As cerca de 800 pessoas que vivem
na rua e que recebem apoio da Câmara Municipal de Lisboa vão passar a contar
com cuidados de saúde oral. Numa primeira fase, irá ser feito um rastreio, para
posteriormente serem realizadas as intervenções dentárias necessárias.
Para a concretização do programa
‘Sorrir não Custa’, foi esta quinta-feira assinado, na Câmara Municipal de
Lisboa, um protocolo entre a autarquia e o responsável pelo projeto. "O
programa deverá arrancar ainda este mês", referiu Mário Almeida, responsável
pelo Programa Municipal para a Pessoa Sem-Abrigo. O objetivo é consultar toda a
população sem-abrigo da capital.
Paulo Varela, médico dentista e
diretor clínico do ‘Sorrir não Custa’, referiu que "muitas pessoas
queixam-se de que não vão a entrevistas de emprego por não terem os dentes em
condições". Para inverter esta situação, o projeto visa "identificar
as pessoas que precisam de ajuda, educá-las a nível da higiene oral e tratá-las
através de implantes dentários, sempre que possível".
No sentido de chegar junto de
toda a população sem-abrigo da capital, o projeto irá contar com o apoio do
Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA) de Lisboa, num trabalho
articulado com as equipas técnicas de rua, explicou o coordenador do núcleo,
João Marrano.
O vereador dos Direitos Sociais
da autarquia, João Afonso, referiu que não existe uma data para a conclusão do
programa. "A Câmara vai ser um facilitador para implementar este programa,
que não terá custos para o município", frisou.
Correio da Manhã