Para pessoas que têm memória curta por interesse próprio
(...) Não me conformo com gestos de moralidade e de o que
aconteceu comigo não se voltará a repetir com outra pessoa; pretendo sim que os
actos sejam assumidos e as responsabilidades apuradas (actos médicos de medicina dentária ou
estomatologia praticados ou que me tenham sido negados) até onde seja
possível e exequível a justiça, nem que a mesma venha apenas ter um efeito
moralizador dos actos hediondos praticados dentro do Serviço Nacional de Saúde e
de que V. Ex.ª jamais deverá permitir que sejam esquecidos ou que se lhe passe
um pano por cima deles. Não persigo ninguém; apenas quero entender quem e porquê
fui sujeito a determinados cuidados de saúde dentários e fui impossibilitado de
ter acesso a outro tipo de tratamentos dentários, pois julgo que fui severamente
mal tratado, quando confiei plenamente nos tratamentos que fizeram-me, e que os
mesmos se repercutem permanentemente e de forma extremamente negativa sobre a
minha actual qualidade de vida.
A posição ocupada num determinado
cargo não pode servir de desculpa alguma para a desresponsabilização civil e
criminal de actos médicos praticados, nomeadamente sobre pessoas que à data dos
factos eram menores de idade. Ninguém tem o direito de impedir o exercício da
justiça quando estão em causa direitos fundamentais do homem.
Portugal ainda é um estado de
direito e não se pode permitir determinado tipo de abusos que condicionam e
determinam a qualidade de vida de outra pessoa, de forma permanente e para o
resto da sua vida; esta situação é ainda mais gravosa por ser praticada sobre
crianças.
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