terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

330. Câmara de Silves promove rastreios médicos gratuitos

Um conjunto de rastreios médicos e acções de sensibilização terão lugar entre 3 e 6 de Março, em Silves. Esta iniciativa resulta de um protocolo de cooperação estabelecido entre o Município de Silves e a Empresa Tecnifar – Indústria Técnica, que permitiu a implementação do projecto “SMS – Solidariedade Médica Social”.
Estes rastreios terão lugar na Fissul e nos quatro Agrupamentos de Escolas do concelho. No edifício Fissul serão realizados exames às populações adulta e idosa, entre as 09h30 e as 18h00, ininterruptamente. Nos Agrupamentos de Escolas privilegiar-se-ão as crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico, decorrendo a actividade entre as 09h30 e as 17h30. Efectuar-se-ão, igualmente, com a colaboração das unidades móveis do CAD de Faro e do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, rastreios do VIH/Sida e recolha/doação de sangue.
Assim, durante os dias em que decorrerão estas acções, todos os interessados poderão efectuar Rastreios Visuais, participar em momentos de sensibilização para a Higiene Oral, fazer Avaliações Nutricionais, medições diversas (Tensão Arterial, Glicemia, Colesterol e Índice de Massa Corporal), Densitometrias Ósseas (para averiguar da existência ou não de osteoporose), Electrocardiogramas e Espirometrias (exames que permitem ver o funcionamento dos pulmões, medindo a quantidade de ar que conseguem suportar e a rapidez das expirações).
No caso dos estabelecimentos de ensino serão efectuados, ainda, Rastreios Visuais às crianças sinalizadas para o efeito, bem como uma Acção de Sensibilização para a Higiene Oral a todos os alunos.
Ao todo, esta iniciativa envolverá a participação de 25 técnicos de saúde, entre médicos e enfermeiros, para além do staff da Câmara Municipal de Silves, nomeadamente os técnicos do Sector de Acção Social – Divisão de Desporto, Juventude e Acção Social, que coordenarão esta iniciativa.
Para mais informações, os interessados deverão contactar esta Divisão, através dos telefones 282 440 270, ou 282 440 831.
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Mais uma iniciativa autárquica de louvar; felizmente começam a urgir câmaras municipais e juntas de freguesia que entendem as necessidades das populações locais. Embora sabendo que muitos outros autarcas ainda investem milhares de euros em viagens de luxo pelo estrangeiro (onde anda o Governo e a Procudaria-Geral da República para investigar estas viagens?), começa hoje a surgir uma nova geração de pessoas nas autarquias que colocam os interesses comunitários acima dos interesses dos seus umbigos.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

329) A SAÚDE ORAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE: Entre as promessas e a prática ...

A dívida total vencida (a mais de 90 dias) do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ascendia a 908 milhões de euros no final de Setembro. O grosso (727 milhões de euros) é da responsabilidade dos hospitais empresarializados (EPE), que constituem cerca de 90 por cento dos hospitais públicos em Portugal, em dimensão financeira e em número de camas.
Foi justamente para "acabar com o drama dos hospitais que não pagam a tempo e horas" e "injectar liquidez na economia" numa altura de crise que o Governo decidiu alargar e activar o fundo de apoio aos pagamentos do SNS (nunca usado, apesar de existir desde 2006).
Os hospitais SPA e serviços centrais resultará de uma realocação de verbas, nomeadamente desactivações e transferências entre programas - usando, por exemplo, o dinheiro que este ano (2008) sobrou dos programas de saúde oral e da procriação medicamente assistida.
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É absolutamente vergonhoso que a actual equipa do Ministério da Saúde “esconda” os programas de saúde oral, aproveitando daí dividendos para pagar dívidas de má gestão, enquanto se nega tratamentos de saúde oral a centenas de milhares de portugueses, nomeadamente crianças e adolescentes, mantendo-os numa ignorância permanente relativamente às suas necessidades de saúde.
Recado à Senhora Ministra da Saúde: afinal, das promessas politicamente correctas à prática real vai uma grande lata; absolutamente demagoga esta evolução da política de saúde oral em Portugal.
Ao menos que enviem este recado à Juventude Socialista para que também se lembre, no Parlamento, do que realmente precisam as nossas crianças nas escolas.
Gerofil

domingo, 15 de fevereiro de 2009

328) Análise ao Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais 2008 (6ª Parte)

