercício da profissão.

Torna-se também muito urgente que as autoridades portuguesas estabeleçam acordos bilaterais que regulem a imigração e de emigração de profissionais de saúde oral, designadamente com os países que não pertençam à União Europeia. O lado humanitário destes profissionais deve ser respeitado, quer se trate de cidadãos brasileiros que pretendam exercer a profissão em Portugal, quer se trate de cidadãos portugueses que pretendam exercer a profissão no Reino Unido. A todos eles exige-se igualdade de tratamento e de oportunidades, tanto de formação como de carreira. Só assim será possível defender e valorizar o exercício das profissões ligadas à medicina dentária e à prestação de cuidados de saúde oral.

Outra vertente a valorizar será o trabalho conjunto entre todas as organizações intervenientes na prestação de cuidados de saúde oral; só um trabalho em conjunto entre o Ministério da Saúde, a Direcção – Geral de Saúde e todas as associações profissionais e académicas dentárias e de cuidados de saúde oral poderá obter resultados positivos e em benefício de toda a população.