Crianças e jovens com cárie dentária

A leitura do Estudo Nacional de Prevalência da Doenças Orais 2008 permite concluir que a cárie dentária atinge níveis demasiado alarmantes na população infantil e juvenil do nosso país. A situação quase que se pode dizer de catastrófica, pois a percentagem de crianças afectadas atinge os 49 % aos 6 anos de idade, passando para os 72 % aos 15 anos de idade. Tal constatação deveria constituir, desde já, preocupação absolutamente fundamental em termos de saúde escolar, ao nível do ensino básico.
Numa altura em que se avançam projectos de juventudes partidárias para introdução e reforço de outras valências educativas, é completamente urgente atacar o problema da saúde oral que graça indiscriminadamente, de forma avassaladora, afectando a esmagadora maioria da população escolar e de consequências físicas e psicológicas imprevisíveis em termos futuros.
Não se pode ficar de consciência tranquila quando ficamos a saber que 88,5 % dos adolescentes com 15 anos nos Açores e 75,4 % dos adolescentes com 15 anos no Alentejo apresentarem cárie dentária, sabendo-se dos milhares de milhões de euros de recursos de que o país usufrui provenientes da União Europeia.
Por isso mesmo, é urgente e necessário mudar as políticas irracionais de saúde oral seguidas pelos governos em Portugal desde o 25 de Abril de 1974; não se pode conceber que, num país membro da União Europeia, as crianças e os jovens continuem a ser tratados de forma discriminatória, em que a origem da classe social determina o seu acesso a cuidados de saúde (algo que hoje sucede em Portugal e que é mais típico de um país do Terceiro Mundo).
Assim, cabe também a si, caro leitor deste blogue, denunciar esta situação e alertar a opinião pública; as crianças e os jovens de hoje serão os homens que amanhã irão construir o futuro do nosso país. Não deixe que uma cúpula de políticos e governantes incipientes tenham o direito de limitar e constranger o desenvolvimento físico e psicológico daqueles que serão os homens e mulheres de Portugal na próxima geração.
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NOTA FINAL: Porventura a Presidência da Republica estará disponível para a realização de uma semana aberta, a nível nacional, sobre a temática da prestação de cuidados de saúde primários à população, incluindo o seu acesso a cuidados de saúde oral? Fica a sugestão de quem está no terreno e conhece a realidade.
Gerofil

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

327) Dentistas: Ordem critica alguns comportamentos na classe

O Ministério da Saúde deve assumir as suas competências e resolver a degradação a que chegou a actividade dos médicos dentistas, diz o bastonário Orlando Monteiro da Silva. Há dentistas em Portugal a usar material de menor qualidade nos tratamentos e a poupar nas esterilizações, porque vários seguros diminuíram os preços dos tratamentos dentários, denuncia o responsável.
Orlando Monteiro da Silva considera que o Ministério da Saúde não pode fechar os olhos a esta situação. Confrontada com estas denúncias no Porto, a ministra Ana Jorge mostrou-se “preocupada,” mas sublinhou que é à respectiva Ordem dos Dentistas que cabe o controlo da qualidade dos serviços. A Renascença já contactou o Instituto de Seguros de Portugal para tentar perceber porque estarão as seguradoras a reduzir as coberturas na área dentária, no entanto, o Instituto não faz, para já, qualquer comentário.
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Esperemos, pois, por uma clara acção de fiscalização aos consultórios por parte da Ordem dos Médicos Dentistas; os pacientes exigem e o país agradece.
Gerofil

domingo, 8 de fevereiro de 2009

326) Correio de Itália

Senhor responsável pelo sector da medicina dentária de Angola. O meu nome é Sergio Sabellini, sou Higienista Oral italiano, trabalho como tutor no curso de Higiene Oral no Hospital São Paulo de Milão.
Estou, também a estudar para um master sobre a cooperação internacional (COI-ECTOH) na Universidade de Torino:
Estou a preparar uma tese acerca dos Sistemas de Saúde dos Países Lusofonos Africanos (PALOP`s) e das organizações internacionis do sector, que operam nesses países. Foi ja visitar o site do Ministerio da Saúde de Angola, mas não consigo achar muitos dados.
O Senhor pode aconselhar-me outros links ou outras fontes da Angola? Agradeço muito pela atenção.
Dr. Sergio Sabellini

domingo, 1 de fevereiro de 2009

325) Matosinhos: crianças não pagam pelo dentista

Em parceria com a Junta de Freguesia de Matosinhos, a Clínica Parque da Cidade lançou um projecto que permite o atendimento preventivo de 1.000 crianças da freguesia. «Este é um programa apenas de prevenção, se detectamos anomalias, as crianças serão direccionadas para os seus médicos dentistas. Nós avaliamos o risco de cárie da placa bacteriana e posicionamos as crianças em grupos. É uma oportunidade para todas as crianças, começarem a criar hábitos orais», refere José Maria Corte-Real, Director Clínico.
Este projecto envolve toda uma equipa de médicos, mas sobretudo o envolvimento dos pais e dos professores «porque é com eles que temos de trabalhar para que todo este programa tenha continuidade».
As consultas são destinadas as todas as crianças da freguesia, quer de escolas públicas quer de escolas privadas. «Não vamos excluir nenhuma criança. Este é um projecto de valor para as crianças que nunca tiveram a oportunidade de ir ao Dentista, de certeza que nunca irão esquecer esta clínica», refere António Parada, Presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos.
O Presidente deixa um agradecimento à clínica pela coragem de verificar as deficiências do sistema e de as tentar corrigir com este projecto.
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Exemplo de coragem e de determinação que outras autarquias deveriam seguir, em vez de andarem feitos lacaios a esbanjarem milhões e milhões de euros dos nossos impostos em viagens de passeio para Cuba, Canadá, Brasil, Moçambique, Polónia ou outros lados ou organizarem festas sem nenhum resultado para a melhoria de vida das populações locais.
Pena que essa corrupção passiva dos políticos autárquicos não seja investigada pela Procudaria-Geral da República; esse dinheiro devia ser investigado e aplicado directamente nos cuidados de saúde da população de cada concelho.
Bem haja povo de Matosinhos.
Gerofil